quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

TRABALHO DE DESPEDIDA

  MAIS UM ANO MAÇÔNICO SE VAI

Meus irmãos!

Quero pedir desculpas pelos momentos que concorri para que te sentiste triste; pelos momentos que provoquei desprazer, ou que falei palavras ásperas e até duras; pelos momentos que não te prestei a ajuda necessária, mesmo tendo jurado prestar; pelas minhas omissões diante daquilo que jurei cumprir; por todos os momentos que de alguma forma eu tenha negligenciado diante das tuas dificuldades; mas tenha toda certeza meus irmãos! O intuito sempre foi tentando acertar. Quero que cada um de vocês viva melhor a cada dia, pois eu sei que além disso tudo, a gente se ama. Amo muito vocês.

Mesmo com as circunstancias negativas advinda do mundo profano; mesmo diante dos acontecimentos negativos que atingem a todos indistintamente; mesmo enfrentando as afrontas à natureza!

Aprendi no decorrer deste 2015, que a tolerância é fonte inesgotável que abastece de amor o ser humano.

Aprendi que este amor regado de tolerância, tem servido de sustentação para muitas vidas, principalmente daqueles menos favorecidos pela sorte.

Aprendi que tudo isso tem origem no campo das virtudes, sobretudo a virtude maçônica, como instrumento para a evolução. Essa virtude não para no tempo, ela é servil tanto para o presente como para o futuro, como o foi no passado.

Cá em minhas reflexões, uma mistura de estudo com leituras e vida prática, aprendi que nossos atributos morais acabam por tornar-se uma fonte de fidedigna felicidade, cabendo a mim, apenas a tarefa de trabalhar e desenvolver essa virtude no meu dia a dia, por vinte e quatro horas incessantes.

Durante este processo, vale lembrar o conhece-te a ti mesmo, para que eu possa entender melhor o meu próximo, a vocês, aos que me cercam, pois vocês são os meus próximos mais próximos.

Aprendi que é possível se ter e alcançar um feliz ano, a partir no nosso convívio com nossos familiares, com nossos irmãos em maçonaria e com nossos colegas de trabalho, desde que se exercite o amor em todas as nossas atividades.

Nas palavras de Aristóteles, nos é dito que a felicidade está ligada à virtude. E ele nos ensinava que virtude é uma ação prática, que consiste na forma mais plena da excelência moral.

Refletindo sobre tudo o quanto vivi neste ano de 2015, ponho-me de joelhos diante desta assembleia de maçons, quando fiel e livremente, clamo por desculpas pelas minhas falhas, pondo-me em posição vênia para oferecer a todos o meu perdão se porventura eu merecer tal pedido.

Sei o quanto sou ríspido por vezes; sei o quanto fujo da paciência; sei quando me distancio da tolerância, como que a colocar-me em posição de destaque ou superioridade. Tudo isso acontece comigo, pois sou ainda uma pedra bruta que carece ser burilada, o que só conseguirei com vossa compreensão, com vossa tolerância, com vosso auxilio na construção do meu templo interior.

Recebo a todos os irmãos como parte indispensável no traço da argamassa que liga os maçons por via simbólica da corda de 81 nós, ligando assim as nossas obras.

Sem vocês o meu edifício, se assim podemos chama-lo, seria utópico, belo por fora e oco por dentro. Com vocês, o meu edifício não carece de beleza, vocês serão a própria beleza de que necessita o mais pomposo dos edifícios.

Unamo-nos em um só mister: a construção do nosso templo, o templo que não rui, pois as ferramentas da sua construção são de forte tempera.

Por tudo isto, pelo muito que cada um de vocês representa para mim, por tudo o quanto vossas famílias sacrificam em meu favor, consentindo o nosso convívio fraterno amparado pelo amor trazido do simbolismo da iniciação, registro meu mais puro e fraterno tríplice abraço.

Ao limiar do ano de 2016, conclamo a todos os irmãos que consideremos o AMOR como base fundamental de nossas vidas, e a VIRTUDE como base fundamental para a felicidade, pois a partir daí, alcançaremos PAZ, SAUDE, VIDA LONGA E PROSPERIDADE.

NÃO NOS AFASTEMOS

Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 16 de dezembro de 2015.

Despeçamos mas não dispersemos;
Que a despedida seja só dos templos;
Que no labor maçônico continuemos;
Praticando os bons exemplos.

Sob os auspícios do Grande Arquiteto;
Sob o esquadro, a régua e o compasso;
Tendo o malho e o cinzel por perto;
Despeçamos com fraternal abraço.

Ao final peço cadeia de união;
Em prol de cada valoroso irmão;
E suas sagradas famílias.

