Grande Oriente do Brasil
A.:R.:L.:S.:Ir.: Paulo Roberto
Machado – 3182
Or.:Barreiras-Ba
À Gl.: do S.:A.:D.:U.:
SIMBOLISMO DA TAÇA SAGRADA
A prova da Taça Sagrada é um dos
momentos mais interessante e grandioso no Ritual de Iniciação, devido seu simbolismo,
da boa ou má sorte, que marca o início de uma nova vida, o início na ordem
maçônica, onde devemos desprezar e extinguir os vícios, as ilusões, falsidades,
vaidades, egoísmo, ódios, vinganças e demais males que descaracterizam a
racionalidade humana e agride o mundo profano.
Segundo pesquisas realizadas, a taça
sagrada foi introduzida na Ordem Maçônica através do filósofo grego Cebes,
discípulo de Sócrates, que viveu no século V a.c. Sua obra “Quadro da Vida Humana”, nos conta que milhares de pessoas em busca
do caminho da felicidade e do conhecimentos, ouviam, diante uma enorme porta,
os ensinamentos dos sábios acerca do mundo, para conquistar o prazer, a harmonia
e a sabedoria. Logo em seguida, a porta era aberta e todos entravam em um
recinto, onde a quem desejasse prosseguir deveria submeter a uma prova, diante
uma bela mulher com uma taça nas mãos, contendo uma bebida que jamais esgotava.
Os mais afoitos bebiam demais, os receiosos, apenas um gole. Após essa prova,
vinha a meditação e eram oferecidos a eles pão e água e em seguida passariam
a enfrentar as provas da terra, água,
fogo e ar. Por fim, teriam direito a bebida doce, degustando os dissabores da
taça da vida.
A Taça Sagrada também se refere ao Santo
Graal, o cálice usado por Jesus Cristo, em sua última ceia.
No
Mundo profano, a taça simboliza o recipiente onde futuramente beberemos o
líquido advindo de nossas ações, o fruto do nosso livre-arbítrio, sendo bom ou
ruim, seremos responsabilizados por nossos atos, lembrando que o plantio é
livre, mas a colheita é obrigatória, dessa forma, passemos a refletir sobre
nosso comportamento, pois irão refletir no amanhã.
A
Taça Sagrada na maçonaria não é diferente, mas possui um simbolismo mais amplo.
Lembra-se nesse momento as palavras ditas pelo Venerável Mestre, solicitando
que o iniciado repetisse com ele o juramento: “Juro guardar o silêncio mais
profundo sobre todas as provas a que for exposta a minha coragem. Se o meu
ânimo se enfraquecer por falta de adesão plena e consciente, ou se o espírito
de curiosidade aqui me conduz, consinto que a doçura desta bebida se converta
em amarga, e seus efeito salutar em sutil veneno.” Então, a bebida que
até o momento era doce e agradável, se torna uma bebida amarga e ácida,
demonstrando que o homem deve gozar dos prazeres da vida com moderação.
O
doce da bebida significa o Saber e Poder, e a bebida amarga o puro fel que
devemos transformá-lo em sabedoria. Ora iniciado nos augustos mistérios
maçônicos e passando por ensinamentos e orientações constantes dos IIr.’.,
temos o dever de cultivar boas sementes, pois nossas atitudes nestes momentos
se refletirão no futuro e sendo maçom,
temos a obrigação de corrigirmos-nos das falhas que tem o ser humano, porém
para nós, homens livres e de bons costumes, devem ser o mais imperceptível
possível.
Esperamos
que no momento que formos beber da Taça Sagrada, tanto da vida profana quanto
da vida maçônica, possamos sentir o doce de nossas vitórias, o contentamento
das nossas ações, a beleza dos nossos atos e não sentir o amargo, que denota
nossas asparezas, personalidade inadequada e imunidade ao conhecimento.
Portanto, a Taça Sagrada é
um simbolismo que norteia os preceitos maçônicos, onde a bondade, o respeito, o
trabalho, a família, o conhecimento e o equilíbrio são objetos de trabalho
constante para aprimoramento. Lembrando que devemos gozar os prazeres da vida
sempre com moderação, respeitando todos os limites, não se deixar corromper
pelas facilidades do mundo materialista que nos cerca e rodeia.
Barreiras – Ba, 17 de Abril de 2015.
_______________________________
Antonio da Silva Neves Júnior – Ap.:
M.:
Cim: 291885
REFERÊNCIAS
Ritual 1º Grau de
Aprendiz
http://www.solbrilhando.com.br/Sociedade/Maconaria/Artigos/A_Iniciacao.htm
(acesso em 15.04.2015)
Livro
100 Instruções de Aprendiz – Raymundo D’Élia Júnior
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