sexta-feira, 29 de maio de 2015

Regularidade das Potências Maçônicas no Brasil

Declaração oficial do Honorável Irmão Derek Dinsmore, Grande Chanceler da GLUI na Assembleia Geral da CMI — em Madrid. 15 de abril de 2015

Mui Venerável Irmão Presidente e Membros da CMI.

Agradeço-lhe, Ir.`. Presidente, tanto por permitir que eu e meu colega fôssemos observadores em sua Conferência como pelo privilégio de poder dirigir-lhes a palavra. Na Inglaterra estamos bem conscientes de que não pudemos visitar sua Grande Loja por um tempo considerável. Assim, sua Conferência na Espanha nos pareceu uma oportunidade boa demais para desperdiçar, porque permitirá que nos encontremos informalmente com tantos líderes da Maçonaria na América Latina. Também estamos muito conscientes do privilégio que muitos de vocês nos concederam ao permitir que Lojas sob nossa Constituição continuassem a trabalhar em seus países. No pouco tempo como Grande Chanceler da Grande loja Unida da Inglaterra, aprendi a posição exclusiva de minha Grande Loja como a mais antiga Grande Loja no mundo. Embora não tenhamos buscado sê-lo, parece que somos olhados pelo mundo maçônico regular como os árbitros e guardiães da regularidade maçônica. Nossos pontos de vista e conselhos são regularmente procurados e, quando inquiridos, ficamos felizes em aconselhar, baseados em nossa longa experiência maçônica. O que não podemos ser — e não desejamos ser — é uma espécie de policial maçônico internacional, arbitrando entre Grandes Lojas ou mesmo resolvendo disputas dentro de uma determinada Grande Loja. Um dos princípios fundamentais das relações maçônicas internacionais é que cada Grande Loja é soberana e independente, e nós pela longa experiência, estamos conscientes da linha tênue entre aconselhar e, na verdade, interferir nos assuntos internos de uma Grande Loja Irmã.

A regularidade é algo absoluto: uma Grande Loja ou um Grande Oriente ou é regular ou não. Não há meio termo neste assunto. Na perspectiva inglesa, se uma Grande Loja ou Grande Oriente não preenche todos os nossos Princípios Básicos para o Reconhecimento de Grandes Lojas, não pode ser reconhecida como regular. Onde diferimos de algumas Grandes Lojas regulares é que nossos princípios não incluem a jurisdição territorial exclusiva como um princípio de regularidade. Por razões históricas, seria impossível para nós fazê-lo. Deveras, em algumas partes do mundo – por exemplo como índia. África do Sul, Nova Zelândia e África Ocidental – as três Grandes Lojas originais agora dividem território com uma Grande loja local que se desenvolveu de Lojas originalmente sob nossa constituição. Como eu disse antes, também temos o privilégio de ter Lojas dentro do território de um número de Grandes Lojas na América do Sul, aqui estão presentes hoje, que datam do século XIX.

Para nós, para a Irlanda e a Escócia, soberania e jurisdição territorial são dois conceitos inteiramente diferentes. Para nós, soberania é uma Grande Loja ter autoridade única sobre seus membros e Lojas, onde quer que essas Lojas possam localizar-se geograficamente. Soberania não pode ser dividida. Território, por acordo mútuo, pode ser compartilhado, e compartilhar território de modo algum diminui a soberania das Grandes Lojas envolvidas. A frase chave é ‘por acordo mútuo’. Num Território onde nós já reconheçamos uma Grande Loja, se houver uma segunda Grande Loja que se enquadre em nossos Princípios Básicos para o Reconhecimento de Grandes Lojas, antes de estender a ela nosso reconhecimento, perguntaríamos à Grande Loja reconhecida, como cortesia, se ela teria alguma objeção a que o fizéssemos. Esperamos, por causa do grande cuidado que temos em avaliar a regularidade de uma Grande Loja que o acordo seja aceito. Não insistimos que as duas Grandes Lojas se reconheçam, mas simplesmente que compartilhem o território. Esta foi a política que usamos em relação aos Estados Unidos da América, onde em muitos estados reconhecemos a Grande Loja Estadual e a Grande Loja Prince Hall: na Colômbia, onde agora reconhecemos seis Grandes Lojas; no Brasil, onde, em adição ao velho aliado, o Grande Oriente, nós agora reconhecemos quatro Grandes Lojas Estaduais; e, mais recentemente, no México, onde por quase cem anos reconhecíamos apenas a Grande Loja de York e agora reconhecemos a Grande loja de Vera Cruz.

