À GL\ DO GR\
ARQUIT\ DO UNIV\
TRABALHO EM GRAU DE APRENDIZ
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO.
AS FERRAMENTAS MANEJADAS PELOS
APRENDIZ
1 - INTRODUÇÃO:
O aprendiz é,
simbolicamente, representado pela pedra bruta, aquela pedra apanhada na
pedreira, sem critério de escolha, e trazida para ser trabalhada e depois de
desbastada, ser aposta nas construções.
A pedra
bruta nada mais é que a representação da natureza humana no estado primitivo,
bruta, rude, rústica, imperfeitas, carregada de arestas a serem aparadas se as
quisermos utilizar. É a imagem do homem com seus defeitos, paixões e vícios.
Simbolicamente,
é comparado a uma pedra bruta, o que dura até seja devidamente instruído na
senda maçônica, recebendo os ensinamentos necessários e desenvolvendo estudos
para adquirir os requisitos para a mudança de grau, isto é, o polimento da
pedra que antes era bruta e agora toma forma polida.
Através do
estudo e do conhecimento, tendo trabalhado constantemente no aperfeiçoamento
pessoal, assimilando novos conhecimentos e conseqüentemente buscando auto
conhecer-se, aparando as arestas do seu espírito.
Como maçom, terá
que envidar esforços para desvencilhando-se dos defeitos, vícios e paixões,
para tornar-se pedra cúbica ou polida e concorrer à construção moral da
humanidade que é a verdadeira obra da maçonaria.
Uma vez que
consiga desbastar-se, o aprendiz estará vitorioso por vencer uma das etapas da
batalha, que é o vencer-se a si mesmo.
Nesta etapa
da vida, ele perceberá seu estado de evolução interior. Mas o porfiar ainda não
termina por ai. Olhando seu retrovisor, vendo-se no passado e refletindo com
agora, adquire forças para continuar polindo aquele fosco e imperfeito pedaço
de pedra e diminuir as imperfeições espirituais que ainda carrega na qualidade
de ser humano que é. É neste ponto que o aprendiz descobre seus defeitos e suas
fraquezas, seus deslizes e suas vaidades peculiar aos seres humanos
Imperceptivelmente
ele dá início a uma lapidação e adapta-se melhor aos costumes maçônicos
observados nas reuniões semanais, onde congregam fraternalmente os irmãos. Com
suas normais frequências ele torna-se mais purificado e mais apto a buscar a
felicidade que todo ser humano aspira.
As
ferramentas que lhe são colocadas à disposição, servem exatamente para a realização
de sua principal tarefa: SEU PRÓPRIO BURILAMENTO.
2 - DESENVOLVIMENTO:
AS FERRAMENTAS DO APRENDIZ:
Ø O ESQUADRO;
Ø O MAÇO;
Ø O CINZEL;
O ESQUADRO:
Apropriado
para verificar a exatidão dos ângulos retos da pedra. Além disto, vale
acrescentar que o esquadro corresponde a um quarto de cruz.
O esquadro
simboliza a eqüidade, a justiça, a retidão de caráter. A retidão é a qualidade
do que é reto, tanto no sentido físico, quanto no moral ou ético.
Assim, a
retidão física evidente no corpo do esquadro corresponde simbolicamente à
retidão moral, caracterizada pelas ações que estão de acordo com a lei, com o
direito, com o dever, e pela intenção de seguí-los retamente, sem desviar da
direção indicada pela eqüidade. Graças a isso é que o esquadro é a jóia-símbolo
do V\ M\ por que um Maçom
elevado ao cargo de dirigente máximo de uma Loja, deve manter-se inflexível no
cumprimento do seu dever e ter sempre em alta o sentido de eqüidade, ou seja,
de igualdade entre todos os seus IIr\, perante a lei e o
direito.
O MAÇO:
O maço e o
cinzel são instrumentos
indispensáveis no polimento para a transformar a Pedra Bruta em Pedra Polida.
No entanto, sempre manterá distancia da perfeição, pois nunca seremos pedras
perfeitas.
É no maço
que reside o simbolismo da vontade para o trabalho. Esta vontade, se guiada
pela inteligência, dará a habilidade de que necessitamos para perseguir o bom e
o justo, e desenvolver a prática das boas ações, como recomenda esta sublime
instituição. É com o uso desses instrumentos que o maçom dá o passo inicial
para o domínio das paixões e submeter sua vontade à vontade dos irmãos e de
Deus.
O símbolo da
inteligência de que precisamos está contida no simbolismo do, pois é ele que
direciona o percentual de força ao bater no maço para aparar as arestas da
pedra bruta. Isto significa que somente o uso da força não é suficiente para
polir nossa pedra com perfeição. É necessário ter uma direção. Como guia, é o cinzel
que direciona e encaminha esta força na medida certa, com sua ponta contundente,
a trabalhar a imperfeição do aprendiz.
O CINZEL
O cinzel
significa o livre arbítrio de que é dotado o ser humano. O cinzel se encarrega
de fazer manifestar a força no homem, na exata proporção para o desenvolvimento
espiritual.
3 – CONCLUSÃO
Estas
ferramentas não descansam, pois ainda que sejamos todos Instalados, a base da
maçonaria e dos maçons são formadas e desenvolvidas com o uso destas
ferramentas. A forma de seu manejo é que faz a diferença entre nós maçons, pois
é cediço que se dá melhor quem faz melhor. As ferramentas são as mesmas e estão
colocadas à disposição de todos.
Claro que
jamais alcançaremos a perfeição, com ou sem o esforço no manejo destas e de
outras ferramentas. O interessante a todos nós, é que unamos nossas aptidões,
muito principalmente as aptidões mentais e apresentemos nossas ideias, para
somadas às demais, alcançarmos um denominador capaz de tornar feliz a
humanidade, como prevê nossos princípios conceituais.
Corroborando
ao parágrafo acima, citamos a pergunta e a resposta da quinta indagação do
telhamento: QUE VINDE AQUI FAZER? Vencer minhas paixões, submeter minha vontade
e fazer novos progressos na maçonaria. E jamais seremos capazes de fazer
progresso sem admitir a natureza exata das nossas falhas.
4 - BIBLIOGRAFIA
- De Carvalho ASSIS – O Aprendiz de Maçom –
Ed. A Trolha
- Filho THEOBALDO VAROLI - Curso de Maçonaria
Simbólica – Gazeta Maçônica
- Castelani JOSÉ - Cartilha do Aprendiz
- Vieira JULIO DOIN - Maçonaria, um Estudo
Completo
-
Ritual de Aprendiz REAA – Edição 2009.
Irmão Raimundo Augusto Corado
Mestre Instalado – Cim 183.481
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