PORQUE FREQUENTAR
-o que preciso para
continuar frequentando-
Existem dois pontos,
dentre tantos, que sobressaem quando o assunto é ser um iniciado na sublime
instituição chamada MAÇONARIA.
1º: a frequência assídua às Lojas;
2º: a evasão inexplicável de muitos irmãos;
Aos frequentadores
assíduos, o aprendizado se encarrega de fazer os agradecimentos e chamamentos
para contribuir além Loja.
Aos infrequentes ou
desertores, entram como colaboradores para o maior problema que atinge maioria
das Lojas na atualidade: a infrequência
e a evasão.
Relembrando um passado não
muito longínquo, e fazendo um
comparativo com a maçonaria atual, levando em conta suas formas administrativas
e de condução dos processos de admissão, percebe-se que o iniciado abandona a
Ordem, porque teria sido atingido por três grandes males, a saber: um de nascimento, um de desenvolvimento e outro de
crescimento.
Ø
De nascimento: (indicação) - o mal
escolhido, aquele que foi indicado e iniciado com os beneplácitos do
proponente, simplesmente por ser seu amigo, sem nenhuma vocação, ou quem sabe,
por mera curiosidade.
Ø
De desenvolvimento (processual e cerimonial)
– Sindicâncias feitas sem critérios, desacompanhada de responsabilidade e
carregadas de negligencias e favorecimento, com pareceres vazios e sem nexo;
Cerimonias capengas de conhecimento e brilhantismo; trotes e
gracejos; enxerto de passagens que não constam do ritual; desrespeito aos
candidatos ainda vendados, ao conduzirem a lugares estranhos, contrariando ao
conteúdo dos rituais, em nome daquilo que no passado foi permitido e que por
não enquadrar às expectativas dos candidatos e não condizer com os princípios
defendidos pela Ordem, foram retirados dos rituais, cerimoniais e legislação.
Ø
De crescimento: (Educação e Instrução
Maçônica) - o candidato começa sendo mal instruído, devido à pobreza didática dos
instrutores que há muito estão em extinção; incentivos à leitura de literaturas
além ritual no seu primeiro ano de formação; acesso a invencionices e achismos
daqueles que se dizem dotados da plenitude maçônica, sem contudo exercer essa
plenitude na prática de suas ações; tudo isso se complica com uma agravante:
falta de critérios para a concessão do aumento de salário. Surge uma confusão
generalizada quando confundem-se conhecimento com interstícios.
Ensinar “é transmitir conhecimento”. Dispensar interstício é
prejudicar aos irmãos, pois despreparados, como então ensinar no futuro? A inobservância
dos requisitos em vez de ajudar e incentivar o irmão, causará decepção futura.
É pois, por demais prejudicial à formação do iniciado maçom.
Quando falamos em
frequência ou infrequência, somos arremessados a uma forte vertente: MOTIVAÇÃO. O maçom deve ir à Loja por amor, não por
obrigação.
O Venerável Mestre há que
ser um líder a espargir entusiasmo e confiança a todos seus obreiros. Para que
essa liderança prospere e tenha a devida repercussão, toda loja carece de
projetos, com suas metas e meios de execução.
Tais projetos não devem
restringir à formação dos seus quadros, mas também, que àqueles assuntos de
ordem filantrópica e social, em cuja execução todos se envolvam em nome da
caridade maçônica, em sua forma, pratica e conceito. O que temos hoje são
muitas lojas trajando o macacão da monotonia, o que a torna cansativa e
estressante. Daí grande número de dissidentes em nossos boletins oficiais.
A maçonaria, longe de ser
ócio, deve ser o fascínio da lapidação do principal produto do Criador – o homem.
É nos templos que formamos
os construtores sociais. A sagrada escritura nos recomenda que devemos renascer
a cada dia. Quem entrou na maçonaria e
deixou que a maçonaria entrasse nele, sabe o quanto esta irmandade de homens
livres está além das demais organizações humanas de que temos conhecimento.
Isso nos arremessa para a câmara das reflexões ornamentada com seus emblemas da
mortalidade.
Até por relevância
maçônica, devemos lutar até o fim, pela permanência dos irmãos em nossos
templos, como irmãos ativos, regulares e assíduos frequentadores deste ambiente
onde a maior recompensa é a troca de fraternidade entre os irmãos.
Negar fraternidade a seus
irmãos é “mais que uma infidelidade. É
PERJURAR”.
A ajuda mutua entre as
famílias maçônicas, faz parte da tradição dos nossos antepassados, e sua
permanência exige de cada um de nós, grandes doses de respeito e fraternidade
uns para com os outros.
No aclive da escada
maçônica, a tradição é o
primeiro degrau a ser escalado.
Foi assim no começo com
uns poucos e abnegados maçons e também poderá e deverá sê-lo para sempre, com
qualquer número, desde que a tradição inerente à fraternidade e à ajuda mutua
não caia em desuso como tememos pela sua queda diante de tantos atentados à
nossa ordem; Atentados que antes eram externos, hoje os vemos internamente, com
a famigerada vaidade, que não deveria encontrar agasalho entre nós.
Devemos ter em mente que o
sucesso das Lojas independe do número de seus membros. Dependem sim, e muito,
da capacidade de cada um, cada qual a seu nodo, muitas vezes invisíveis e
insensíveis, mas que no momento adequado, surge o potencial em favor do seu
irmão, cunhada, sobrinho ou afins maçônicos.
A medida de uma loja é a
capacidade e a qualidade de seus membros no tratamento entre irmãos e com a
sociedade em geral, o que corresponde dizer que a maçonaria faz a diferença não
pelas lojas, mas pelos maçons. Sejamos Maçons.
Independentemente do
número de membros, a Maçonaria tem evoluído na ascensão dos degraus da escada
de Jacó, sempre por exaltar a tradição como sua força propulsora, adquirindo
saber em todas as suas formas de conhecimento.
Irmão Raimundo Augusto Corado
Mestre
Instalado. CIM nº 183.481.
Loja
Templo de Salomão nº 2737.
Oriente
de Barreiras – Bahia.
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