O reconhecimento, naturalmente, é um privilégio que pode ser revisto. Se uma Grande Loja afasta-se do caminho da regularidade ou parece estar levando a Maçonaria ao descrédito, ela pode ser suspensa e, se as coisas não melhorarem, o reconhecimento pode ser cancelado. Naturalmente, essas opções são disponíveis, independentemente, para todos nós como Grandes Lojas regulares, do modo como considerarmos adequado.

Vivemos em um tempo em que os Maçons regulares em todo o mundo deveríamos estar unidos em um propósito comum: brecar o crescimento, muito facilitado pela internet, da maçonaria irregular. Durante os problemas recentes na França, nós na Inglaterra, nos espantamos ao descobrir que há cerca de oitenta grupos alegando ser Grandes Lojas. O mesmo pode ser dito em outras partes da Europa e América do Norte. Muito dessas assim chamadas Grande Lojas são pequenos grupos com websites atraentes — e aí reside o perigo. Estamos buscando atrair jovens bem formados para que venham a ser o futuro de nossas Grandes Lojas. Na Inglaterra, chamamos os abaixo de quarenta anos de geração Google. De eles desejam alguma informação sobre o que quer que seja, eles ligam seus laptops, entram no Google ou outro navegador e veem o que aparece. O perigo é que eles acessem em um desses sites caprichados e sejam levados à maçonaria irregular, para depois descobrir que foram enganados e, desta forma, perdidos para a Maçonaria regular.

Muitos desses sites dão ao público uma visão destorcida da Maçonaria e empanturrem com essa mitologia barata que cresceu em volta da Maçonaria. Seguramente, melhor do que levantar barreiras arbitrárias ou desnecessárias ao reconhecimento de Grandes Lojas que sejam verdadeiramente regulares em seus ethos e práticas, deveríamos acolhê-los em nosso círculo para que se juntassem a nós na batalha contra a irregularidade.

Mui Veneráveis Presidente e Irmãos, obrigado pela cortesia de nos permitir estar com vocês, e por sua paciência em ouvir-me.

Fonte: Bibliot3ca

sábado, 23 de maio de 2015

Novos Mestres

Na noite da última sexta feira, dia 22 de maio, numa sessão marcada pela emoção, os irmãos Marcelo e Fabrício foram exaltados ao grau de mestre. Parabéns aos irmão.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Os Filhos - Khalil Gibran




Teus filhos não são teus filhos
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de ti, mas não de ti.
E embora vivam contigo, não te pertencem.
Podes dar teu amor, mas não teus pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podes abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que não podes visitar nem mesmo em sonho
Podes tentar ser como eles, mas não tente fazê-los como és,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.

Tu és o arco do qual teus filhos são arremessados como flechas vivas.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem rápido e para longe
Que teu encurvamento na mão do Arqueiro seja tua alegria;
Pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável.

Khalil Gibran



segunda-feira, 18 de maio de 2015

O Monte Hermon




No norte da Palestina há a cordilheira antilibana (de Antilíbano, uma de suas montanhas), em contraposição à libana, no território do Líbano, na qual se encontra o monte Líbano, famoso por seus cedros.

Nela destaca-se o monte Hermon, a sua mais alta montanha, com 2.760 metros de altura, com seu cume quase sempre nevado. Hermon, que, para os sidonianos era Sarion e, para os amorreus, Sanir, significa sagrado.

Embora não se saiba a origem do nome, com o seu significado, o seu aspecto de majestade e mistério, próprio, para o psiquismo humano, das coisas sagradas, o justificaria.

Por ser considerado sagrado, existiam, em suas encostas e até no cume, pequenos templos religiosos, cujas ruínas foram descobertas pela Arqueologia.

O orvalho refrescante que dele emana sempre foi muito apreciado na Palestina, um lugar quente e seco; e era chamado de “orvalho do Hermon”.

Além disso, a madeira das florestas e bosques de suas encostas forneciam a matéria prima para a construção de navios, principalmente dos fenícios, grandes navegadores da Antiguidade.

