quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O MUNDO DAS DROGAS

DROGAS
-o que as lojas poder fazer?-

Autor de uma coletânea de bons e ricos trabalhos, o Sapientissimo irmão Euripedes Barbosa Nunes, atual Grão Mestre Geral adjunto, traz em seu trabalho de número 130, algo que enseja elaboração de outros tantos trabalhos.
Lendo e relendo aquele trabalho, pude extrair algo interessante, que trata da dependência química.
Muita coisa chamou à minha atenção naquele trabalho, mas atentei bem para um fato: O que pensam os maçons, sobre o assunto? Não seria este um tema relevante para ser tratado no seio das Lojas?
No curso de pequeno espaço de tempo refleti e cheguei à conclusão de que infelizmente não é, este não é um bom tema para discutirmos em Loja. Mas tinha tudo pra ser, pois se relembrarmos nosso Telhamento, faz muito sentido o tema. Lá está: Que vindes aqui fazer? Resp. Levantar Templos Virtude e Cavar Masmorras ao Vicio. Na abertura dos nossos trabalhos, é perguntado ao irmão 1º Vigilante: Para que nos reunimos aqui? Resp. Para combater o despotismo, a ignorancia, os preconceitos e os erros; para glorificar a verdade e a justiça; para promover o bem estar da pátria e da humanidade; levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vicio. Será?
O “CAVAR MASMORRAS” é, sem duvida, uma das bandeiras da Ordem, ao menos nos nossos rituais. Mas, afinal, quem exercita isso? Quem pratica?
Quase ninguém, é claro. Ficamos sempre esperando pelas autoridades governamentais e pelos poderes constituídos, como se não fossemos parte deles e membros do mais eficaz dos poderes, composto por homens livres e de bons costumes, de corações sensíveis ao bem, formadores de opinião, limpos e puros. Mesmo assim, vivemos sempre distanciando do que é difícil.
O irmão Barbosa ressalta ali, a origem das drogas, quando trata de drogas ilícitas. Mas e as licitas? Não seria mais fácil, se sabemos donde vem? A verdade é que licita ou ilícita, cada vez mais facilmente está adentrando nossos lares, escolas, clubes e até nas igrejas já temos noticia de sua presença, em busca de presas fáceis, que sempre são os de menor idade, vulneráveis e com um lar desiquilibrado ou mesmo sem nenhum, refém deste mundão que temos. E ai eu indago: estamos preparados na qualidade de maçons, para cuidar, ou ajudar a cuidar dessa problemática, para minorar o índice? Ora, respondemos logo: Isso é coisa pro governo, pra policia, pra medicina. Nos esquecemos que somos família e é na família que tudo começa e chega até as escolas, onde hoje é alto o índice.
Não temos noticia de nenhuma ação séria e eficaz neste sentido. E onde estamos que não damos o pontapé inicial? Vamos esperar que sejamos atingidos fortemente para enxergar? E qual o pontapé inicial? Começar por nós mesmos. É o chamado arrumar a casa, fazer limpeza interna, cuidar do jardim, lapidar-se, polir a pedra bruta, navegar em sí mesmo e aparar nossas arestas interiores.
Se não sofremos desse mal, que enxerguemos que as drogas estão chegando cada vez mais cedo aos jovens e crianças, diminuindo a idade dos alvos de ataque a cada dia, a destruir lares. Chega de mansinho na qualidade de vicio, se transforma em doença e por fim em óbito, muitas vezes por desconhecimento e falha de quem pode tomar providencias. Lembremos da passagem bíblica: Pequei muitas senhor! Por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa.....

Cada dia sinto que a primeira Loja que pautar suas ações neste campo, sairá na vanguarda, pois teríamos que começar pelos templos, por nós, pela nossa família.  Barreiras, 01 de janeiro de 2015. Raimundo Corado. MI 183.481. 

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