A NOBRE
FUNÇÃO DO IRMÃO HOSPITALEIRO
Um elo imprescindível.
INTRODUÇÃO
O IRMÃO
HOSPITALEIRO é o oficial da Loja incumbido de
receber os donativos, para socorros aos necessitados, bem
como visitar os Irmãos enfermos, ou somente ausentes para saber o que se
passa.
O irmão
hospitaleiro é um oficial encarregado de levantar os óbulos e praticar
beneficência.
No Rito
Escocês Antigo e Aceito praticado no GOB, senta-se na coluna do Norte, à frente
do irmão tesoureiro.
O
hospitaleiro, em loja, tem a função de, em seu giro apresentar a Bolsa aos
Irmãos obedecendo à ordem hierárquica, recolhendo, de forma discreta, os
óbulos.
Sua
outra função diz respeito à prática da caridade que exerce fora da loja.
A coleta
dos óbulos destina-se a formar um fundo de beneficência para atender a casos
urgentes de algum Irmão necessitado. E ai não escapamos, pois todos estamos
sujeitos aos reveses da vida, e não raro, nos vemos necessitados de um amparo.
A quem devemos recorrer em primeiro lugar, senão, à nossa loja?
Discretamente,
a hospitalaria atende às solicitações dos Irmãos necessitados, ou atende aos
pedidos que o Venerável Mestre lhe faz, ou às sugestões dos próprios Irmãos.
O
hospitaleiro, após o giro, entrega a Bolsa ao Irmão tesoureiro para conferir o
conteúdo e divulgar o produto arrecadado em beneficência.
A Bolsa,
no seu giro, cumpre atos cerimoniosos, revestidos de espiritualidade.
Mesmo que a beneficência a ser feita possa parecer modesta, ela chegará às mãos do necessitado como bem precioso que resolverá sua crise momentânea uma vez que o produto recebido traz consigo o amor fraternal da Loja.
Mesmo que a beneficência a ser feita possa parecer modesta, ela chegará às mãos do necessitado como bem precioso que resolverá sua crise momentânea uma vez que o produto recebido traz consigo o amor fraternal da Loja.
A Jóia do
Cargo do Irmão Hospitaleiro é uma pequena sacola, simboliza o peregrino, o viajante,
o pedinte. É ele que, em nome da Fraternidade, todas as reuniões faz a coleta
dos óbolos da Beneficência, da solidariedade maçônica para com os menos
favorecidos pela sorte.
Dentro da
hierarquia dos cargos de uma Loja, entre os de mais elevada importância está o
de Hospitaleiro.
A escolha
do Hospitaleiro deverá recair sobre um Irmão dinâmico, de moral ilibada, sem
mácula, que conheça bem todos os Irmãos. Deverá gozar da simpatia de todos para
poder imiscuir-se nos problemas de cada um como se fora um parente de sangue,
um filho da casa. Seu trabalho dentro do Templo é irrelevante. Qualquer Mestre
poderá substituí-lo à altura. Fazer girar o Tronco é muito fácil. Seu trabalho,
sua missão fora das quatro paredes do Templo é que é importante muito importante
e requer muito carinho, muita dedicação, muito desprendimento.
DESENVOLVIMENTO
O irmão
hospitaleiro tem como função precípua em sua Loja, fazer a ligação da Loja com
os irmãos, pois ele representa o elemento da Loja que tem o ofício, a tarefa,
de detectar as situações de necessidade e de prover o alívio dessas situações,
quer agindo pessoalmente, quer convocando o auxílio de outros maçons ou, mesmo,
de toda a Loja, ou, em caso de tratados de amizade e mutuo reconhecimento, a
todas as Lojas do Oriente, independentemente de obediência.
Um dos pontos que distingue a
Maçonaria, constituindo essenciais da Fraternidade, é a existência, o cultivo e
a prática de uma profunda e sentida solidariedade entre os seus membros.