Que gozemos os prazeres com moderação;
Que lembremos a taça amarga na mão;
E nos coloquemos em eterna vigília.

Irmão Raimundo Augusto Corado
Mestre Instalado
Dep. Federal
Cim 183.481

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Entrevista Orly Nink - Venerável Mestre da Loja Acácia Fraterna

A administração do Blog Abaruna, no intuito de estreitar ainda mais os laços de fraternidade que unem todos nós, irmãos maçons e lojas coirmãs, iniciará uma série de entrevistas com personalidades maçônicas do nosso e de outros Orientes.


Iniciando a série de entrevistas, tivemos a grata satisfação de estabelecer um breve bate-papo virtual com nosso Valoroso Irmão Orly Nink, atual Venerável da Loja Acácia Fraterna.

Eis o resultado.

Abaruna: Fale um pouco sobre sua trajetória de vida, naturalidade, profissão, família, religião...

Orly: Orly Nink, nascido as 08 de janeiro de 1953, no interior do município de Itaguaçu – ES. Aos doze anos deixei a casa dos pais indo para a cidade de Itaguaçu onde ingressei no curso ginasial e tive o primeiro emprego como lavador de peças em uma oficina mecânica, no ano seguinte fui para o colégio agrícola de Colatina, colégio interno e, ano seguinte fui para o seminário Martin Luther, na cidade de Vitória. No ano de 1969 mudei para a cidade de Marechal Cândido Rondon - PR., lá permanecendo até  abril de 1980, quando vim para Barreiras. Nestes anos fui contador, agricultor e professor. Na contabilidade permaneci desde 1974 até 2012 e atualmente só na agricultura. Casado 04 filhos, 03 meninas e 01 menino. Uma contadora, uma advogada, uma pedagoga e um PhD em  Ciências Bológicas. Religião: Lutherana, sendo fundador da igreja lutherana de Barreiras. Também frequentei a Igreja Batista e a Seicho-no-Ie.

Abaruna: Fale um pouco sobre sua trajetória maçônica.

Orly: Na maçonaria fui iniciado na ARLS ESTRELA DE DAVID  em 28/09/2002, elevado em 30/09/2003 e exaltado em 30/03/2004. Na estrela de Davi exerci o cargo de segundo vigilante. Em 2005 ajudei a fundar a ARLS ACÁCIA FRATERNA, onde permaneço até hoje, tendo exercido cargos de tesoureiro, secretario e deputado estadual e, atualmente, o veneralato.
Abaruna: Há algum episodio especial durante seu tempo de maçonaria que o irmão possa compartilhar?

Orly: Quanto a episódios especiais foram vários durante a minha trajetória maçônica. Existe um ditado que “as grandes oportunidades nascem de saber havido aproveitar as pequenas oportunidades”. Como maçom frequente, que sempre fui, aproveitei cada oportunidade, cada ensinamento, mesmo quando  discordante, porque muitas vezes  aprendemos  também o que não se deve fazer em maçonaria. Era um suplicio, com o meu temperamento forte, permanecer calado quando a palavra passava e não podia retornar e a questão exigia correções ou reparos. Estava polindo a minha pedra bruta e embrutecida. Por outro lado era glorioso quando fazíamos caravanas para visitar outros orientes e fazer progressos com novos irmãos, fato que era bastante frequente.

Abaruna: Algum episodio que o entristeceu maçonicamente?

Orly: O primeiro fato que à época me entristeceu foi a divisão que ocorreu na minha loja mãe, eu era aprendiz, não entendia direito o que se passava, mas hoje vejo que a divisão nada mais é do que a multiplicação de grupos de maçons que irão trabalhar na construção do edifício social. Outros fatos que acontecem e que nos causam certa tristeza é quando vemos obreiros que vão às lojas por obrigação e não por amor, quando vemos irmãos mal nascidos, mal desenvolvidos e mal crescidos à luz dos preceitos que norteiam a Arte Real, quando vemos rompidas as palavras, quebrados os juramentos, nestas horas somos tomados por sentimentos de tristeza e aí só nos resta buscar motivação e inspiração para continuar sentindo e agindo segundo nossa sublime ordem nos impões e, é para isso que fomos exaltados a mestres.

Abaruna: Como o irmão vê a atual conjuntura maçônica barreirense?

Orly: Em franco crescimento, revendo antigos conceitos, mudando os seus paradigmas e interagindo com a sociedade, papel crucial para o fortalecimento de nossa ordem.

Abaruna: Sobre a atual gestão, quais as expectativas e desafios?

