segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MANEJO DAS FERRAMENTAS

À GL\ DO GR\ ARQUIT\ DO UNIV\



 

 

TRABALHO EM GRAU DE APRENDIZ
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO.

AS FERRAMENTAS MANEJADAS PELOS APRENDIZ



1 - INTRODUÇÃO:


O aprendiz é, simbolicamente, representado pela pedra bruta, aquela pedra apanhada na pedreira, sem critério de escolha, e trazida para ser trabalhada e depois de desbastada, ser aposta nas construções.

A pedra bruta nada mais é que a representação da natureza humana no estado primitivo, bruta, rude, rústica, imperfeitas, carregada de arestas a serem aparadas se as quisermos utilizar. É a imagem do homem com seus defeitos, paixões e vícios.

Simbolicamente, é comparado a uma pedra bruta, o que dura até seja devidamente instruído na senda maçônica, recebendo os ensinamentos necessários e desenvolvendo estudos para adquirir os requisitos para a mudança de grau, isto é, o polimento da pedra que antes era bruta e agora toma forma polida.

Através do estudo e do conhecimento, tendo trabalhado constantemente no aperfeiçoamento pessoal, assimilando novos conhecimentos e conseqüentemente buscando auto conhecer-se, aparando as arestas do seu espírito.

Como maçom, terá que envidar esforços para desvencilhando-se dos defeitos, vícios e paixões, para tornar-se pedra cúbica ou polida e concorrer à construção moral da humanidade que é a verdadeira obra da maçonaria.

Uma vez que consiga desbastar-se, o aprendiz estará vitorioso por vencer uma das etapas da batalha, que é o vencer-se a si mesmo.

Nesta etapa da vida, ele perceberá seu estado de evolução interior. Mas o porfiar ainda não termina por ai. Olhando seu retrovisor, vendo-se no passado e refletindo com agora, adquire forças para continuar polindo aquele fosco e imperfeito pedaço de pedra e diminuir as imperfeições espirituais que ainda carrega na qualidade de ser humano que é. É neste ponto que o aprendiz descobre seus defeitos e suas fraquezas, seus deslizes e suas vaidades peculiar aos seres humanos

Imperceptivelmente ele dá início a uma lapidação e adapta-se melhor aos costumes maçônicos observados nas reuniões semanais, onde congregam fraternalmente os irmãos. Com suas normais frequências ele torna-se mais purificado e mais apto a buscar a felicidade que todo ser humano aspira.
As ferramentas que lhe são colocadas à disposição, servem exatamente para a realização de sua principal tarefa: SEU PRÓPRIO BURILAMENTO.

2 - DESENVOLVIMENTO:

AS FERRAMENTAS DO APRENDIZ:

Ø  O ESQUADRO;

Ø  O MAÇO;

Ø  O CINZEL;

O ESQUADRO:

Apropriado para verificar a exatidão dos ângulos retos da pedra. Além disto, vale acrescentar que o esquadro corresponde a um quarto de cruz.

O esquadro simboliza a eqüidade, a justiça, a retidão de caráter. A retidão é a qualidade do que é reto, tanto no sentido físico, quanto no moral ou ético.

Assim, a retidão física evidente no corpo do esquadro corresponde simbolicamente à retidão moral, caracterizada pelas ações que estão de acordo com a lei, com o direito, com o dever, e pela intenção de seguí-los retamente, sem desviar da direção indicada pela eqüidade. Graças a isso é que o esquadro é a jóia-símbolo do V\ M\ por que um Maçom elevado ao cargo de dirigente máximo de uma Loja, deve manter-se inflexível no cumprimento do seu dever e ter sempre em alta o sentido de eqüidade, ou seja, de igualdade entre todos os seus IIr\, perante a lei e o direito.
  
O MAÇO:

O maço e o cinzel são instrumentos indispensáveis no polimento para a transformar a Pedra Bruta em Pedra Polida. No entanto, sempre manterá distancia da perfeição, pois nunca seremos pedras perfeitas.

É no maço que reside o simbolismo da vontade para o trabalho. Esta vontade, se guiada pela inteligência, dará a habilidade de que necessitamos para perseguir o bom e o justo, e desenvolver a prática das boas ações, como recomenda esta sublime instituição. É com o uso desses instrumentos que o maçom dá o passo inicial para o domínio das paixões e submeter sua vontade à vontade dos irmãos e de Deus.

O símbolo da inteligência de que precisamos está contida no simbolismo do, pois é ele que direciona o percentual de força ao bater no maço para aparar as arestas da pedra bruta. Isto significa que somente o uso da força não é suficiente para polir nossa pedra com perfeição. É necessário ter uma direção. Como guia, é o cinzel que direciona e encaminha esta força na medida certa, com sua ponta contundente, a trabalhar a imperfeição do aprendiz.

O CINZEL

O cinzel significa o livre arbítrio de que é dotado o ser humano. O cinzel se encarrega de fazer manifestar a força no homem, na exata proporção para o desenvolvimento espiritual.

3 – CONCLUSÃO

Estas ferramentas não descansam, pois ainda que sejamos todos Instalados, a base da maçonaria e dos maçons são formadas e desenvolvidas com o uso destas ferramentas. A forma de seu manejo é que faz a diferença entre nós maçons, pois é cediço que se dá melhor quem faz melhor. As ferramentas são as mesmas e estão colocadas à disposição de todos.

Claro que jamais alcançaremos a perfeição, com ou sem o esforço no manejo destas e de outras ferramentas. O interessante a todos nós, é que unamos nossas aptidões, muito principalmente as aptidões mentais e apresentemos nossas ideias, para somadas às demais, alcançarmos um denominador capaz de tornar feliz a humanidade, como prevê nossos princípios conceituais.

Corroborando ao parágrafo acima, citamos a pergunta e a resposta da quinta indagação do telhamento: QUE VINDE AQUI FAZER? Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na maçonaria. E jamais seremos capazes de fazer progresso sem admitir a natureza exata das nossas falhas.


4 - BIBLIOGRAFIA

 - De Carvalho ASSIS – O Aprendiz de Maçom – Ed. A Trolha
 - Filho THEOBALDO VAROLI - Curso de Maçonaria Simbólica – Gazeta Maçônica
 - Castelani JOSÉ - Cartilha do Aprendiz
 - Vieira JULIO DOIN - Maçonaria, um Estudo Completo
 -  Ritual de Aprendiz REAA – Edição 2009.



Irmão Raimundo Augusto Corado

Mestre Instalado – Cim 183.481

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