O SIGILO MAÇÔNICO

GRANDE ORIENTE DO BRASIL

A.^.. R.^.. L.^.. S.^.. IR.^.. PAULO ROBERTO MACHADO – Nº 3182

Ven.^.. M.^.. VITOR GOMES MACHADO

Ap.^.. M.^.. CARLOS DIEGO DE OLIVEIRA PINTO

 “Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo.”   

Pitágoras

O SIGILO MAÇÔNICO

A palavra sigilo tem os seguintes significados: privacidade, segredo, silêncio. selo.

Existe a maçonaria exotérica, no qual as informações estão abertas para o povo em geral, e o esoterica, de conhecimento apenas de seus iniciados.

Diz-se que a Maçonaria não é secreta, e sim discreta. Muitas informações estão abertas para o público profano, em livros vendidos em quaisquer livrarias e até mesmo em sites na internet. Como dizer que se trata de uma entidade secreta, se os endereços de seus templos são todos conhecidos, se pagamos todas as taxas e impostos, se possuimos site abertos com informações e fotos e até mesmo recebemos a visita de profanos para ministrar palestras. Más então o que é sigiloso? Nossos toques e sinais que nos identificam, nossos símbolos e nossa ritualística.

Há informações que são sigilosas até mesmo entre IIr.^.., por exemplo, o conteúdo que foi ministrado em uma reunião, sendo necessário o comparecimento do Ir.^.. na sessão seguinte para acompanhar a leitura do balaústre, para que assim ele obtenha as informações decorrentes. Outro caso, são informações referentes a um grau superior àquele do qual se encontra, fazendo-se necessário cobrir o templo.

Há a quebra do sigilo quando ocorre a infidelidade maçônica, que tem sua causa iniciada na má indicação dos candidatos, seguida de uma sindicância mal feita, daí a clareza da grande importância na escolha daqueles que terão o renascimento da escuridão, e o encontro da luz reveladora desses sigilos.

Outra forma de abertura do que deve ser sigiloso é através de conversas de corredores, mesa de bares e leitura do ritual em voz alta na presença de profanos. Por causa de especulações criadas por pessoas sem conhecimento de causa, a Maçonaria é vista ainda hoje, em pleno século XXI, por muitas pessoas, como uma “religião voltada às forças macabras”, preconceito esse que não se tem nem o trabalho de fazer uma simples pesquisa nos meios de comunicação apropriado. Por isso entendo que todos os nossos trabalhos voltados à busca do melhoramento do ser humano deve ser de conhecimento de toda a sociedade, além de pro-atividade e participação “in loco” de todos movimentos que buscam manter a liberdade dos homens.

Está escrito no compromisso de adesão, da página 225 do nosso Ritual:

- Comprometo-me a NUNCA revelar a que vir, ouvir e me for comunicado, como segredos da Instituição, senão a um bom e legítimo Irmão, ou dentro de loja justa, perfeita e regular de Maçons.

Não se deve confundir o termo secreto com clandestino, pois o último se trata daquilo que é tratado na obscuridade, sem o conhecimento de onde estão localizados suas lojas e os seus membros. A Maçonaria clandestina existe em países com regime totalitário. Já houve no Brasil um período em que o seu funcionamento se dava de forma clandestina, quando Dom Pedro I, após se tornar Grão-Mestre a fechou por motivos políticos.

O Templo é um lugar fechado onde se realizam os trabalhos maçônicos no grau de Aprendiz, e que tem a forma de um quadrado oblongo, estendido do Oriente ao Ocidente, quer dizer, em direção à Luz. Não tem janelas, pois não deve receber luz de fora, senão exclusivamente de dentro, e só uma porta de entrada localizada no ocidente, pois o homem entre e sai deste mundo por uma só porta.

Orlando Solano Barcenas, faz uma interessante descrição em sua obra A Loja Universal: “O Templo maçônico não é a simples delimitação arquitetônica de um espaço qualquer, senão a consagração simbólica de um espaço considerado sagrado”.

Por sagrado não deve entender-se religioso. A respeitabilidade do templo ou sua sacralidade fazem com que este lugar participe de uma série de valores culturais, éticos e simbólicos.

A maçonaria não é uma religião. A principal dimensão do aprendiz-maçom é a construção do seu Templo interior, buscando o aperfeiçoamento constante de cada um de nós, cavando masmorras aos vícios e construindo templos às virtudes, combatendo e vencendo nossas paixões, que nos agarram ao mundo material, nos esquecendo de elevarmos espiritualmente,  e aproximando-nos do S.^.. A.^.. D.^.. U.^..

Devemos ser sempre eterno aprendizes, pois o conhecimento nunca transborda, e a nossa vontade de crescer culturalmente e espiritualmente deve ocorrer de forma exponencial.

Que o S.^.. A.^.. D.^.. U.^.. ilumine a todos.

Oriente de Barreiras, Bahia, em 17 de Abril de 2015 da E.^.. V.^..  

                                                                                          

 CARLOS DIEGO DE OLIVEIRA PINTO - AP.^.. M.^..

                            CIM 291886

REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS

o   Ritual do 1º Grau do Aprendiz-Maçom – Rito Brasileiro, 2009;

o   www.salmo133.org, consulta feita em 08.04.2015;

o   www.cavaleirosdaluz18.com, consulta feita em 08.04.2015;

o   Artigo: “O templo maçonico e seus símbolos”, em www.aprendizmacon.blogspot.com.br, consulta feita em 17.04.2015;