Orly: Congregam em nossas lojas homens de todas as formações profissionais, por isso com pensamentos e opiniões diversos. A expectativa de nossa gestão é desenvolver nosso trabalho para que quando nos encontrarmos em loja, estejamos todos unidos em pensamento e com a intenção voltada para o mesmo objetivo, possamos atrair inspirações do SADU que nos levam a nos unir cada vez mais pela amizade, pela generosidade, propiciando um ambiente permeado pela prudência que nos conduzem a uma perfeita união de amor fraternal. Assim sendo, teremos uma Loja Justa e Perfeita. Atingida esta meta nossa gestão estará coroada de sucesso.

Abaruna: Uma mensagem final aos obreiros da arte real.

Orly: Muitas vezes nos reportamos com certo saudosismo de antigamente que a maçonaria fez isso e participou daquilo. Devemos trabalhar mais, participar mais, agir no hoje tendo consciência de que tudo depende de nós e que somos nós quer faremos da maçonaria o que achamos que deve ser feito. Se adequarmos as realizações de muitos irmãos, trabalhando juntos, lado a lado, atentos ao que podemos fazer e o que é necessário realizar para que nossos irmãos tenham, no futuro, boa recordação de nossas realizações. Assim tudo será como antes.



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O QUORUM NAS LOJAS

A QUESTÃO DO QUORUM NAS LOJAS MAÇÔNICAS
É comum recebermos convites de alguns Irmãos, mais principalmente Veneráveis Mestres, para participarmos de sessões magnas de palestras e também ordinárias dos Graus 1, 2 e 3. É por demais salutar a convivência entre irmãos, colaborando naquilo que for necessário com os irmãos de outras lojas, o que de certa forma engrossa o relacionamento entre Lojas e Irmãos de um oriente e até mesmo de orientes vizinhos, sem tirar a importância daqueles irmãos de orientes longínquos, que nos dão a honra da visitação.

Em nosso Oriente, embora a fraternidade e a união entre as Lojas e obediências estejam em alta, sinto que está faltando este calor humano das visitações, este corpo a corpo. Em alguns casos é necessário que haja convite ou chamamento presencial feito em Loja visitada. No meu entender, as Lojas deveriam contar com uma comissão de visitação para que toda semana todas as lojas fossem visitadas, inclusive apresentei uma proposta em Loja, com esta finalidade. Entendo que a ajuda, no que tange à visitação, deva ser espontânea, independente de convite ou chamamento, sem distinção de grau. 

Olhando pelo ângulo das necessidades que temos em nosso oriente, sem ir além disso, sentimos que muitos desses convites têm o condão de pedidos de ajuda, pois muitas vezes a Loja sofre com baixo quórum ou ocorre de chegarem os pedidos de quite placet um após o outro, ou mesmo coletivo, e sempre em caráter irrevogável, o que tira da Loja a possibilidade da tentativa de diálogo para sanar dúvidas. Isto sem contar com os infrequentes, que só comparecem em dia de iniciação ou em reuniões festivas, o que não é nenhuma novidade.

Já tivemos neste oriente até mesmo o famoso “RACHA”, que por sua vez, ou dá início a outra loja, ou muitos irmãos tombam no templo para nunca mais acordarem maçonicamente. No nosso caso, felizmente originaram duas Lojas derivadas de cisão. Mesmo assim a loja que nasce, já nasce comprometida, pois fica sempre na dependência dos mesmos irmãos, mesmo quórum para o bom funcionamento. E ai, uma opinião própria: Que sentido faz a existência de mais uma loja, se os membros são os mesmos? Só resta mesmo o pedido de ajuda para funcionar. Só que até isso tem seus pontos positivos, como a convivência harmônica entre irmãos e lojas, mesmo porque, não podemos negar ajuda quando o assunto é o funcionamento de uma loja, sob pena de estarmos concorrendo para o abatimento de colunas, o que significa delito maçônico.

Com o avanço tecnológico, temos hoje o Wathsapp, onde sugiro criemos um grupo, e nele cadastremos os irmãos dispostos a visitar as lojas coirmãs semanalmente. E para isso, reforço aqui a necessidade de comissões de visitação, pois tem semana que lojas deixam de funcionar por faltar quórum. Não é possível que com a quantidade e qualidade de maçons que temos, uma loja deixe de acolher os irmãos por faltar quórum. Neste mesmo grupo, os Veneráveis poderiam postar suas dificuldades e pedir o comparecimento dos cadastrados, inclusive podendo até mesmo mencionar a necessidade de “X” irmãos no mínimo, podendo os irmãos confirmarem no mesmo grupo. Como somos homens livres e de bons costumes, ninguém é obrigado a nada, muito menos a comparecer às sessões que serão informados. O foco desta minha preocupação, não é, sem dúvida, tornar obrigatório a visitação, mas facilitar o chamamento, onde cada irmão, analisando o caso e os seus afazeres, possa dispor à visitação em atendimento ao chamamento.

