domingo, 4 de janeiro de 2015

O DOM DA VIDA

O dom da vida é algo que merece de nós, seres vivos e dotados de raciocínio, completa atenção e cuidado. Mas nem sempre nos preocupamos com isso e sequer agradecemos a Deus pela existência, como expressão de gratidão pelo dom da vida.
Quão bom seria exercitarmos nossa gratidão agradecendo a Deus pelos frutos colhidos durante o curso de cada dia vivido. E, não sendo isso possível, que o façamos de forma geral, agradecendo a tudo o quanto nos tem acontecido ao longo da nossa existência. Neste viés, que agradeçamos pelas flores que colhemos e até pelos espinhos, estes representados pelos problemas que nos são inevitáveis e que nos serve de degrau para o crescimento.
É peculiar ao ser humano ser egoísta com os problemas, os percalços,  as agruras e os dissabores  da vida, mas quando o assunto é alegrias e bons momentos, comemorações e festejos, costumamos ser pródigos.
É sabido que em nossa existência terrena, todos temos uma missão a cumprir. E para tais missões,  Deus nos envia sinais a serem decifrados e executados, cabendo a cada um de nós a interpretação e execução na senda descortinada da vida, cada um a seu modo.
Quando abraçamos uma carreira, cada um sabe o que o espera, porem, a cada dia que passa, nos surpreendemos com os acontecimentos mais recentes e o surgimento de varias e novas epidemias, endemias e pandemias.
Muitas delas, graças ao profícuo trabalho empreendido por abnegados pesquisadores, sanitaristas, médicos e outras autoridades no assunto da higiene e vacinações, vem sendo mantidas sob relativo controle.
Existe, entretanto, uma grande pandemia que, apesar de ser uma das mais antigas do mundo, que foge a qualquer controle, ou melhor, não se buscam controlar, muito pelo contrario, buscam-se sim, seu crescimento, o aumento em numero e divulgação, por gerarem lucros aos cofres públicos e a miséria social aos desafortunados de toda sorte. Ceifando vidas e mais  vidas ao longo dos dias, destruindo  o bem mais precioso ao ser vivo, objetivo maior deste trabalho.
Refiro-me no entanto, à epidemia das drogas, tão crescente e descontrolada nos dias atuais. E quanto mais dias passam, mais cresce o consumo desordenado e suas graves consequências. Quando falamos em drogas, queremos abranger as licitas e ilícitas em sua imensa variedade. E, aprofundando no campo “Drogas”, inevitável falar da porta de entrada: O alcoolismo e o tabagismo.
Atualmente, pesquisa da OMS (Organização Mundial de Saúde) mostra que o tabagismo é a doença evitável, que mais mata no mundo, ou dá causa a maioria dos óbitos. Que em seguida vem o alcoolismo na condição de vice-campeão nessa triste competição.
 A grande diferença das drogas licitas para as ilícitas, é que as ilícitas matam mais depressa, enquanto as licitas demoram um pouco mais e causam uma diversidade de problemas que em muitos casos descartam-se o alcoolismo e atribuem os óbitos a outras causas clinicas. E com isso, estão se ausentando involuntariamente, milhares de jovens ainda na flor da idade. E o que estamos fazendo para coibir essas ausências? Que exemplo estamos passando para aqueles que necessitam de nós para a sobrevivência?
De certa forma, ao tabagismo vem sendo coibido com leis severas quanto ao uso em ambientes públicos e em locais fechados, em ônibus, proibição de publicidade e imagens chocantes. Enquanto isso, o alcoolismo aumenta desenfreadamente, bebendo-se cada vez com menos idade e nada é feito, mesmo com a existência do ECA que contém meios inibidores de tal uso por menores de idade.
Já quanto ao alcoolismo, tentou-se a aplicação da Lei Seca, mas continuamos a presenciar ou ver e ouvir nos noticiários, a dar conta do avolumado número de acidentes com vitimas fatais ou comprometimento para o resto da vida, devido ao condutor dirigir embriagado ou sob efeito de outras drogas, para as quais não se vai de sã consciência. Antes tem-se quem tomar algo como forma de desinibir.
Jovens fazendo uso de álcool e outras drogas é uma tristeza, lamentável espetáculo visto diariamente nas ruas das nossas cidades e nos bares, boates, clubes, margens dos rios, etc...
E pensar que tudo isso decorre da dissociação entre o alto avanço da tecnologia e a baixa espiritualidade, principalmente na faixa mais jovem da população, que buscam o prazer rápido e a qualquer custo, comprometendo assim o futuro e gerando infelicidade para si mesmo e para os familiares.
Neste mundo moderno, extremamente materialista e consumista, o “ter” é cultivado em grau máximo, em detrimento do “ser”.
Pior é saber que os órgãos não se preocupam muito, pois infelizmente ainda não existem vacinas contra esses inimigos. É o salve-se quem puder. Existe saída, busque ajuda, dê uma chance a si mesmo, permita que outros te ajudem....já é meio caminho andado.

Raimundo Augusto Corado
Mestre Instalado

Cim 183.481

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