sábado, 5 de abril de 2014

Mensagem para homens com iniciativa


Apresentação

Desde o primeiro momento em que a LUZ me foi concedida comecei a entender alguns mistérios que tornam um MAÇOM um ser especial no Universo. Cada novo aprendizado amplia mais esse entendimento e sustenta a decisão de ter renascido Maçom.
Elaborar uma peça de arquitetura e apresentá-la aos IIr.´. é um desafio que nos faz revigorar no estudo e entender que a sabedoria é conquistada no convívio, nas ações, na dedicação, na responsabilidade e na Fé.
Quando tomei conhecimento deste texto, que passarei a apresentar, não imaginava que um dia viveria essa magnífica experiência de estar entre homens que tem um destino especial.
Hoje, faço minhas cada palavra do autor, não com o falso propósito de transferir ou questionar quem quer que seja, mas para compartilhar o aprendizado e revigorar nossa esperança que podemos transformar as situações que estiverem ao nosso alcance.

Mensagem a Garcia

De todas as minhas memórias, a lembrança de um homem se destaca no meu horizonte como se fosse o planeta mais brilhante do sistema solar.
Quando começou a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava aos americanos era comunicar-se rapidamente com o chefe de um grupo de soldados, Garcia, que se encontrava em alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mas sem que se pudesse precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente tinha que tratar de assegurar-se o quanto antes da sua colaboração. Que fazer?

Alguém lembrou ao Presidente: “Há um homem chamado Rowan; e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan”. Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá-la a Garcia.

Não vem ao caso contar aqui como este homem Rowan, tomou a carta, guardou-a numa embalagem impermeável, amarrou-a sobre o peito e, após quatro dias, saltou de um barco a altas horas da noite, nas costas de Cuba; nem como se embrenhou no sertão para, depois de três semanas, surgir do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil; nem como entregou a carta a Garcia – são coisas que não vem ao caso contar aqui.

O ponto que desejo frisar é este: O Presidente deu a Rowan uma carta para ser entregue a Garcia; Rowan pegou a carta e nem sequer perguntou: “Onde é que ele está?”. Partiu imediatamente para atender ao pedido do Presidente.

Um Grande Homem

Eis aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze e sua estátua colocada em cada escola do país. Não é só da sabedoria dos livros que a juventude precisa, nem só de instrução sobre isto ou aquilo.
Precisa, sim, de endurecimento das vértebras, para poder mostrar-se competente no exercício de um cargo, para atuar com diligência, para dar conta do recado, para, em suma, levar uma mensagem a Garcia.

O General Garcia já não é desde mundo, mas há outros Garcias. Aos homens que se empenham em levar adiante uma empresa, em que a ajuda de outros se faz necessária, não tem sido poupados momentos de verdadeiro desespero ante à imbecilidade de grande números de homens, ante à inabilidade ou falta de disposição de concentrar a mente numa determinada coisa a faze-la até o final.

Assistência irregular, desatenção tola, indiferença irritante e trabalho mal-feito parece ser a regra geral. Nenhum homem pode ser verdadeiramente bem-sucedido, a não ser que utilize todos os meios a seu alcance, quer seja a força, quer a persuasão, para obrigar outros homens a ajudá-lo. Às vezes Deus, Onipotente, na sua grande misericórdia, faz um milagre enviando um anjo de luz para auxiliar os mais competentes.

Esta incapacidade de atuar independentemente, esta inércia moral, esta invalidez da vontade, esta atrofia de disposição de solicitamente se pôr em campo a agir – são coisas que relembram o advento do socialismo puro. Se os homens não tomam a iniciativa de agir em seu próprio proveito, que farão quando o resultado do seu esforço redundar em benefício de todos? Por enquanto parece que os homens ainda funcionam sob ameaça. O que mantém muitos empregados no seu posto e os fazem trabalhar é o medo de, senão o fizerem, serem despedidos no final do mês.

Poderá uma pessoa destas escrever uma carta a Garcia? 

Será possível confiar a tal homem uma carta para entregar a Garcia? 

Ultimamente temos ouvido muitas expressões sentimentais, externando simpatia para com os pobres entes que trabalham de sol-a-sol, para os infelizes desempregados à cata do trabalho honesto e, tudo isto, quase sempre, entremeado de muitas palavras duras para com os homens que estão no poder.

Nada se diz do patrão que envelhece antes do tempo, num constante esforço para induzir eternos desgostosos e descontentes a trabalhar com consciência; nada se diz da sua longa e paciente procura por pessoal que, no entanto, muitas vezes nada mais faz do que “matar o tempo”, logo que ele dá as costas.

Não há empresa que não esteja despedindo funcionários que se mostrem incapazes de zelar pelos seus interesses, a fim de substituí-los por outros mais aptos. Quando os tempos são maus e o trabalho escasseia, esse processo de seleção se faz ainda mais escrupulosamente, pondo-se para fora, para sempre, os incompetentes e dispensáveis. É a lei da sobrevivência do mais apto. Cada patrão, no seu próprio interesse, trata somente de guardar os melhores:

Aqueles que podem levar uma mensagem a Garcia.

Será Exagero? 

Não há excelência na pobreza por si só; farrapos não servem de recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, da mesma forma que nem todos os pobres são virtuosos.

Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha com consciência, quer o patrão esteja, quer não. E o homem que, ao lhe se confiada uma carta a Garcia, tranquilamente assume a responsabilidade, sem fazer perguntas idiotas, e sem a intenção de jogá-la na primeira sarjeta que encontrar, ou praticar qualquer outra ação que não seja entregá-la ao destinatário. Este homem nunca fica “encostado”, nem se declara em greve para forçar um aumento de ordenado.

A civilização busca ansiosa, insistentemente, homens nestas condições. Tudo que lhe for pedido, ele conseguirá atender. Precisa-se deste homem em cada cidade, em cada vila, em cada lugarejo, em cada loja, fábrica ou venda. O grito do mundo inteiro praticamente se resume assim:

Precisa-se, com urgência, de um homem capaz de levar uma mensagem a Garcia.


(Adaptado do original de Herbert Hubbard)

Elton de Oliveira Souza M.:M.:
ARLS Estrela de David nº 2274


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