DROGAS
-o que as lojas poder
fazer?-
Autor de uma coletânea de bons e ricos
trabalhos, o Sapientissimo irmão Euripedes Barbosa Nunes, atual Grão Mestre
Geral adjunto, traz em seu trabalho de número 130, algo que enseja elaboração
de outros tantos trabalhos.
Lendo e relendo aquele trabalho, pude extrair
algo interessante, que trata da dependência química.
Muita coisa chamou à minha atenção naquele
trabalho, mas atentei bem para um fato: O que pensam os maçons, sobre o
assunto? Não seria este um tema relevante para ser tratado no seio das Lojas?
No curso de pequeno espaço de tempo refleti e cheguei à conclusão
de que infelizmente não é, este não é um bom tema para discutirmos em Loja. Mas
tinha tudo pra ser, pois se relembrarmos nosso Telhamento, faz muito sentido o
tema. Lá está: Que vindes aqui fazer? Resp. Levantar Templos Virtude e Cavar
Masmorras ao Vicio. Na abertura dos nossos trabalhos, é perguntado ao irmão 1º
Vigilante: Para que nos reunimos aqui? Resp. Para combater o despotismo, a
ignorancia, os preconceitos e os erros; para glorificar a verdade e a justiça;
para promover o bem estar da pátria e da humanidade; levantando templos à
virtude e cavando masmorras ao vicio. Será?
O “CAVAR
MASMORRAS” é, sem duvida, uma das bandeiras da Ordem, ao menos nos
nossos rituais. Mas, afinal, quem exercita isso? Quem pratica?
Quase ninguém, é claro. Ficamos sempre esperando
pelas autoridades governamentais e pelos poderes constituídos, como se não
fossemos parte deles e membros do mais eficaz dos poderes, composto por homens
livres e de bons costumes, de corações sensíveis ao bem, formadores de opinião,
limpos e puros. Mesmo assim, vivemos sempre distanciando do que é difícil.
O irmão Barbosa ressalta ali, a origem das
drogas, quando trata de drogas ilícitas. Mas e as licitas? Não seria mais
fácil, se sabemos donde vem? A verdade é que licita ou ilícita, cada vez mais
facilmente está adentrando nossos lares, escolas, clubes e até nas igrejas já
temos noticia de sua presença, em busca de presas fáceis, que sempre são os de
menor idade, vulneráveis e com um lar desiquilibrado ou mesmo sem nenhum, refém
deste mundão que temos. E ai eu indago: estamos preparados na qualidade de
maçons, para cuidar, ou ajudar a cuidar dessa problemática, para minorar o
índice? Ora, respondemos logo: Isso é coisa pro governo, pra policia, pra
medicina. Nos esquecemos que somos família e é na família que tudo começa e
chega até as escolas, onde hoje é alto o índice.
Não temos noticia de nenhuma ação séria e eficaz
neste sentido. E onde estamos que não damos o pontapé inicial? Vamos esperar
que sejamos atingidos fortemente para enxergar? E qual o pontapé inicial?
Começar por nós mesmos. É o chamado arrumar a casa, fazer limpeza interna,
cuidar do jardim, lapidar-se, polir a pedra bruta, navegar em sí mesmo e aparar
nossas arestas interiores.
Se não sofremos desse mal, que enxerguemos que
as drogas estão chegando cada vez mais cedo aos jovens e crianças, diminuindo a
idade dos alvos de ataque a cada dia, a destruir lares. Chega de mansinho na
qualidade de vicio, se transforma em doença e por fim em óbito, muitas vezes
por desconhecimento e falha de quem pode tomar providencias. Lembremos da
passagem bíblica: Pequei muitas senhor! Por pensamentos e palavras, atos e
omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa.....
Cada dia sinto que a primeira Loja que pautar
suas ações neste campo, sairá na vanguarda, pois teríamos que começar pelos templos,
por nós, pela nossa família. Barreiras,
01 de janeiro de 2015. Raimundo Corado. MI 183.481.
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