Especificamente em caso de iniciação e ou outras comemorações e palestras, poderíamos abranger o oriente vizinho, em comitiva a representar nossas Lojas, o que ficaria bacana se formássemos uma comissão com um membro de cada oficina, afinal, juramos acudir aos irmãos em suas necessidades, sempre que justo e necessário, levando em conta nossas possibilidades, é claro. E para cumprirmos o quanto jurado, basta a obediência à nossa própria consciência.


Como sugestão, esse grupo deverá ter o nome de “VISITAÇÃO” onde serão cadastrados somente aqueles irmãos com possibilidades de ajudar com suas visitas, podendo no entanto expressarem em quais dias da semana poderão contribuir. A única norma deste grupo seria a de contar com o respeito dos participantes, e que sejam tratados somente assuntos inerentes a visitações. Caso sejam tratados outros assuntos além disso, o autor da postagem será advertido e em caso de reincidência, excluído do grupo, pois trata-se de um grupo especifico. Caso você tenha interesse em participar do grupo VISITAÇÃO, envie uma mensagem no meu Whatsapp pessoal (01577-99973-5700) ou e-mail raimundoaugusto.corado@gmail.com       Irmão Raimundo Augusto Corado M. I. – Cim 183.481

MANEJO DAS FERRAMENTAS

À GL\ DO GR\ ARQUIT\ DO UNIV\



 

 

TRABALHO EM GRAU DE APRENDIZ
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO.

AS FERRAMENTAS MANEJADAS PELOS APRENDIZ



1 - INTRODUÇÃO:


O aprendiz é, simbolicamente, representado pela pedra bruta, aquela pedra apanhada na pedreira, sem critério de escolha, e trazida para ser trabalhada e depois de desbastada, ser aposta nas construções.

A pedra bruta nada mais é que a representação da natureza humana no estado primitivo, bruta, rude, rústica, imperfeitas, carregada de arestas a serem aparadas se as quisermos utilizar. É a imagem do homem com seus defeitos, paixões e vícios.

Simbolicamente, é comparado a uma pedra bruta, o que dura até seja devidamente instruído na senda maçônica, recebendo os ensinamentos necessários e desenvolvendo estudos para adquirir os requisitos para a mudança de grau, isto é, o polimento da pedra que antes era bruta e agora toma forma polida.

Através do estudo e do conhecimento, tendo trabalhado constantemente no aperfeiçoamento pessoal, assimilando novos conhecimentos e conseqüentemente buscando auto conhecer-se, aparando as arestas do seu espírito.

Como maçom, terá que envidar esforços para desvencilhando-se dos defeitos, vícios e paixões, para tornar-se pedra cúbica ou polida e concorrer à construção moral da humanidade que é a verdadeira obra da maçonaria.

Uma vez que consiga desbastar-se, o aprendiz estará vitorioso por vencer uma das etapas da batalha, que é o vencer-se a si mesmo.

Nesta etapa da vida, ele perceberá seu estado de evolução interior. Mas o porfiar ainda não termina por ai. Olhando seu retrovisor, vendo-se no passado e refletindo com agora, adquire forças para continuar polindo aquele fosco e imperfeito pedaço de pedra e diminuir as imperfeições espirituais que ainda carrega na qualidade de ser humano que é. É neste ponto que o aprendiz descobre seus defeitos e suas fraquezas, seus deslizes e suas vaidades peculiar aos seres humanos

Imperceptivelmente ele dá início a uma lapidação e adapta-se melhor aos costumes maçônicos observados nas reuniões semanais, onde congregam fraternalmente os irmãos. Com suas normais frequências ele torna-se mais purificado e mais apto a buscar a felicidade que todo ser humano aspira.
As ferramentas que lhe são colocadas à disposição, servem exatamente para a realização de sua principal tarefa: SEU PRÓPRIO BURILAMENTO.

2 - DESENVOLVIMENTO:

AS FERRAMENTAS DO APRENDIZ:

Ø  O ESQUADRO;

Ø  O MAÇO;

Ø  O CINZEL;

O ESQUADRO:

Apropriado para verificar a exatidão dos ângulos retos da pedra. Além disto, vale acrescentar que o esquadro corresponde a um quarto de cruz.

O esquadro simboliza a eqüidade, a justiça, a retidão de caráter. A retidão é a qualidade do que é reto, tanto no sentido físico, quanto no moral ou ético.