Segundo alguns teólogos, o monte Hermon teria sido o local da transfiguração do Cristo, embora a maioria a situe no Tabor, um pequeno monte de 588 metros, localizado a sete quilômetros de Nazaré, ao nordeste da planície de Esdrelon.

Hermon, pelo seu orvalho que descia sobre a Palestina irrigando as suas terras, pelo fornecimento da madeira para os navegadores e pelo seu caráter sagrado, era, sem dúvida, na Antiguidade, a mais famosa e importante montanha da região, celebrada no Salmo 133 (ou no 132, segundo algumas versões).

Texto de José Castellani

A Justiça do Oeste ainda pede Socorro

A Loja Maçônica Irmão Paulo Roberto Machado apóia esse manifesto.



Convite a Sessão Magna de Exaltação


domingo, 17 de maio de 2015

Confraternização das Mães

No sábado, dia 16 de maio foi realizado no anexo da Loja a confraternização em homenagem ao dia das mães. Em clima de muita harmonia os irmãos, familiares e amigos degustaram um saboroso churrasco.











DEZ APELOS DE UM APRENDIZ AOS MESTRES

OS DEZ APELOS DO APRENDIZ-MAÇOM

-será que estamos preparados para ser espelho?

Uma pesquisa do irmão Raimundo Augusto Corado, aos arquivos da página do irmão Gabriel Campos de Oliveira-Deputado Federal GOB/MG.

I - Ensina-me, Mestre, a desbastar minha pedra bruta, com a prática que adquiristes ao desbastar a Tua própria pedra.

II - Ensina-me Mestre, a caminhar na marcha do meu grau, no grande Templo Maçônico, que é o mundo lá fora, caminhando Tu, à minha frente, como meu líder, nos caminhos do Bem, da Verdade e da Justiça.

III - Ensina-me Mestre, a ser livre de vaidades, a distanciar-me das ambições e servilismos que amesquinham o homem, vendo eu em Ti, o Mestre livre de tais sentimentos.

IV - Ensina-me Mestre, o dom que tens de perdoar, esquecer e compreender as fraquezas de todos os homens, enaltecendo suas virtudes, para que eu, como teu discípulo, possa também saber perdoar, esquecer e compreender as fraquezas de todos os homens, enaltecendo suas virtudes.

V - Ensina-me Mestre, a trabalhar como trabalhas, anonimamente, em favor de uma boa causa, fugindo como Tu foges, dos aplausos frívolos, fáceis e das honrarias vulgares.

VI - Ensina-me Mestre, os bons costumes pelos quais temos de saber ouvir e de saber calar nos momentos certos, mas principalmente o dom, que temos de lutar em favor dos que clamam por pão e justiça social.

VII - Ensina-me Mestre, a ser como Tu és, a todos os momentos, um simples, mas forte tijolo da Ponte de União entre os homens, e nunca um ponto de discórdia entre eles.

VIII - Ensina-me Mestre, a cultivar em meu coração, todo o respeito e amor que cultivas entre os homens, e principalmente com Tua família, para que possa, cada vez mais, espelhado em Ti, respeitar a todos os homens e amar em toda a extensão da palavra, minha família.

IX - Ensina-me Mestre, toda Tua bravura, destemor e honradez para defender a Liberdade e a Soberania da nossa Pátria, para que eu possa, a qualquer momento, ao Teu lado e contigo, lutar e morrer em sua defesa.


X - Ensina-me Mestre, tudo isso, enfim, sem vaidades, ostentações ou vãs palavras, que se perdem ao vento, mas simplesmente com Teus próprios exemplos, para que eu possa um dia, ser reconhecido como um verdadeiro Mestre-Maçom.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O Maçom

