MAIS
UM ANO MAÇÔNICO SE VAI
Meus
irmãos!
Quero pedir
desculpas pelos momentos que concorri para que te sentiste triste; pelos
momentos que provoquei desprazer, ou que falei palavras ásperas e até duras;
pelos momentos que não te prestei a ajuda necessária, mesmo tendo jurado
prestar; pelas minhas omissões diante daquilo que jurei cumprir; por todos os
momentos que de alguma forma eu tenha negligenciado diante das tuas
dificuldades; mas tenha toda certeza meus irmãos! O intuito sempre foi tentando
acertar. Quero que cada um de vocês viva melhor a cada dia, pois eu sei que
além disso tudo, a gente se ama. Amo muito vocês.
Mesmo
com as circunstancias negativas advinda do mundo profano; mesmo diante dos
acontecimentos negativos que atingem a todos indistintamente; mesmo enfrentando
as afrontas à natureza!
Aprendi
no decorrer deste 2015, que a tolerância é fonte inesgotável que abastece de
amor o ser humano.
Aprendi
que este amor regado de tolerância, tem servido de sustentação para muitas
vidas, principalmente daqueles menos favorecidos pela sorte.
Aprendi
que tudo isso tem origem no campo das virtudes, sobretudo a virtude maçônica,
como instrumento para a evolução. Essa virtude não para no tempo, ela é servil
tanto para o presente como para o futuro, como o foi no passado.
Cá em
minhas reflexões, uma mistura de estudo com leituras e vida prática, aprendi
que nossos atributos morais acabam por tornar-se uma fonte de fidedigna
felicidade, cabendo a mim, apenas a tarefa de trabalhar e desenvolver essa
virtude no meu dia a dia, por vinte e quatro horas incessantes.
Durante
este processo, vale lembrar o conhece-te a ti mesmo, para que eu possa entender
melhor o meu próximo, a vocês, aos que me cercam, pois vocês são os meus
próximos mais próximos.
Aprendi
que é possível se ter e alcançar um feliz ano, a partir no nosso convívio com
nossos familiares, com nossos irmãos em maçonaria e com nossos colegas de
trabalho, desde que se exercite o amor em todas as nossas atividades.
Nas
palavras de Aristóteles, nos é dito que a felicidade está ligada à virtude. E
ele nos ensinava que virtude é uma ação prática, que consiste na forma mais
plena da excelência moral.
Refletindo
sobre tudo o quanto vivi neste ano de 2015, ponho-me de joelhos diante desta
assembleia de maçons, quando fiel e livremente, clamo por desculpas pelas
minhas falhas, pondo-me em posição vênia para oferecer a todos o meu perdão se
porventura eu merecer tal pedido.
Sei o
quanto sou ríspido por vezes; sei o quanto fujo da paciência; sei quando me
distancio da tolerância, como que a colocar-me em posição de destaque ou
superioridade. Tudo isso acontece comigo, pois sou ainda uma pedra bruta que
carece ser burilada, o que só conseguirei com vossa compreensão, com vossa
tolerância, com vosso auxilio na construção do meu templo interior.
Recebo
a todos os irmãos como parte indispensável no traço da argamassa que liga os
maçons por via simbólica da corda de 81 nós, ligando assim as nossas obras.
Sem
vocês o meu edifício, se assim podemos chama-lo, seria utópico, belo por fora e
oco por dentro. Com vocês, o meu edifício não carece de beleza, vocês serão a
própria beleza de que necessita o mais pomposo dos edifícios.
Unamo-nos
em um só mister: a construção do nosso templo, o templo que não rui, pois as
ferramentas da sua construção são de forte tempera.
Por
tudo isto, pelo muito que cada um de vocês representa para mim, por tudo o
quanto vossas famílias sacrificam em meu favor, consentindo o nosso convívio
fraterno amparado pelo amor trazido do simbolismo da iniciação, registro meu
mais puro e fraterno tríplice abraço.
Ao
limiar do ano de 2016, conclamo a todos os irmãos que consideremos o AMOR como
base fundamental de nossas vidas, e a VIRTUDE como base fundamental para a
felicidade, pois a partir daí, alcançaremos PAZ, SAUDE, VIDA LONGA E
PROSPERIDADE.
NÃO NOS AFASTEMOS
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 16 de dezembro de 2015.
Despeçamos mas não dispersemos;
Que a despedida seja só dos templos;
Que no labor maçônico continuemos;
Praticando os bons exemplos.
Sob os auspícios do Grande Arquiteto;
Sob o esquadro, a régua e o compasso;
Tendo o malho e o cinzel por perto;
Despeçamos com fraternal abraço.
Ao final peço cadeia de união;
Em prol de cada valoroso irmão;
E suas sagradas famílias.
Que gozemos os prazeres com moderação;
Que lembremos a taça amarga na mão;
E nos coloquemos em eterna vigília.
Irmão Raimundo Augusto
Corado
Mestre Instalado
Dep. Federal
Cim 183.481
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