Assim, a retidão física evidente no corpo do esquadro corresponde simbolicamente à retidão moral, caracterizada pelas ações que estão de acordo com a lei, com o direito, com o dever, e pela intenção de seguí-los retamente, sem desviar da direção indicada pela eqüidade. Graças a isso é que o esquadro é a jóia-símbolo do V\ M\ por que um Maçom elevado ao cargo de dirigente máximo de uma Loja, deve manter-se inflexível no cumprimento do seu dever e ter sempre em alta o sentido de eqüidade, ou seja, de igualdade entre todos os seus IIr\, perante a lei e o direito.
  
O MAÇO:

O maço e o cinzel são instrumentos indispensáveis no polimento para a transformar a Pedra Bruta em Pedra Polida. No entanto, sempre manterá distancia da perfeição, pois nunca seremos pedras perfeitas.

É no maço que reside o simbolismo da vontade para o trabalho. Esta vontade, se guiada pela inteligência, dará a habilidade de que necessitamos para perseguir o bom e o justo, e desenvolver a prática das boas ações, como recomenda esta sublime instituição. É com o uso desses instrumentos que o maçom dá o passo inicial para o domínio das paixões e submeter sua vontade à vontade dos irmãos e de Deus.

O símbolo da inteligência de que precisamos está contida no simbolismo do, pois é ele que direciona o percentual de força ao bater no maço para aparar as arestas da pedra bruta. Isto significa que somente o uso da força não é suficiente para polir nossa pedra com perfeição. É necessário ter uma direção. Como guia, é o cinzel que direciona e encaminha esta força na medida certa, com sua ponta contundente, a trabalhar a imperfeição do aprendiz.

O CINZEL

O cinzel significa o livre arbítrio de que é dotado o ser humano. O cinzel se encarrega de fazer manifestar a força no homem, na exata proporção para o desenvolvimento espiritual.

3 – CONCLUSÃO

Estas ferramentas não descansam, pois ainda que sejamos todos Instalados, a base da maçonaria e dos maçons são formadas e desenvolvidas com o uso destas ferramentas. A forma de seu manejo é que faz a diferença entre nós maçons, pois é cediço que se dá melhor quem faz melhor. As ferramentas são as mesmas e estão colocadas à disposição de todos.

Claro que jamais alcançaremos a perfeição, com ou sem o esforço no manejo destas e de outras ferramentas. O interessante a todos nós, é que unamos nossas aptidões, muito principalmente as aptidões mentais e apresentemos nossas ideias, para somadas às demais, alcançarmos um denominador capaz de tornar feliz a humanidade, como prevê nossos princípios conceituais.

Corroborando ao parágrafo acima, citamos a pergunta e a resposta da quinta indagação do telhamento: QUE VINDE AQUI FAZER? Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na maçonaria. E jamais seremos capazes de fazer progresso sem admitir a natureza exata das nossas falhas.


4 - BIBLIOGRAFIA

 - De Carvalho ASSIS – O Aprendiz de Maçom – Ed. A Trolha
 - Filho THEOBALDO VAROLI - Curso de Maçonaria Simbólica – Gazeta Maçônica
 - Castelani JOSÉ - Cartilha do Aprendiz
 - Vieira JULIO DOIN - Maçonaria, um Estudo Completo
 -  Ritual de Aprendiz REAA – Edição 2009.



Irmão Raimundo Augusto Corado

Mestre Instalado – Cim 183.481

domingo, 22 de novembro de 2015

Palestra

Na noite de ontem, dia 20/11/2015, os irmãos da Loja Paulo Roberto Machado e visitantes presentes, durante a ordem do dia, foram agraciados com uma palestra sobre a campanha novembro azul, enfatizando a prevenção ao câncer de próstata.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

PORQUE FREQUENTAR

PORQUE FREQUENTAR
-o que preciso para continuar frequentando-

Existem dois pontos, dentre tantos, que sobressaem quando o assunto é ser um iniciado na sublime instituição chamada MAÇONARIA.

1º: a frequência assídua às Lojas;
2º: a evasão inexplicável de muitos irmãos;

Aos frequentadores assíduos, o aprendizado se encarrega de fazer os agradecimentos e chamamentos para contribuir além Loja.

Aos infrequentes ou desertores, entram como colaboradores para o maior problema que atinge maioria das Lojas na atualidade: a infrequência e a evasão.

Relembrando um passado não muito longínquo,  e fazendo um comparativo com a maçonaria atual, levando em conta suas formas administrativas e de condução dos processos de admissão, percebe-se que o iniciado abandona a Ordem, porque teria sido atingido por três grandes males, a saber: um de nascimento, um de desenvolvimento e outro de crescimento.

Ø  De nascimento: (indicação) - o mal escolhido, aquele que foi indicado e iniciado com os beneplácitos do proponente, simplesmente por ser seu amigo, sem nenhuma vocação, ou quem sabe, por mera curiosidade.