O Maçom
1. Sobe a Escada de Jacó pelas Iniciações da Vida sem ferir os Irmãos neste percurso;
2. Realiza o sonho de desbastar pelo pensamento e pelas ações as arestas dos vícios e da insensatez;
3. Socorre o Irmão nas dificuldades, chora com ele as suas angústias e sabe comemorar a seu lado as suas vitórias;
4. Reconhece nas viúvas e nos órfãos a continuidade do Irmão que partiu para o Oriente Eterno;
5. Vê na filha do Irmão a sua filha e na esposa do Irmão, uma Irmã, Mãe ou Filha;
6. Combate o fanatismo e a superstição sem o açoite da guerra, mas com a insistência da palavra sã;
7. É modelo da eterna e universal justiça para que todos possam concorrer para a felicidade comum;
8. Sabe conservar o bom senso e a calma quando outros o acusam e o caluniam;
9. É capaz de apostar na sua coragem para servir aqueles que o ladeiam, mesmo que lhe falte o próprio sustento;
10. Sabe falar ao povo com dignidade ou de estar com reis e presidentes em palácios suntuosos e conservar-se o mesmo;
11. Sendo religioso e político respeita o direito da religião do outro e da política oposta à sua;
12. Permite e facilita o desenvolvimento pleno das concorrências para que todos tenham as mesmas oportunidades;
13 Sabe mostrar ao mundo que nossa Ordem, não é uma Sociedade de Auxílios Mútuos;
14. Dominado pelo princípio maior da TOLERÂNCIA suporta as rivalidades sem participar de guerras;
15. Abre-se para si e permite que outros, vendo-o, sigam-no no Caminho do Conhecimento e da Iniciação;
16. Conforma-se com suas posses sem depositar inveja nos mais abastados;
17. Absorve o sacerdócio do Iniciado pela fé no Criador, pela esperança no melhoramento do homem e pela caridade que se abrirá em cada coração;
18. Sente a realidade da vida nos Sagrados Símbolos da Instituição;
19. Exalta tudo o que une e repudia tudo o que divide;
20. É Obreiro de paz e união, trabalhando com afinco para manter o equilíbrio exato entre a razão e o coração;
21. Promove o bem e exercita a beneficência, sem proclamar-se doador;
22. Luta pela FRATERNIDADE, pratica a TOLERÂNCIA e cultiva-se integrado numa só família, cujos membros estejam envoltos pelo AMOR;
23. Procura inteirar-se da verdade antes de arremeter-se com ferocidade contra aqueles, que julga opositores;
24. Esquiva-se das falsidades inverossímeis, das mentiras grosseiras e das bajulações humanas;
25. Propõe-se sempre a ajudar, amar, proteger, defender e ensinar a todos os Irmãos que necessitem, sem procurar inteirar-se do seu Rito, da sua Obediência, da sua Religião ou do seu Partido Político;
26. É bom, leal, generoso e feliz, ama a Deus sem temor ao castigo ou por interesse á recompensa;
27. Se mantêm humilde no instante da doação e grandioso quando necessitar receber;
28. Se aprimora moralmente e aperfeiçoa o seu espírito para poder unir-se aos seus semelhantes com laços fraternais;
29. Sabe ser aluno de uma Escola de Virtudes, de Amor, de Lealdade, de Justiça, de Liberdade e de Tolerância;
30. Busca a Verdade onde ela se encontre e por mais dura que possa parecer;
31. Permanece livre respeitando os limites que separam a liberdade do outro;
32. Sabe usar a Lei na mão esquerda, a Espada na mão direita e o Perdão à frente de ambas;
33. Procura amar o próximo, mesmo que ele esteja distante, como se fosse a si mesmo.

domingo, 10 de maio de 2015

ALGO SOBRE A ORDEM MAÇÔNICA

ALGO SOBRE A ORDEM.




Ainda que incrível, nos dias de hoje nos deparamos com uma enormidade de irmãos que ao serem iniciados em curto espaço de tempo já conseguem dominar grande parte dos conhecimentos que a Ordem nos oferece.

No entretanto, não é de se estranhar no seio da nossa sublime Instituição, encontramos com certa freqüência, irmãos que apesar de bastantes calejados em suas lojas e já bem maduros em matéria de tempo maçônico, já Mestres Maçons e portadores de altos graus filosóficos por sinal, não se sabe porque, nada conseguiram captar em termos de conhecimentos maçônicos, mesmo no âmbito da sua Loja.

Não quero aqui admoestar ninguém, tampouco trazer como referência loja alguma, sobretudo não devemos generalizar.

É uma questão de consciência de cada um de nós.

Quão bom seria se todos os iniciados realmente se dedicasse ao estudo do vasto conhecimento que a Ordem nos oferece!

Escolhemos a Ordem tangidos por um desejo sincero em SER MAÇOM.