Solidariedade sem a sombra da
cumplicidade, pautada em ações licitas e justas. Não aquela falsa solidariedade
que somos acostumados a ver e sentir no meio social, atingindo por vezes o
âmbito maçônico, especadas nas ações, atos e pedidos ilícitos ou imorais,
encobrindo sempre o autor, ainda que um irmão.
Esse tipo de falsa solidariedade
é condenável, pois invertem-se os valores a quaisquer custo, em busca do
auxílio ou facilitação à impunidade de quem viole as leis do Estado ou as
regras da moral e da razão.
O maçom deve ser sempre um homem
livre e de bons costumes. De bons costumes, não violando as leis nem as regras
da Moral e da Decência.
Livre, pela autodeterminação,
pela responsabilidade pelos seus atos, sejam bons ou maus. Não é justo que os
ombros de outrem carreguem um fardo meu, a menos que esclarecidamente queira
prestar uma ajuda, nunca pela lei da busca da vantagem fácil ou da enganação,
da transferência de responsabilidade.
No mundo maçônico, com reflexos
no mundo social, muito principalmente entre irmãos, a solidariedade existe para
ser praticada, para ser sentida nos momentos de necessidade, de infortúnio, de
doenças, perdas de entes queridos, que inevitavelmente nos afetam cedo ou
tarde.
Sempre que surgir ou for
detectada uma situação de necessidade de auxílio, de conforto moral ou de
simples presença amiga, de uma expressão de conforto, nós, os maçons, em nome
de toda a maçonaria, devemos nos unir em torno e em prol daquele necessitado,
seja um irmão, um familiar, e, dependendo de cada caso, até mesmo um estranho,
porque a caridade maçônica não tem olhos nem ouvidos. O portador desse auxílio,
desse conforto, dessa presença, a priori, são coordenados pelo valoroso irmão
Hospitaleiro. Note-se que a palavra utilizada aqui é “coordenados”, o que difere
de “efetuados” ou “realizados”.
O Hospitaleiro não é o Oficial
que efetua as ações de solidariedade, desobrigando os demais elementos da Loja
dessas ações.
O Hospitaleiro é aquele elemento
a quem é cometida a função de organizar, dirigir, tornar eficientes, úteis, os
esforços de TODOS em prol daquele que necessita.
A experiência nos tem mostrado a
decadência maçônica neste sentido. É claro que, por vezes, muitas vezes até, a
caridade ou filantropia maçônica é praticada apenas e tão só pelo irmão Hospitaleiro.
Existem situações que
inevitavelmente o irmão Hospitaleiro há que agir sozinho, em nome da Loja. Pense-se, por exemplo, na situação, que,
aliás, inevitavelmente ocorre com alguma frequência, de um Irmão que é acometido
de uma doença aguda, que necessita de uma intervenção cirúrgica ou que precisa
estar por tempo apreciável hospitalizado, acamado ou em convalescença. Se todos
os elementos da Loja se precipitassem para visitá-lo, isso já não seria
solidariedade, seria romaria, isso já não seria auxílio, seria perturbação.
Fascinante.
ResponderExcluirMuito boa a explanação. Este ano serei Adoc do cargo e me serviu muito. Tfa.:
ResponderExcluirMuito profícua a esplainação
ResponderExcluirSó uma dúvida com quem deve ficar guardado a coleta do tronco de solidariedade da loja ,com o Tesoureiro ou com o Hospitaleiro ?
ResponderExcluirTFA
Fica na Guarda da Tesouraria,à disposição da hospitalares.
ExcluirCom o hospitaleiro
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirExplanaiçao maravilhosa
ResponderExcluirComcordo com o texto e tenho uma duvida sobre,essa ação é um lanmark? Se não, como as lojas tem " poder imdependemte" da as lojas a possibilidade da duvida de praticar a.ajuda profana e não na irmandade.
ResponderExcluir