Ø  De desenvolvimento (processual e cerimonial) – Sindicâncias feitas sem critérios, desacompanhada de responsabilidade e carregadas de negligencias e favorecimento, com pareceres vazios e sem nexo;

Cerimonias capengas de conhecimento e brilhantismo; trotes e gracejos; enxerto de passagens que não constam do ritual; desrespeito aos candidatos ainda vendados, ao conduzirem a lugares estranhos, contrariando ao conteúdo dos rituais, em nome daquilo que no passado foi permitido e que por não enquadrar às expectativas dos candidatos e não condizer com os princípios defendidos pela Ordem, foram retirados dos rituais, cerimoniais e legislação.

Ø  De crescimento: (Educação e Instrução Maçônica) - o candidato começa sendo mal instruído, devido à pobreza didática dos instrutores que há muito estão em extinção; incentivos à leitura de literaturas além ritual no seu primeiro ano de formação; acesso a invencionices e achismos daqueles que se dizem dotados da plenitude maçônica, sem contudo exercer essa plenitude na prática de suas ações; tudo isso se complica com uma agravante: falta de critérios para a concessão do aumento de salário. Surge uma confusão generalizada quando confundem-se conhecimento com interstícios.

Ensinar “é transmitir conhecimento”. Dispensar interstício é prejudicar aos irmãos, pois despreparados, como então ensinar no futuro? A inobservância dos requisitos em vez de ajudar e incentivar o irmão, causará decepção futura. É pois, por demais prejudicial à formação do iniciado maçom.

Quando falamos em frequência ou infrequência, somos arremessados a uma forte vertente: MOTIVAÇÃO.  O maçom deve ir à Loja por amor, não por obrigação.

O Venerável Mestre há que ser um líder a espargir entusiasmo e confiança a todos seus obreiros. Para que essa liderança prospere e tenha a devida repercussão, toda loja carece de projetos, com suas metas e meios de execução.

Tais projetos não devem restringir à formação dos seus quadros, mas também, que àqueles assuntos de ordem filantrópica e social, em cuja execução todos se envolvam em nome da caridade maçônica, em sua forma, pratica e conceito. O que temos hoje são muitas lojas trajando o macacão da monotonia, o que a torna cansativa e estressante. Daí grande número de dissidentes em nossos boletins oficiais.

A maçonaria, longe de ser ócio, deve ser o fascínio da lapidação do principal produto do Criador – o homem.

É nos templos que formamos os construtores sociais. A sagrada escritura nos recomenda que devemos renascer a cada dia.  Quem entrou na maçonaria e deixou que a maçonaria entrasse nele, sabe o quanto esta irmandade de homens livres está além das demais organizações humanas de que temos conhecimento. Isso nos arremessa para a câmara das reflexões ornamentada com seus emblemas da mortalidade.

Até por relevância maçônica, devemos lutar até o fim, pela permanência dos irmãos em nossos templos, como irmãos ativos, regulares e assíduos frequentadores deste ambiente onde a maior recompensa é a troca de fraternidade entre os irmãos.  

Negar fraternidade a seus irmãos é “mais que uma infidelidade. É PERJURAR”.

A ajuda mutua entre as famílias maçônicas, faz parte da tradição dos nossos antepassados, e sua permanência exige de cada um de nós, grandes doses de respeito e fraternidade uns para com os outros.

No aclive da escada maçônica, a tradição é o primeiro degrau a ser escalado.

Foi assim no começo com uns poucos e abnegados maçons e também poderá e deverá sê-lo para sempre, com qualquer número, desde que a tradição inerente à fraternidade e à ajuda mutua não caia em desuso como tememos pela sua queda diante de tantos atentados à nossa ordem; Atentados que antes eram externos, hoje os vemos internamente, com a famigerada vaidade, que não deveria encontrar agasalho entre nós.

Devemos ter em mente que o sucesso das Lojas independe do número de seus membros. Dependem sim, e muito, da capacidade de cada um, cada qual a seu nodo, muitas vezes invisíveis e insensíveis, mas que no momento adequado, surge o potencial em favor do seu irmão, cunhada, sobrinho ou afins maçônicos.

A medida de uma loja é a capacidade e a qualidade de seus membros no tratamento entre irmãos e com a sociedade em geral, o que corresponde dizer que a maçonaria faz a diferença não pelas lojas, mas pelos maçons. Sejamos Maçons.

Independentemente do número de membros, a Maçonaria tem evoluído na ascensão dos degraus da escada de Jacó, sempre por exaltar a tradição como sua força propulsora, adquirindo saber em todas as suas formas de conhecimento.