Ser Maçom não significa somente ser iniciado. É preciso estudo profícuo sobre aquilo que escolhemos espontânea e livremente. Ou será que passa pela cabeça desses irmãos, que o Grau de Mestre é o ápice do aprendizado maçônico? Ainda que assim fosse, será que já estudaram este Grau a ponto de se dizerem satisfeitos e realizados no caminho da busca da tão cobiçada perfeição? Ai trazemos como referencia a velha e costumeira frase que sempre ouvimos em Loja e fora dela, principalmente em dia de iniciação: SOMOS UNS ETERNOS APRENDIZES.

Vamos fazer um breve relato sobre alguns pontos considerados importantes, e que raramente vimos ou ouvimos alguém falar sobre isto? Pois bem! Vimos em todas as nossas sessões, com maior freqüência de aprendiz, a transmissão de uma palavra chamada palavra Sagrada, vamos falar um pouco dela?

Palavra escrita com três letras, más que possui quatro fonemas. (Fonema é o som da pronuncia da letra). Esta palavra em seu todo significa o nome de um filho do Rei Salomão e é sinônimo de FORÇA.

Tentando ser breve, comecemos por dizer que O FONEMA “B” significa GERMEN; o FONEMA “O” significa Luz Espiritual; O FONEMA “A” significa HOMEM e o FONEMA “Z” significa REFRAÇÃO LUMINOSA DE DEUS.

Assim sendo, analisando os significados e unindo uns aos outros, obtemos a seguinte frase:

“O GERMEN DA LUZ ESPIRITUAL DO HOMEM É A REFRAÇÃO LUMINOSA DE DEUS”.



A CORDA DE 81 NÓS.


Esta corda tem o significado claro da união entre os irmãos Maçons do universo, independentemente de credo, raças, poder aquisitivo ou classe social. Seus “NÓS” representam os signos do zodíaco; O enlaçamento, segundo alguns escritores maçônicos, significa e simboliza os segredos que envolve os nossos mistérios; Suas borlas abertas significam que a maçonaria não é totalmente fechada, basta que seus pretendentes sejam livres e de bons costumes. Suas laçadas constituem laços de amor, de onde se deduz que os maçons devem ter sempre o zelo de estar de pé e à Ordem para amar a seu irmão. As borlas simboliza que o maçom não está só e sim sobre a proteção Divina. Todavia, seu afastamento voluntário poderá resultar em total isolamento, pois não terá o direito de saber nada sobre o que ocorre em uma Loja.

O ESQUADRO

O Esquadro e o Compasso são os símbolos mais usados na Ordem. O Esquadro, o símbolo da retidão, é a Jóia do Cargo de Venerável Mestre, que por sua vez deve ser o maçom mais justo e correto da Loja, ou quando nada deveria ser assim. O esquadro, dentre outros significados, representa a Terra, onde existe o choque das paixões.
Lembra a nós Maçons, tivemos que nos desprendermos das nossas afeições materiais das coisas terrenas. É uma das jóias móveis da Loja. É a segunda das Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria.
Está presente em todas as Sessões, independentemente de grau, porque é um dos emblemas mais significativos, que conduz o maçom pelo caminho dos sábios e dos justos.

O COMPASSO


Representa a justiça com que deve medir os atos do homem. É também uma das Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria, a terceira delas.  O maçom ao falar, ao julgar, ao se relacionar com irmãos e até mesmo com profanos, deverá sempre pautar suas ações e palavras observando o simbolismo deste instrumento maçônico. Não devemos nos esquecer da sua ponta sobre o nosso peito, a fim de que nos lembremos de quando profanos, onde não tínhamos nossos atos regulados por estes instrumentos que representam a exatidão e a justiça.

O NÍVEL

 Este se restringe à horizontalidade, pois sua utilização para o desbaste da Pedra Bruta, só se dá após o esquadrejamento da pedra, quando o aprendiz já usou a Régua e o Esquadro.  Representa a jóia do primeiro vigilante.



O PRUMO


Emblema do equilíbrio, que simboliza ao mesmo tempo a escada sobre a qual se encontram repartidos os seres da natureza. Este instrumento nos convida a nos elevarmos sempre ao lugar mais alto da escada da razão, da ciência e da perfeição moral. É a jóia do segundo vigilante






O CINZEL

Quando fere a Pedra Bruta, simboliza o Maçom sendo lapidado pelo GADU, buscando assim construir um novo homem. Ao ficarmos à Ordem, vemos que o nosso punho fica junto com o braço, simbolizando o MAÇO; Temos o polegar e o indicador formando uma esquadria e finalmente temos o braço esquerdo caído, simbolizando o cinzel.



