segunda-feira, 20 de abril de 2015

HOMENS LIVRES E DE BONS COSTUMES

GRANDE ORIENTE DO BRASIL



A R L S IR PAULO ROBERTO MACHADO – nº. 3182
Ven M Vitor Gomes Machado
Ap M Rafael Corado da S. Batista



Homens livres e de bons costumes


            A liberdade é uma das bandeiras mais importantes da maçonaria, se não for a mais importante. Possui relação com a lei, a justiça, a igualdade e a fraternidade – demais bandeiras maçônicas. Assim, o homem livre é o que sabe o que quer, não tem medo, possuindo liberdade de pensamento para absorver ensinamentos sem pré-julgamento.
            O homem de bons costumes é honrado, justo, moral. Em suma, é aquele que conhece, respeita e cultiva as boas tradições. Então, partindo dos supracitados conceitos, será que somos livres e de bons costumes?
A expressão “livre e de bons costumes” tem seu fundamento nos Landmarks[1]. O “livre” provém do Landmark 18. Nesse diapasão, quando homens trabalhavam de maneira forçada e sem nenhum direito (os escravos) não eram considerados livres e, por esse motivo, não poderiam se tornar obreiros da Arte Real.
A referida expressão “livre e de bons costumes” não pode ser empregada na primeira pessoa (ex. eu sou livre ...), ela deve ser empregada na terceira pessoa (ex. ele é livre e de bons costumes). Isso porque ser livre e de bons costumes é um título conquistado por nós mesmos, por nossas ações.
O escopo do homem livre é evoluir. É refletir antes de satisfazer suas vontades, avaliando e pensando nas consequências que suas ações podem trazer. Agir a todo o momento em concordância com a vontade é franca imaturidade, é não saber suportar frustrações e contrariedades. Entretanto, não se trata de desprezar os desejos. É preciso que haja um equilíbrio nas ações.
Hodiernamente, estamos inseridos em uma sociedade que valoriza a imagem em detrimento do conteúdo e, por isso, esse jugo exercido pelo contexto capitalista faz com que passamos a viver em um mundo de aparência, rodeado de coisas supérfluas, que talvez tenhamos comprado só para satisfazer nossas vontades.
A expressão em apreço é utilizada durante o importante e significativo cerimonial ritualístico da maçonaria, a Cerimônia de Iniciação, pois através das questões dirigidas ao iniciando faz-se uma análise se ele é um homem livre e de bons costumes.
Assim, o iniciando deve apresentar as seguintes qualidades: domínio da língua – dizer menos do que pensa (não dizer coisas amargas); pensar antes de fazer uma promessa – sempre cumpri-la não importando o que irá custar; nunca deixar uma oportunidade passar para dizer algo agradável; interessar-se pelos outros; evitar começar frases com o pronome pessoal eu, além de não guardar carinho para as grandes ocasiões, pois o amor se revela nos pequenos atos.
Por fim, irmãos que constroem, que agregam, que não causam mal estar, que não usam da Instituição para conquista de cargos públicos, devem servir de exemplo tendo em vista que o caminho a dois é sempre mais curto. São os irmãos que possuem ética (parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral) e prezam pelos valores fundamentais da Ordem: liberdade com ordem, igualdade com respeito e fraternidade com justiça.
Em última análise, partindo para o mundo profano, cidadãos que cumprem as leis - especificamente o art. 3º, I da nossa Constituição Federal, que traz como objetivo da República Federativa do Brasil ser uma sociedade livre, justa e solidária - praticam também os valores da Maçonaria.


Um TFA e um excelente final de semana aos irmãos!

            Oriente de Barreiras/BA, 17 de abril de 2015 da E  V  


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                                         Rafael Corado da S. Batista -  ApM
CIM 291884




[1] Com o intuito de exemplificar, segue alguns: Landmark 17 – os maçons estão sujeitos às leis e regulamentos; Lankmark 20 – crer em um ser superior e na vida após a morte; Landmark 22 – todos os maçons são iguais.

REFERÊNCIAS

BALBINO, Jaime. O que é ser Livre e de Bons Costumes. Disponível em: <http://www.lojamontemoria.com/artigo.asp?cod=294>. Acesso em: 16 abr. 15.

D’ELIA JÚNIOR, Raymundo. Maçonaria: 100 instruções de aprendiz. São Paulo: Madras, 2006.

GUIMARÃES, Sérgio Quirino. Livres e de bons costumes. Disponível em: < http://www.samauma.biz/site/portal/conteudo/opiniao/sq009livres.html>. Acesso em: 16 abr. 15.

JACA, Carlos. O que é a Maçonaria – Princípios e valores fundamentais. Disponível em: < http://www.esas.pt/jaca/docs/maconaria.pdf>. Acesso em: 17 abr. 15.

Porque és livre e de bons costumes. Disponível em: <http://www.obreirosdeiraja.com.br/livre-e-de-bons-costumes/>. Acesso em: 16 abr. 15.

Ritual: Rito Brasileiro / Grande Oriente do Brasil. Ritual do 1º Grau: Aprendiz-Maçom. São Paulo, 2009.



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