Irmão Raimundo Augusto Corado
Mestre Instalado. CIM nº 183.481.
Loja Templo de Salomão nº 2737.
Oriente de Barreiras – Bahia.

sábado, 7 de novembro de 2015

30º CONGRESSO MAÇÔNICO ESTADUAL EM BARREIRAS

INFORMATIVO BARBOSA NUNES
Artigo 247, de Barbosa Nunes, publicação 07/11/2015

XXX CONGRESSO MAÇÔNICO – BARREIRAS E SEU RIO DE ONDAS
 

Produzo este arquivo na sede do GOB-Rio de Janeiro, conduzido pelo Grão-Mestre Estadual Édimo Muniz Pinho, que me recebeu com a fraternidade de mais de 20 anos de relacionamento que muito me engrandece.
No exercício do Grão-Mestrado Geral, fiz-me presente na cidade de Barreiras, conhecida como “Capital do Oeste Baiano”. Lá, a família maçônica, homens e mulheres, sob a liderança do Grão-Mestre Silvio Cardin e de sua esposa Lucia Coelho Correa, presidente da Fraternidade Feminina Estadual, em programação de alto conteúdo, debateram o tema “A Crise Hídrica: Causas e Consequências”.
Após abertura solene e bem organizada no auditório espaçoso e confortável da Câmara Municipal, palestras foram proferidas por abordagens de William Almeida Carvalho (O Desafio da Maçonaria para o Terceiro Milênio), Reginaldo Gusmão de Albuquerque (Administração de Lojas e Ritos), José Cizino Menezes Lopes (A Crise Hídrica e seus efeitos na Região Oeste) e Claudio Pereira da Silva (Reflexos da Crise Hídrica). O cerimonial de todo o evento foi conduzido com muita sobriedade pelos irmãos Elton Souza, Daniel Correa e Raimundo Corado.
Tive muita honra em aceitar o convite da presidente estadual da Fraternidade Feminina, Lúcia Coelho Correa, proferindo a palestra “Posição da Maçonaria sobre Fraternidades Femininas e Maçonaria a Favor da Vida”, ação preventiva que é coordenada na Bahia por Veruska Hanna.
Estive em solo baiano por 10 vezes em missões maçônicas, desde o ano 2000. 6 encontros estaduais a partir da própria cidade de Barreiras. Abordei variados temas em Jequié, Ilhéus, Feira de Santana, Porto Seguro nos 500 anos de nosso descobrimento e agora novamente em Barreiras.  4 atividades, desenvolvi em Salvador. Sinto-me inteiramente à vontade na maçonaria baiana que me distingue com alegria, acolhida e muito carinho. Registro aqui o êxito do XXX Congresso Estadual Maçônico e Encontro da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, muito bem organizado com a dedicação de longos meses de uma equipe que se preocupou com grandes e pequenos detalhes, constituída por Raimundo Augusto Corado, Renato Jose dos Santos, Jose Roberto Ortega, Jose Vitor Machado, Orly Nink, Elton Sonsa e Gilvani Matos, com subcomissões integradas pelas Lojas Maçônicas “Templo de Salomão”, “Estrela de David”, “Irmão Paulo Roberto Machado” e “Acácia Fraterna” que tem como Veneráveis Mestres, respectivamente Givanildo Batista, Silvio Abreu, Alberto Araújo Filho e Orly Nink.
O Grão-Mestre Estadual deslocou-se de Salvador, distante cerca de 850 quilômetros de Barreiras, cidade que é mais próxima de Brasília, com pouco mais de 600 quilômetros da Capital Federal. Estava acompanhado de secretários assessores, membros dos poderes judiciário e legislativo, assim identificados; Antônio Guimarães, José de Souza Gomes, Humberto Ferreira, Ubirajara Macedo, Roque Tadeu, Pedro Rocha, Luiz Tosta, Ademillson Pereira, Elisio Pereira, Tolenildo Ferreira, Lucia Coelho, Veruska Hanna Sakaki Souza Monteiro, bom numero de cunhadas e o deputado federal de Feira de Santana, Alexandre da Silva Monteiro.
Prestigiando ainda o evento, o Grão-Mestre do GOB-Sergipe, Lourival Santana, presidente da Fraternidade Feminina daquele Estado, Valdinar Maciel de Santana, Grão-Mestre Adjunto do Distrito Federal, Reginaldo Albuquerque, Presidente da Assembleia Estadual do Sergipe, Benone Rodrigues, Conselheiro Federal Hélio Leite, que lançou o seu livro “Banquete Maçônico”, também do DF, o deputado federal maçônico Rivaldo Pedrosa, que interpretou a bela poesia de Moacir Salles, conhecida e famosa “Saudação a Bandeira”. Do DF ainda José Magela Barbosa, Luiz Gonzaga da Rocha, Helio Pereira Leite Filho e Mauricio Casado Accioly Pereira Leite. Na parte social, confraternização vibrante e muito alegre com churrasco e música regional no Centro de Tradições Gaúchas.
Barreiras que é história, natureza, riqueza no café, algodão, soja, pecuária, comércio, deslanchando na educação com varias faculdade e integrada por maçons unidos e comprometidos, sobretudo neste momento de preocupações muito fortes com o destino de nossa nação, é um extraordinário polo turístico com tendência a crescer com muita rapidez. Acontece em Barreiras todos os anos um dos mais animados carnavais do interior brasileiro, reunindo milhares e milhares de pessoas em comemorações estritamente familiares.  
A presença do homem em Barreiras remonta a pré-história. Barreiras “nascida como a semente que quebrou na silvestre plantação; acunhada entre as montanhas como uma ave no regaço maternal, defendida pelo espaço que lhe transmite toda luz e calor. Barreiras grande, têm em São João teu nobre protetor. Barreiras, capital do médio São Francisco, és um pedaço sensível do Brasil”. Assim os barreirenses orgulhosos da terra, cantam o seu hino.
Rio Grande, Rio de Ondas, Rio de Janeiro e Rio Branco, formando a maior bacia do lado esquerdo do Rio São Francisco. No Rio de Janeiro estão a “Cachoeira do Acaba Vida” e “Cachoeira do Redondo”, responsáveis por belos cartões postais.
A parti de 1970 passou a receber grande número de produtores migrantes do sul do país, atraídos pelo seu potencial e a partir daí, surge nova fronteira agrícola, hoje com altíssima tecnologia.
O “Rio das Ondas” com águas cristalinas nas margens, verde vegetação e local para se passar dias com as famílias, nos hotéis, clubes e excelentes restaurantes ao longo de suas dezenas de quilômetros, recebeu esta denominação por ter sua calha coberta e formada por saltos e corredeiras espumantes e a água vai de degrau a degrau formando ondas e propiciando muita diversão aquática. É ponto turístico principal da capital do Oeste Bahiano.
Barreiras onde mora o progresso, a união dos maçons, vai se tornando para mim local de muitas saudades. Já deixei combinado para 2016 uma permanência maior nessa bela terra, de quem me despedi rodeado pela fraternidade de irmãos e cunhadas, saboreando um delicioso “tambaqui” assado servido na “Casa do Rio”.
Abraço a todos os maçons de Barreiras e região, agradecendo ao deputado federal maçônico de longa amizade e com 16 anos de permanência na Assembleia Federal Maçônica, Raimundo Augusto Corado e agradecimentos à presidente da Fraternidade Feminina Estadual Lúcia Coelho Correa, que me presenteou com o convite para falar com as cunhadas presentes, o que muito me honrou e enriqueceu.
Quem não esteve presente ao XXX Congresso Estadual Maçônico, perdeu uma grande oportunidade e os que compareceram, com certeza, acrescentaram energia e conhecimentos muitos positivos.
Parabéns ao Grande Oriente Estadual da Bahia, parabéns aos irmãos de Barreiras e região, coordenados por Gilvani Matos, pela realização de mais um Encontro Estadual.


Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

XXX CONGRESSO MAÇÔNICO DO GRANDE ORIENTE ESTADUAL DA BAHIA

XXX CONGRESSO ESTADUAL
-um desafio para a maçonaria barreirense-

Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 01 de novembro de 2015

Com a união sobrepondo a vaidade;
Discutiu-se ideias em uníssono brado;
Elevando a maçonaria da nossa cidade;
O XXX Congresso foi enfim realizado.

Agradecemos a todos os participantes;
Aos organizadores e a cada Comissão;
Aos simples e magistrais palestrantes;
E a visita de cada valoroso irmão.

Todas as Lojas cumpriram sua incumbência;
Com maestria, presteza e competência;
Desde o tema à escolha do local.

Devemos destacar outrossim;
O Eminente Silvio Souza Cardim;
Nosso Grão Mestre Estadual.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

INICIAÇÃO


No dia 24 de outubro de 2015 a Loja Irmão Paulo Roberto Machado teve a grata satisfação de receber mais três novos obreiros para reforçar as suas colunas. Tratam-se dos irmãos Inaldo Nóbrega, Thiago Vieira e Ruthson Castro.

A cerimônia de iniciação contou com a presença de irmãos de todas as lojas de Barreiras, bem como de irmãos de outros orientes.

Após a belíssima cerimônia, foi realizada uma confraternização para todos os irmãos, familiares e convidados.

Parabéns aos recém iniciados. A Loja Irmão Paulo Roberto Machado deseja que tenham uma jornada maçônica marcada pela busca profícua do aperfeiçoamento moral, intelectual e espiritual.