                                                               A PEDRA BRUTA



Símbolo primeiro do maçom, onde o aprendiz trabalha simbolicamente o seu “EU”.
Cada aresta que cai da Pedra Bruta significa um vicio, um defeito, uma falha, ou algo de negativo que é retirado de dentro do aprendiz. É uma das três jóias móveis da Loja.
Vamos nos polir meus irmãos! Polir é um processo seqüente e persistente de condutas. É um conjunto de manobras que se sucedem com o objetivo sempre de se chegar ao brilho como resultado dos nossos esforços e de nossos estudos. Estudemos meus irmãos... Oriente de Barreiras, ao 20 dias do mês de julho de 1998.

Raimundo Augusto Corado
Mestre Maçom.

CIM – 183.481. 

PROFISSÃO MÃE





Uma mulher  foi renovar a sua carteira de motorista. Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão.  Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
"O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário.
"Claro que tenho um trabalho", exclamou .  "Sou mãe".
"Nós não consideramos "mãe" um trabalho.
Vou colocar"Dona de casa",  disse o funcionário friamente.

Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica.
A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona da situação, perguntou: Qual é a sua ocupação?
Não sei o que me fez dizer isto, as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora  "Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas."
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
Posso perguntar, disse-me ela com novo interesse, o que faz exatamente?

Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder: "Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos ( todas meninas). 
Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???),  o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24  horas). Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou e, pessoalmente abriu-me a porta.

Quando cheguei em casa, com o título da minha carteira erguido, fui recebida pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3 anos.  Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (um bebê de seis meses), testando uma nova tonalidade de voz.
Senti-me triunfante!

Maternidade... que carreira gloriosa!
Assim, as avós deviam ser chamadas "Doutora-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".
As bisavós: "Doutora- Executiva- Sênior".
E as tias: "Doutora - Assistente".

Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas, companheiras.

Doutoras na Arte de fazer a vida melhor !!!

quinta-feira, 7 de maio de 2015

A MAÇONARIA É SECRETA?

Para responder a essa pergunta, é preciso termos em mente uma definição do que é Maçonaria. No entanto, suas origens não são perfeitamente definidas; de modo que existem várias escolas que estudam as mais diversas hipóteses, e que situam seu início em épocas diversas: desde os mais remotos tempos até a criação das Lojas especulativas. Este fato dificulta uma definição clara que possa corresponder a todos os pensamentos.

Independentemente de qualquer definição sobre o que é Maçonaria, pode-se verificar facilmente que ela tem sido, no decorrer dos séculos, ora perseguida ora bem considerada.

Por um lado, os maçons têm sobrevivido a inúmeras perseguições, quando a Maçonaria foi alvo de campanhas virulentas, e uma série extensa de obras anti-maçônicas foi, e é ainda, publicada e lida.

Por outro lado, importantes filósofos, sábios, cientistas e políticos dela fizeram parte e escreveram a seu respeito obras respeitáveis e elogiosas.

Por que esse fenômeno? Por que a Ordem desperta tanto ódio e hostilidade, ao mesmo tempo provoca tanta admiração por parte de pessoas bem formadas e influentes? Que particularidades a tornam indispensável, de modo a persistir durante séculos?

Baseando-se nestas perguntas, a definição de Maçonaria deve ser específica da instituição, não sendo de mais nenhuma outra.

Se assim não fosse, a Ordem seria dispensável e sua existência seria uma duplicação de esforços.

Uma definição da Maçonaria deve ser buscada naquilo que a torna especial e única. E com essa linha de raciocínio, pode-se fazer uma lógica inversa, começando-se por responder o que a Maçonaria não é.

O que a Maçonaria não é:

§ A Maçonaria não é um grêmio voltado apenas para a promoção de obras sociais, o
que jamais pode ser confundido com o propósito da Ordem.
Para este objetivo existem entidades muito mais eficientes, criadas com este
fim específico, como os clubes de serviços.

