sexta-feira, 20 de novembro de 2015

PORQUE FREQUENTAR

PORQUE FREQUENTAR
-o que preciso para continuar frequentando-

Existem dois pontos, dentre tantos, que sobressaem quando o assunto é ser um iniciado na sublime instituição chamada MAÇONARIA.

1º: a frequência assídua às Lojas;
2º: a evasão inexplicável de muitos irmãos;

Aos frequentadores assíduos, o aprendizado se encarrega de fazer os agradecimentos e chamamentos para contribuir além Loja.

Aos infrequentes ou desertores, entram como colaboradores para o maior problema que atinge maioria das Lojas na atualidade: a infrequência e a evasão.

Relembrando um passado não muito longínquo,  e fazendo um comparativo com a maçonaria atual, levando em conta suas formas administrativas e de condução dos processos de admissão, percebe-se que o iniciado abandona a Ordem, porque teria sido atingido por três grandes males, a saber: um de nascimento, um de desenvolvimento e outro de crescimento.

Ø  De nascimento: (indicação) - o mal escolhido, aquele que foi indicado e iniciado com os beneplácitos do proponente, simplesmente por ser seu amigo, sem nenhuma vocação, ou quem sabe, por mera curiosidade.

Ø  De desenvolvimento (processual e cerimonial) – Sindicâncias feitas sem critérios, desacompanhada de responsabilidade e carregadas de negligencias e favorecimento, com pareceres vazios e sem nexo;

Cerimonias capengas de conhecimento e brilhantismo; trotes e gracejos; enxerto de passagens que não constam do ritual; desrespeito aos candidatos ainda vendados, ao conduzirem a lugares estranhos, contrariando ao conteúdo dos rituais, em nome daquilo que no passado foi permitido e que por não enquadrar às expectativas dos candidatos e não condizer com os princípios defendidos pela Ordem, foram retirados dos rituais, cerimoniais e legislação.

Ø  De crescimento: (Educação e Instrução Maçônica) - o candidato começa sendo mal instruído, devido à pobreza didática dos instrutores que há muito estão em extinção; incentivos à leitura de literaturas além ritual no seu primeiro ano de formação; acesso a invencionices e achismos daqueles que se dizem dotados da plenitude maçônica, sem contudo exercer essa plenitude na prática de suas ações; tudo isso se complica com uma agravante: falta de critérios para a concessão do aumento de salário. Surge uma confusão generalizada quando confundem-se conhecimento com interstícios.

Ensinar “é transmitir conhecimento”. Dispensar interstício é prejudicar aos irmãos, pois despreparados, como então ensinar no futuro? A inobservância dos requisitos em vez de ajudar e incentivar o irmão, causará decepção futura. É pois, por demais prejudicial à formação do iniciado maçom.

Quando falamos em frequência ou infrequência, somos arremessados a uma forte vertente: MOTIVAÇÃO.  O maçom deve ir à Loja por amor, não por obrigação.

O Venerável Mestre há que ser um líder a espargir entusiasmo e confiança a todos seus obreiros. Para que essa liderança prospere e tenha a devida repercussão, toda loja carece de projetos, com suas metas e meios de execução.

Tais projetos não devem restringir à formação dos seus quadros, mas também, que àqueles assuntos de ordem filantrópica e social, em cuja execução todos se envolvam em nome da caridade maçônica, em sua forma, pratica e conceito. O que temos hoje são muitas lojas trajando o macacão da monotonia, o que a torna cansativa e estressante. Daí grande número de dissidentes em nossos boletins oficiais.

A maçonaria, longe de ser ócio, deve ser o fascínio da lapidação do principal produto do Criador – o homem.

É nos templos que formamos os construtores sociais. A sagrada escritura nos recomenda que devemos renascer a cada dia.  Quem entrou na maçonaria e deixou que a maçonaria entrasse nele, sabe o quanto esta irmandade de homens livres está além das demais organizações humanas de que temos conhecimento. Isso nos arremessa para a câmara das reflexões ornamentada com seus emblemas da mortalidade.

Até por relevância maçônica, devemos lutar até o fim, pela permanência dos irmãos em nossos templos, como irmãos ativos, regulares e assíduos frequentadores deste ambiente onde a maior recompensa é a troca de fraternidade entre os irmãos.  

Negar fraternidade a seus irmãos é “mais que uma infidelidade. É PERJURAR”.

A ajuda mutua entre as famílias maçônicas, faz parte da tradição dos nossos antepassados, e sua permanência exige de cada um de nós, grandes doses de respeito e fraternidade uns para com os outros.

No aclive da escada maçônica, a tradição é o primeiro degrau a ser escalado.

Foi assim no começo com uns poucos e abnegados maçons e também poderá e deverá sê-lo para sempre, com qualquer número, desde que a tradição inerente à fraternidade e à ajuda mutua não caia em desuso como tememos pela sua queda diante de tantos atentados à nossa ordem; Atentados que antes eram externos, hoje os vemos internamente, com a famigerada vaidade, que não deveria encontrar agasalho entre nós.

Devemos ter em mente que o sucesso das Lojas independe do número de seus membros. Dependem sim, e muito, da capacidade de cada um, cada qual a seu nodo, muitas vezes invisíveis e insensíveis, mas que no momento adequado, surge o potencial em favor do seu irmão, cunhada, sobrinho ou afins maçônicos.

A medida de uma loja é a capacidade e a qualidade de seus membros no tratamento entre irmãos e com a sociedade em geral, o que corresponde dizer que a maçonaria faz a diferença não pelas lojas, mas pelos maçons. Sejamos Maçons.

Independentemente do número de membros, a Maçonaria tem evoluído na ascensão dos degraus da escada de Jacó, sempre por exaltar a tradição como sua força propulsora, adquirindo saber em todas as suas formas de conhecimento.

Irmão Raimundo Augusto Corado
Mestre Instalado. CIM nº 183.481.
Loja Templo de Salomão nº 2737.
Oriente de Barreiras – Bahia.

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