O
dom da vida é algo que merece de nós, seres vivos e dotados de raciocínio,
completa atenção e cuidado. Mas nem sempre nos preocupamos com isso e sequer
agradecemos a Deus pela existência, como expressão de gratidão pelo dom da
vida.
Quão
bom seria exercitarmos nossa gratidão agradecendo a Deus pelos frutos colhidos durante
o curso de cada dia vivido. E, não sendo isso possível, que o façamos de forma
geral, agradecendo a tudo o quanto nos tem acontecido ao longo da nossa existência.
Neste viés, que agradeçamos pelas flores que colhemos e até pelos espinhos,
estes representados pelos problemas que nos são inevitáveis e que nos serve de
degrau para o crescimento.
É
peculiar ao ser humano ser egoísta com os problemas, os percalços, as agruras e os dissabores da vida, mas quando o assunto é alegrias e
bons momentos, comemorações e festejos, costumamos ser pródigos.
É sabido
que em nossa existência terrena, todos temos uma missão a cumprir. E para tais missões,
Deus nos envia sinais a serem decifrados
e executados, cabendo a cada um de nós a interpretação e execução na senda
descortinada da vida, cada um a seu modo.
Quando
abraçamos uma carreira, cada um sabe o que o espera, porem, a cada dia que
passa, nos surpreendemos com os acontecimentos mais recentes e o surgimento de
varias e novas epidemias, endemias e pandemias.
Muitas
delas, graças ao profícuo trabalho empreendido por abnegados pesquisadores,
sanitaristas, médicos e outras autoridades no assunto da higiene e vacinações,
vem sendo mantidas sob relativo controle.
Existe,
entretanto, uma grande pandemia que, apesar de ser uma das mais antigas do
mundo, que foge a qualquer controle, ou melhor, não se buscam controlar, muito
pelo contrario, buscam-se sim, seu crescimento, o aumento em numero e
divulgação, por gerarem lucros aos cofres públicos e a miséria social aos
desafortunados de toda sorte. Ceifando vidas e mais vidas ao longo dos dias, destruindo o bem mais precioso ao ser vivo, objetivo
maior deste trabalho.
Refiro-me
no entanto, à epidemia das drogas, tão crescente e descontrolada nos dias
atuais. E quanto mais dias passam, mais cresce o consumo desordenado e suas graves
consequências. Quando falamos em drogas, queremos abranger as licitas e ilícitas
em sua imensa variedade. E, aprofundando no campo “Drogas”, inevitável falar da
porta de entrada: O alcoolismo e o tabagismo.
Atualmente,
pesquisa da OMS (Organização Mundial de Saúde) mostra que o tabagismo é a
doença evitável, que mais mata no mundo, ou dá causa a maioria dos óbitos. Que
em seguida vem o alcoolismo na condição de vice-campeão nessa triste
competição.
A grande diferença das drogas licitas para as ilícitas,
é que as ilícitas matam mais depressa, enquanto as licitas demoram um pouco
mais e causam uma diversidade de problemas que em muitos casos descartam-se o
alcoolismo e atribuem os óbitos a outras causas clinicas. E com isso, estão se
ausentando involuntariamente, milhares de jovens ainda na flor da idade. E o
que estamos fazendo para coibir essas ausências? Que exemplo estamos passando
para aqueles que necessitam de nós para a sobrevivência?
De
certa forma, ao tabagismo vem sendo coibido com leis severas quanto ao uso em
ambientes públicos e em locais fechados, em ônibus, proibição de publicidade e
imagens chocantes. Enquanto isso, o alcoolismo aumenta desenfreadamente,
bebendo-se cada vez com menos idade e nada é feito, mesmo com a existência do
ECA que contém meios inibidores de tal uso por menores de idade.
Já
quanto ao alcoolismo, tentou-se a aplicação da Lei Seca, mas continuamos a
presenciar ou ver e ouvir nos noticiários, a dar conta do avolumado número de
acidentes com vitimas fatais ou comprometimento para o resto da vida, devido ao
condutor dirigir embriagado ou sob efeito de outras drogas, para as quais não
se vai de sã consciência. Antes tem-se quem tomar algo como forma de desinibir.
Jovens
fazendo uso de álcool e outras drogas é uma tristeza, lamentável espetáculo
visto diariamente nas ruas das nossas cidades e nos bares, boates, clubes,
margens dos rios, etc...
E
pensar que tudo isso decorre da dissociação entre o alto avanço da tecnologia e
a baixa espiritualidade, principalmente na faixa mais jovem da população, que
buscam o prazer rápido e a qualquer custo, comprometendo assim o futuro e gerando
infelicidade para si mesmo e para os familiares.
Neste
mundo moderno, extremamente materialista e consumista, o “ter” é cultivado em
grau máximo, em detrimento do “ser”.
Pior
é saber que os órgãos não se preocupam muito, pois infelizmente ainda não existem
vacinas contra esses inimigos. É o salve-se quem puder. Existe saída, busque
ajuda, dê uma chance a si mesmo, permita que outros te ajudem....já é meio
caminho andado.
Raimundo
Augusto Corado
Mestre
Instalado
Cim
183.481
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