§ A Maçonaria não é um clube fechado de intelectuais, que apenas produz discursos. Isto seria um notável desperdício de talentos, pois existem as várias Academias, que poderiam ser mais produtivas com a presença de mais gente capaz. E para atingir este
objetivo, não seriam necessárias Iniciações ou, muito menos, sessões ritualísticas.

§ A Maçonaria não é uma sociedade fechada que ofereça a seus membros a oportunidade de ocupar um cargo de título pomposo ou que lhes ofereça faixas, medalhas e condecorações. Associações com esta finalidade existem em grande número e têm na própria execução do ritual sua razão de ser. Funcionam muito mais como fuga de uma realidade.

§ A Maçonaria não é um pretexto, ou oportunidade, para o sadio exercício do companheirismo.
Para isso, não deveria ser obrigatório um pretexto, nem que fossem criadas oportunidades especiais, pois para tanto não é necessário qualquer método iniciático nem obediência a Rituais.
Não se pode pensar em camaradagem escocesista, ou moderna, ou adhoniramita, ou brasileira, ou "à moda de York" ou "de Schroeder".

§ A Maçonaria não é uma instituição religiosa. Uma vez que as instituições salvacionistas são organizadas, dirigidas e oficiadas por pessoas especializadas,
profissionais, intensamente preparadas para o seu ofício. Vista como ordem religiosa, a Maçonaria seria mais uma entre tantas, mais organizadas e eficientes em relação a seus objetivos próprios.
§ A Maçonaria não é um clube ou partido político. O maçom, homem de seu tempo, vive a vida contemporânea do seu país. Vivendo a realidade presente, percebe o quanto de desumanidade, violência e materialismo selvagem existe ao seu redor, sendo eventualmente uma de suas vítimas.
Imerso em tudo isso, o Maçom faz parte do enunciado do problema e, se pratica os seus ensinamentos, está obrigado a participar da proposta de sua solução.

§ A Maçonaria não é, enfim, algo distante do homem, mas, ao contrário, é alguma coisa criada pelo homem, para seu proveito e para ser praticada por ele. A Loja, pelas suas características, é um modelo reduzido da sociedade geral, e modelo de extrema fidelidade da realidade que representa.

Mas é preciso manter em mente que a Oficina não é um clube político, e essa então também não é a vocação da Loja, de vez que a atividade pode ser levada a cabo em outras organizações de maneira mais eficiente, sem as limitações do ritual, que visa outro objetivo certamente.

Materialmente Revelada

Depois de comparada a outras instituições, pode-se usar a seguinte definição: “A Maçonaria é uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a Humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade, pelo respeito à autoridade e à crença de cada um”.

E sendo uma instituição, ela tem seu caráter material.

Materialmente, a Maçonaria é formada por potências maçônicas e suas respectivas Lojas. As Grandes Lojas e suas afiliadas são pessoas jurídicas, sendo documentadas segundo todas as leis de seu país. Elas possuem endereços e prédios que mostram abertamente do que se tratam.

Logo, pode-se considerar que a Maçonaria não é secreta materialmente, ficando visível aos olhos de quem quiser procurá-la; e quem o fizer terá acesso aos seus princípios universais, divulgados sem qualquer sigilo.
Além disso, é visível a identificação dos maçons através de broches, adesivos plásticos e até mesmo em entrevistas na televisão ou rádio. Logo, se é facultado ao maçom se revelar publicamente, como pode ele pertencer a uma instituição secreta?

Concluindo, pode-se assegurar que, no plano material, a ordem maçônica nada tem de secreta.

O que se pode afirmar é que ela é discreta, não revelando diretamente aspectos mais sutis a quem não mereça. E são estes aspectos menos densos os objetos de estudo mais a seguir.


O Segredo

“... Quando achar um bem em toda a fé que ajuda qualquer homem a ver as coisas divinas e a perceber significações majestosas na vida, qualquer que seja o nome dessa crença... Quando conservar a fé em si mesmo, em seus companheiros, em seu Deus, em sua mão uma espada contra o mal, em seu coração um pouco de canção — satisfeito por viver mas não temendo morrer, tal homem encontrará o único real segredo da Maçonaria, aquela que ela procura transmitir ao mundo inteiro.” Joseph F. Newton

É possível verificar neste trecho que, segundo o autor, o grande segredo da Maçonaria está simplesmente em saber viver, baseando-se em princípios fundamentais.

