A administração do Blog Abaruna, no
intuito de estreitar ainda mais os laços de fraternidade que unem todos nós,
irmãos maçons e lojas coirmãs, iniciará uma série de entrevistas com
personalidades maçônicas do nosso e de outros Orientes.
Iniciando a série de entrevistas,
tivemos a grata satisfação de estabelecer um breve bate-papo virtual com nosso
Valoroso Irmão Orly Nink, atual Venerável da Loja Acácia Fraterna.
Eis o resultado.
Abaruna: Fale um pouco sobre sua
trajetória de vida, naturalidade, profissão, família, religião...
Orly: Orly Nink, nascido as 08 de
janeiro de 1953, no interior do município de Itaguaçu – ES. Aos doze anos
deixei a casa dos pais indo para a cidade de Itaguaçu onde ingressei no curso
ginasial e tive o primeiro emprego como lavador de peças em uma oficina
mecânica, no ano seguinte fui para o colégio agrícola de Colatina, colégio
interno e, ano seguinte fui para o seminário Martin Luther, na cidade de
Vitória. No ano de 1969 mudei para a cidade de Marechal Cândido Rondon - PR., lá
permanecendo até abril de 1980, quando
vim para Barreiras. Nestes anos fui contador, agricultor e professor. Na
contabilidade permaneci desde 1974 até 2012 e atualmente só na agricultura.
Casado 04 filhos, 03 meninas e 01 menino. Uma contadora, uma advogada, uma
pedagoga e um PhD em Ciências Bológicas.
Religião: Lutherana, sendo fundador da igreja lutherana de Barreiras. Também
frequentei a Igreja Batista e a Seicho-no-Ie.
Abaruna: Fale um pouco sobre sua
trajetória maçônica.
Orly: Na maçonaria fui iniciado na ARLS
ESTRELA DE DAVID em 28/09/2002, elevado
em 30/09/2003 e exaltado em 30/03/2004. Na estrela de Davi exerci o cargo de
segundo vigilante. Em 2005 ajudei a fundar a ARLS ACÁCIA FRATERNA, onde
permaneço até hoje, tendo exercido cargos de tesoureiro, secretario e deputado
estadual e, atualmente, o veneralato.
Abaruna: Há algum episodio especial
durante seu tempo de maçonaria que o irmão possa compartilhar?
Orly: Quanto a episódios especiais foram
vários durante a minha trajetória maçônica. Existe um ditado que “as grandes
oportunidades nascem de saber havido aproveitar as pequenas oportunidades”.
Como maçom frequente, que sempre fui, aproveitei cada oportunidade, cada ensinamento,
mesmo quando discordante, porque muitas
vezes aprendemos também o que não se deve fazer em maçonaria.
Era um suplicio, com o meu temperamento forte, permanecer calado quando a
palavra passava e não podia retornar e a questão exigia correções ou reparos. Estava
polindo a minha pedra bruta e embrutecida. Por outro lado era glorioso quando
fazíamos caravanas para visitar outros orientes e fazer progressos com novos
irmãos, fato que era bastante frequente.
Abaruna: Algum episodio que o
entristeceu maçonicamente?
Orly: O primeiro fato que à época me
entristeceu foi a divisão que ocorreu na minha loja mãe, eu era aprendiz, não
entendia direito o que se passava, mas hoje vejo que a divisão nada mais é do
que a multiplicação de grupos de maçons que irão trabalhar na construção do
edifício social. Outros fatos que acontecem e que nos causam certa tristeza é
quando vemos obreiros que vão às lojas por obrigação e não por amor, quando
vemos irmãos mal nascidos, mal desenvolvidos e mal crescidos à luz dos
preceitos que norteiam a Arte Real, quando vemos rompidas as palavras,
quebrados os juramentos, nestas horas somos tomados por sentimentos de tristeza
e aí só nos resta buscar motivação e inspiração para continuar sentindo e
agindo segundo nossa sublime ordem nos impões e, é para isso que fomos
exaltados a mestres.
Abaruna: Como o irmão vê a atual
conjuntura maçônica barreirense?
Orly: Em franco crescimento, revendo
antigos conceitos, mudando os seus paradigmas e interagindo com a sociedade,
papel crucial para o fortalecimento de nossa ordem.
Abaruna: Sobre a atual gestão, quais as
expectativas e desafios?
Orly: Congregam em nossas lojas homens
de todas as formações profissionais, por isso com pensamentos e opiniões
diversos. A expectativa de nossa gestão é desenvolver nosso trabalho para que
quando nos encontrarmos em loja, estejamos todos unidos em pensamento e com a
intenção voltada para o mesmo objetivo, possamos atrair inspirações do SADU que
nos levam a nos unir cada vez mais pela amizade, pela generosidade, propiciando
um ambiente permeado pela prudência que nos conduzem a uma perfeita união de
amor fraternal. Assim sendo, teremos uma Loja Justa e Perfeita. Atingida esta
meta nossa gestão estará coroada de sucesso.
Abaruna: Uma mensagem final aos
obreiros da arte real.
Orly: Muitas vezes nos reportamos com
certo saudosismo de antigamente que a maçonaria fez isso e participou daquilo.
Devemos trabalhar mais, participar mais, agir no hoje tendo consciência de que
tudo depende de nós e que somos nós quer faremos da maçonaria o que achamos que
deve ser feito. Se adequarmos as realizações de muitos irmãos, trabalhando
juntos, lado a lado, atentos ao que podemos fazer e o que é necessário realizar
para que nossos irmãos tenham, no futuro, boa recordação de nossas realizações.
Assim tudo será como antes.