Ao mesmo tempo, pode-se verificar uma “contradição” neste fragmento: este princípio é ao mesmo tempo o único e real segredo, mas que ao mesmo tempo a Maçonaria procura transmitir ao mundo inteiro!

Como pode algo ser um segredo e estar sendo espalhado para o mundo todo? Para responder essa pergunta, é importante saber definir bem o que é o “sigilo do maçom”. Tal sigilo, segundo Dario Vellozo, é a pedra de toque que dá o caráter do maçom.

Não que o segredo seja sempre necessário pela natureza dos assuntos tratados em Loja; mas, porque habitua o maçom à circunspecção, corrige a leviandade, o charlatanismo e a tagarelice.

Ao pensar com segurança, meditar com paciência e julgar com imparcialidade, o maçom trabalha grato por um dever consciente e obterá suas recompensas sem aplausos e sem agradecimentos.

Guardar sigilo sobre graças (seja no plano material, filosófico ou espiritual) concedidas ou recebidas é “poupar o indigente o rubor da esmola; é merecer para a Ordem a confiança e as bênçãos das vítimas do infortúnio.”

É certo que o segredo de se saber viver, que é espalhado ao mundo inteiro, não limita seu esforço egoisticamente só para os iniciados na Maçonaria. Não sendo correto que a nossa instituição reservasse sectariamente a Luz aos seus, excluindo homens profanos justos, ela divulga, sem segredo, seus princípios universais:

§ A Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde a sua origem, a existência de um Principio Criador, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo.

§ A Maçonaria não impõe nenhum limite a livre investigação da Verdade e para garantir a todos essa liberdade que exige, de todos, a maior tolerância.

§ A Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes sociais, de todas as crenças religiosas e preferências políticas, exceto aquelas que privem o homem da liberdade de consciência, restrinjam os direitos e a dignidade da pessoa humana.

§ A Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas modalidades; é
uma escola que impõe obedecer às leis do país, amar o próximo, trabalhar pela felicidade do gênero humano.

§ Reconhece a prevalência do Espírito sobre a Matéria, e afirma o princípio cardeal da tolerância mútua, para que sejam respeitadas as convicções, a dignidade e a autonomia do indivíduo como personalidade humana.

§ Aceita a existência da Alma, e, subsidiariamente a esta crença, a da vida futura.

Com seus princípios universais revelados e com a discrição que o sigilo maçônico impõe, a Maçonaria espalha seu segredo a quem quiser e tiver condições de ouvir, aceitando todos os homens livres e de bons costumes.

Deste modo, a Maçonaria é um segredo não por falta de bocas para divulgá-lo, mas da falta de ouvidos para escutá-lo. Para corroborar esta afirmação, pode-se tomar como exemplo o seguinte trecho da Constituição de Anderson: “Não é maçom quem quer e sim quem pode ser.”

O Humanismo

Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a dedicarem-se a felicidade de seus semelhantes, não porque a razão e a justiça lhes imponham esse dever, mas porque esse sentimento de solidariedade é a qualidade inata, que os fez filhos do Universo e amigos de todos os homens – fiéis observadores da lei do Amor e da Simpatia que Deus estabeleceu na Terra.

Desde modo, a Maçonaria se impõe os objetivos de desfazer nos homens os preconceitos de casta, as convencionais distinções de cor, de origem, de religião e de nacionalidade; de aniquilar o fanatismo e a superstição, extirpar os ódios de raça e com eles, o açoite da guerra; e de chegar, pelo livre e pacífico progresso, a uma fórmula e modelo de eterna e universal justiça, segundo a qual, todo o ser humano possa desenvolver livremente as faculdades de que esteja dotado. E possa ele vir a concorrer cordialmente com todas as forças para a comum felicidade dos seres humanos – de sorte que a Humanidade venha a ser uma só família de irmãos unidos pelo afeto, pela cultura e pelo trabalho.

n Bibliografia
1. Temas para Reflexão do Mestre Maçom – Marcos Santiago – Ed. A Trolha
2. Manual do Mestre Maçom – Manoel Gomes – Ed. Aurora
3. Regimento Geral da Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro



Transcrito de “A Oficina” (Novembro – Ano VIII – 2001) - periódico editado pela Augusta Respeitável e Benemérita Loja Maçônica Perfeita União 8 nº 70 – jurisdicionada à M.R. Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro.