segunda-feira, 18 de abril de 2022

Poesia - Solilóquios Fúnebres


Solilóquios Fúnebres 


„O que fizemos apenas por nós mesmos morre conosco; o que fizemos pelos outros e pelo mundo permanece e é imortal. “ 

                                                                                                                      — Albert Pike


Dedicação Sincera:

Dedico esta peça de arquitetura, a última do triângulo, aos meus verdadeiros irmãos, que quando dentre as trevas caminhei, souberam retirar-me. Onde em belas palavras, muitas vezes sendo duras, confortaram-me coração e deram-me apoio. Sou grato, também, a minha família, em especial o meu velho pai, Antonio de Paulo Oliveira da Silva, que sempre soube guiar os meus passos para que eu pudesse ser o homem/maçom, a qual me faço presente.

 

I

Afastei-me da caverna em direção a um grande portão

Guiou-me às cegas, experto, meu irmão.

Era dado ao meu corpo e alma, entrada a escuridão.

A primeira erudita prédica 

Onde em infaustos desafios me impuseram a aversão.


Peregrinei então perante os caminhos tortuosos dos horrores 

Que em face da morte impuseram-me valores.

Onde temereis os vícios e as paixões indolores

Cujo em tremores profanos, trarão ruínas, iludindo-me com flores.


Ó nobre Jacques, que Deus o tenha!

Uma vez que, entre as sombras, deu-me fervura para que aguenteis o terrível

Visto que em decrépitas trevas pleitearam-me decadência

Quando satanás, o antagonista, aviltou-me o falso ouro, sendo ele aborrível.


Findo ao final de exacerbada tentação

O meu espírito, seguindo do profano, em busca de iluminação

Donde austera transgressão livrou-me da condenação

Que em neblina aguardava-me em enganação.


Em sapiência dos antigos conheci a morte

Em que neste plano, os terríveis senhores, quiseram-me malícia, ódio, vingança e temores.

Agarrei-me ao meu condutor, em que lá permaneci com coração forte

Donde em chamas aniquilei, estes, espíritos malfeitores.

E ressurgir ao lado de meu Pai Celestial, livre de corruptores.


II

Logo avistei, outro portão, a qual adentrei.

Este, de certo modo, não feria-me coração.

Eras brando e sem obstáculos, porém imerso ao som de mil espadas

No qual, em minha consciência, saberia que era batalhas travadas.


Pelejei entre as grandes Guerras Médicas

Da falange espartana, “Glória”, ao rugir do rei Leônidas 

Às grandes cruzadas-santas

  Salve aos templários, pois Hugo de Payens, reside em templo de Salomão.


Recordara-me, o nobre Jacques de Molay

Que estávamos perante as cegas paixões profanas

A quais enchem o ego do homem

E sendo elas, as mais perniciosas.


De repente, após o cessar das lâminas

Pude apenas escutar o bater das águas

Onde mais uma vez, tive uma sapiência erudita 

Através da purificação de meus erros e defeitos. 


Adiante, em mortário e perante aos iluminados, deram-me batismo!

Onde pude sentir, nas virtudes das águas, a transgressão de minha alma

Donde tive a negação de meus erros

Sob luz da realidade superior.


III

Deixou-me, sem as correntes, o terrível!

Desta vez, desci ao terceiro portão, em perpetua solidão.

Sem ruídos, esgrimas e confusão!

És o silencio, captor dos mentirosos.


O incontestável:

Chegastes até aqui, neófito!

Aonde abdicastes de vossas decadentes angustias,

das quais lhe fazem perdição.

Faças deste percurso a reflexão, donde certamente, és teu auto martírio.

Se bates a minha porta és por que foi morto e certamente batizado,

onde queres a última sapiência antes de ressurgir em um novo mundo iluminado. 


Em seguida, pude vivenciar do calor da sabedoria

Pleitearam-me em Oriente Celeste

Batizando-me, agora, pelas chamas do fogo erudito.

Era as chamas do Grande Arquiteto

Purificando-me, uma segunda vez, a minha razão. 


Ó nobre Jacques, sou-lhe muito grato

Pois em serenas vertentes, indicou-me o coração.

Agora me despeço em fogueira,

 lugar este, onde em prantos fora a sua libertação.



Antonio Eduardo de Moraes Silva

A.’.M.’.

CID: 317840

Lj.’. Cavaleiros do Delta n°4544

Mentor

Alex Ferdinand Pereira Costa 

M.’.M.’.

CID: 299767



segunda-feira, 16 de julho de 2018

Trem da Vida


Você já viajou de trem alguma vez? 

Imagem

Numa viagem de trem podemos notar uma grande diversidade de situações ao longo do percurso.

E a nossa existência terrena bem pode ser comparada a uma dessas viagens mais ou menos longa. Primeiro porque é cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes,  surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em algumas partidas.

Quando nascemos, entramos no trem e nos deparamos com algumas pessoas que desejamos que estejam sempre conosco, são nossos pais, infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis, mas isso não impede que durante a viagem outras pessoas especiais embarquem para seguir viagem conosco. São nossos irmãos, amigos, amores.

Algumas pessoas fazem dessa viagem um passeio, outras encontrarão somente tristezas, e algumas circularão pelo trem prontas a ajudar quem precise, muitas descem e deixam saudades eternas, outras passam de uma forma que quando desocupam seu assento ninguém percebe. Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são especiais, se acomodam em vagões distantes do nosso, o que não impede é claro, que durante o percurso nos aproximemos deles e os abracemos. Embora jamais possamos seguir juntos, porque haverá alguém ao seu lado ocupando aquele lugar. Mas isso não importa, pois a viagem é cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas e despedidas.

O importante mesmo é que façamos nossa viagem da melhor maneira possível tentando nos relacionar bem com os demais passageiros, vendo em cada um deles o que tem de melhor.
Devemos lembrar sempre, que em algum momento do trajeto eles poderão fraquejar, e provavelmente precisemos entende-los, porque nós também fraquejaremos  muitas vezes e certamente haverá alguém que nos entenda e atenda.

A grande diferença final, é que no trem da vida jamais saberemos em qual parada teremos que descer, muito menos em que estação descerão nossos amores, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

É possível que quando tivermos que desembarcar a saudade venha nos fazer companhia, porque não é fácil nos separar dos amigos, nem deixar que os filhos sigam viagem sozinhos, com certeza será muito triste, no entanto em algum lugar há  uma estação principal para onde todos seguimos, e quando chegar a hora do reencontro, teremos grande emoção em poder abraçar nossos amores e matar a saudade que nos fez companhia por um longo tempo.

Que a nossa breve viagem seja uma grande oportunidade de aprender e ensinar, entender e atender aqueles que viajam ao nosso lado, porque não foi o acaso que os colocou ali, que aprendamos a amar e a servir, compreender e perdoar, pois não sabemos quanto tempo ainda nos resta até a estação, onde teremos que deixar o trem.

TEXTO APRESENTADO POR   
VALDECIR POSSATTO M∴ M∴    298400

BARREIRAS-  13/07/2018                               

FONTE-   TEXTO RETIRADO DA INTERNET

sábado, 7 de julho de 2018

O sonho de Paulo Machado vira realidade, a educação em primeiro Lugar


Em tempos de festas juninas a Loja Macônica  e a fundação que leva o nome de um dos mais importantes maçons da região Oeste da Bahia, Irmão Paulo Roberto Machado  realizaram  a terceira edição do  Forró do Bode, onde mais uma vez centenas de pessoas que dançaram e provaram as comidas típicas em ritmo de muito forró pé de serra. A festa organizada pelas duas entidades,  teve o resultado esperado e todo o dinheiro arrecadado foi para a Fundação Paulo Machado.

O sonho que virou realidade 

 ” A fundação na realidade é um legado  deixado pelo irmão Paulo Machado, que já vinha realizando muitos trabalhos em prol da Educação em Barreiras, a Fundação é apenas uma extensão do sonho do grande homem que foi Paulo ” Falou Adelir Possato um dos integrantes da Fundação e grande amigo de Paulo Machado.
Segundo Adelir  a Fundação vem realizado a 3 anos  diversos trabalhos na comunidade de Barreiras, principalmente nas  escolas Eurides Santana, Antonio Bento de Freitas e a que leva o nome de Paulo  Machado.  As ações vão desde premiação aos  professores que mais se destacaram até festas em datas comemorativas nas escolas junto com as crianças, passando por visitas ao exército.
Uma das premiações foi uma viagem a Morro de São Paulo para 6 professores, na escola Antonio Bento de Freitas foi festejado o dia da criança com muita alegria.
Na escola Paulo Machado o destaque foi no Natal, muitas brincadeira e atenção para as crianças que estudam ali.
Além da orientação pedagógica que os diretores da Fundação fazem questão de diversificar as atividades, aulas de violão são um exemplo.
A fundação que já tem um sucesso garantindo, não para e já pensa em iniciar uma nova etapa, onde uma das metas será a premiação para os alunos que mais se destacarem na escola,  ” Não necessariamente os alunos que tirarem as melhores notas, mas aqueles que de uma maneira ou de outra possam de destacar de forma positiva “, concluiu Adelir Possato.


Quem Foi Paulo Machado 

Paulo Machado foi um maçom  e um contador de profissão e filantropo por vocação, nascido  em 22 de janeiro de 1944 em Leopoldina Minas Gerais, era casado co Iolanda Gomes Machado com quem teve 3 filhos, Vitor Gomes Machado também maçom, Marcos Gomes Machado e Raquel. Paulo Machado teve sua iniciação na maçonaria em dezembro de 1972 na Loja Oriente Leopoldina em Minas Gerais, em 1987  fundou a loja Estrela de Davi junto com outros notáveis maçons:
FUNDADORES:
1. Porfírio de Souza Neto
2. Hélio Carlos Oliveira
3. José Antônio Alves
4. Francisco de Souza
5. Edson Pires Rego
6. João Ferreira Peres
7. Domingos Correia de Lacerda.
8. Domingos Machado Filho
9. Alberto Araújo filho
10. Lucio Baleeiro de Souza
11. Francisco Nobre Pereira
12. Benedito Nazareno da Silveira Cunha
13. Paulo Roberto Machado
TRAJETORIA DA LOJA E SEU PATRONO:
Falar da trajetória da Loja, do dia DO MAÇOM, e dia dos pais, é avançar inevitavelmente, na trajetória do seu PATRONO, pois as duas trajetórias se fundem e os assuntos se completam. Não há como falar desta Loja, do Maçom e do pai, sem nos reportar ao expoente maçônico no Oeste da Bahia: Um poço de sabedoria a tirar as nossas dúvidas: O PATRONO DESTA CASA. Suas histórias formam uma só história.
Certo de mudar-se, desligou-se da sua Loja mãe, Loja 27 de Abril nº 1452 vindo a migrar-se para Barreiras, aqui chegando em 29 de julho de 1985, sendo seus primeiros contatos profissionais: Grupo Braga (Mercedes, Barauto, Codimo etc…) e o Grupo Castro (Supermercado Castro).
Tendo por princípio o labor maçônico, deste não abdicou, perseverou e buscou dar continuidade como firme e operante obreiro, visitando assiduamente a Loja Estrela de David nº 2274. Identificando-se com a Loja, e já amadurecida a ideia, pediu regularização e foi aceito, regularizando-se em sessão magna realizada em 27/02/1987.
Vindo de Minas Gerais, Estado maçonicamente renomado, trouxe na bagagem a boa prática maçônica, que unida à sua característica maior, demonstrada na habilidade e temperança para lidar com pessoas e conflitos, conquistou a confiança e o carinho dos irmãos do quadro.
Em maio de 1991, em sessão especial de eleição, e sob a égide do Supremo Arquiteto do Universo, foi sufragado Venerável Mestre da Loja Estrela de David 2274, para o período 1991/1993, mediante diploma de nº 4317, expedido pelo Grande Oriente do Brasil, sendo INSTALADO em sessão realizada em 13/07/1991, para honra e gloria da maçonaria barreirense.
Ressalte-se as benéficas ações em nome da Ordem, da comunidade e da Loja Estrela de David, quando empunhou o primeiro malhete:
A Loja tomou força e vigor, cresceu em quantidade, qualidade e ação.
Promoveu o soerguimento das colunas da Loja Acácia Cristalina – em Ibitiara-BA.
Sem ambição, e amante da rotatividade, movido pelo espirito de compartilhar ideias, conhecimentos e oportunidades, abdicou do direito de reeleição. Com isso, dois outros irmãos foram eleitos:
1993/1995 – Ir\ José Campelo de Ribamar
1995/1997 – Ir\ José Antônio Alves.
Prova clara de reconhecimento da sua competência administrativa, do carinho e da confiança dispensada pelo quadro de obreiros, é que, por conclamação dos irmãos, foi novamente chamado a empunhar o primeiro malhete, “por livre e espontânea pressão”, pois seu desejo era que outro irmão assumisse. (Rotatividade).
Mas, colocando-se a serviço da Ordem e dos irmãos, e convencido da necessidade, não hesitou em aceitar o chamamento, e em maio de 1997, assumiu o Veneralato por mais um mandato: 1997/1999.
Proporcionando crescimento maçônico à região Oeste, participou da criação de mais duas Lojas, contribuindo como membro fundador da Loja União e Trabalho Mimosense 3170, ao oriente de Luís Eduardo Magalhães-BA, à época “Mimoso do Oeste) em 09 de maio de 1998.
Um dos maiores legados à Maçonaria, consiste na expansão das Lojas, quando promoveu, como mentor, guardião e fundador, a LOJA LIVRES PENSADORES Nº 3182, em 20/08/1998, que, em justíssima homenagem, no ano de 2004, na gestão do irmão Raul Tadeu dos Santos, promoveu-se a mudança de TITULO DISTINTIVO, passando a chamar-se A\R \ L \ S \ IRMÃO PAULO ROBERTO MACHADO, seu idealizador e seu PATRONO.
Homem de ampla visão maçônica e bastante zeloso, criou a Loja e levou o seu funcionamento para Riachão das Neves, contemplando os irmãos daquela cidade. Infelizmente, neste capitulo, logrou-se êxito por pouco tempo.
Decorridos dois anos da mudança de nome, a Loja passou a funcionar, de fato, em Barreiras, em Templo cedido pela Loja São João Batista, e precisamente no ano de 2006, na gestão do irmão Benedito Nazareno da Silveira Cunha, foi transferida definitivamente, agora de fato e de direito, funcionando no atual endereço.
Manso de espirito, ponderado em ação, agregador, carismático, fraterno, prudente e pacificador, despertou a atenção dos dirigentes Estaduais, destacando-se pelo seu jeito MINEIRO de ser, merecendo o reconhecimento do GOEB, que o chamou a prestar serviços maçônico na esfera administrativa Estadual.
Findo o Veneralato, foi convidado pelo então Eminente Grão Mestre Estadual João Café Neto, a ocupar o cargo de confiança, como Delegado Regional para o período 1999/2003, sendo reconduzido na Gestão do então Eminente Grão Mestre Estadual Humberto Lopes Cedraz, para o período 2003/2007, por reconhecê-lo irmão ideal.
Durante o tempo em que nos serviu como DELEGADO, o desempenhou com maestria, devido ao carinho e especial maneira de tratar respeitosamente os irmãos e em dirimir dúvidas na resolução de rusgas porventura encontradas, o que não lhe faltaram, mas que não restou pendências.
Desde os mais serenos aos mais arrojados impulsos, encontrava sempre a melhor forma para manter e fazer manter o equilíbrio, a exemplo das turbulências maçônicas e profanas, decorrentes de desentendimentos entre lojas, irmãos e até Grandes Orientes, pondo termo a todos os obstáculos que a maçonaria barreirense enfrentou àquela época.
Ainda no exercício do seu primeiro mandato como DELEGADO REGIONAL, presidiu e fez acontecer o Congresso Maçônico Estadual realizado aqui em Barreiras, de 12 a 14 de outubro de 2001, impulsionando e fazendo reverberar a maçonaria barreirense sobremaneira.
Não lhe faltou apoio por parte da comunidade maçônica Barreirense para a realização daquele Congresso. E, graças aos valorosos e abnegados irmãos que estiveram à frente, muito principalmente os Veneráveis Mestres de então, logrou-se o êxito esperado, ao ponto de tamanha expectativa com o CONGRESSO que se avizinha, para o que conclamamos a todos o máximo empenho.
Na mesma ocasião, nosso oriente foi presenteado com a assinatura do Tratado de Amizade e mutuo reconhecimento entre as obediências Grande Oriente do Brasil e Grande Loja do Estado da Bahia, representadas pelos seus Grãos Mestres Laelso Rodrigues (GOB) e Edmilson Bispo Gonçalves (GLEB).
Enquanto Delegado Regional, contribuiu como membro fundador da Loja Estrela do Oeste nº 3406, em 13 de dezembro do ano de 2001, ao Oriente de Luís Eduardo Magalhães-BA.
Presidiu maioria dos Conselhos de Mestres Instalados nomeados para celebrar as Instalações dos Veneráveis Eleitos neste Oriente e em Oriente circunvizinhos, com abrangência até Ibitiara-Bahia.
Estas são muitas das boas e inesquecíveis lembranças que nos marcam e agem como pisca-pisca em nossas mentes, seja na senda maçônica, seja na social, embora, sem dar nem pedir explicações, em 16 de maio de 2004, partiu materialmente.
Ausentou-se, rumando para o Oriente Eterno, donde acreditamos manter as benéficas influências nos seguimentos que o completavam em vida. Ausentaste, mas suas ações o fazem presente por onde quer que exista um maçom, uma família, porque não há como falar de família e maçonaria, sem lembrarmos de ti.
Parabéns! você fez a diferença social, ética, moral e maçônica. Em nossos corações, tendes lugar reservado. E no clamor das nossas orações, sois alvo das nossas súplicas aos Supremo Arquiteto do Universo, o SUPREMO ÁRBITRO DOS MUNDOS, pois Ele é exemplo maior, de “que de longe também se ama”. A força do vosso nome nos carreia para a espiritualidade que esta Loja desfruta.
  • Contribuiu com a matéria Raimundo A. Corado

Leia a matéria original em:
http://www.maisoeste.com.br/2018/06/28/o-sonho-de-paulo-machado-vira-realidade-a-educacao-em-primeiro-lugar/


domingo, 5 de junho de 2016

SIMBOLISMO DA CORDA DE 81 NÓS

O SIMBOLISMO DA CORDA DE 81 NÓS


1.    INTRODUÇÃO

A corda de 81 nós que circunda todo o templo maçônico é uma alegoria que possui grande simbolismo, como todos os objetos presentes no templo maçônico. Ao aprendiz de primeira luz fica com a impressão de ser apenas uma alegoria, um ornamento decorativo da Loja maçônica. Sua origem e significado específicos encontram controversa entre diversos autores.
É consenso que a corda de 81 nós deve estar nas paredes dos templos, acima das Colunas Zodiacais, podendo ser esculpida ou natural, sendo composta sempre por "nós oito", ou seja, eqüidistantes. Antigamente era desenhada no chão em volta da loja, sendo apagada ao final dos trabalhos para evitar a observação dos profanos e as conseqüentes perseguições. De acordo com o Dicionário Maçônico (CAMINO, 2006) a corda de 81 nós simboliza a União e Fraternidade que deve existir entre todos os maçons da face da terra.
Após a morte de Hiran Abiff (o pai da construção do Grande Templo), o Rei Salomão para prosseguir e concluir as obras do Grande Templo nomeou um corpo composto por oitenta e um membros. Os quais foram divididos em três grupos de vinte e sete elementos (SPOSTI, 1997).


2.    A CORDA DE OITENTA E UM NÓS


Uma das possíveis origens da corda de 81 nós, de acordo com Castellani (1995), remonta ao ano de 1773 por ocasião da instituição da primeira palavra semestral, em cadeia de união, onde tomou posse Louis Phillipe de Orleans como Grão-Mestre da Ordem Maçônica na França e, naquela solenidade, estavam presentes 81 irmãos e a decoração da abóbada celeste apresentava 81 estrelas.

Outra corrente de historiadores acredita que os canteiros de obras da antigüidade (trabalhadores em cantaria, onde obreiros entalhavam as pedra) eram cercados por estacas ligadas umas as outras por anéis de ferro, que eram ligados entre si, através de elos e possuíam uma única abertura, destinada a entrada no local.
A Corda de 81 Nós que circunda todo o templo, tem o nó central sobre o Trono do Venerável, acima do Delta, na parede oriental. A partir daí, a Corda deve estender-se pelas paredes do Norte e do Sul, com quarenta nós de cada lado. Os extremos da Corda terminam em ambos os lados da porta ocidental, em duas borlas, representando a Justiça e Prudência. Esta abertura da Corda, em torno da Porta indica que a Maçonaria sempre estará aberta para receber novos candidatos que se interessem pelo estudo da Verdade, como também para todos os conhecimentos e novas idéias que elevem a espiritualidade do Homem.
Os números relacionados à Corda de 81 Nós merecem especial atenção, por terem como base o número 3, número de alto valor místico para as civilizações antigas, intimamente ligado a religião e aos seus cultos, sendo um número cabalístico, que representa a clareza da inteligência, além de representar o número da forma simbolizando as três dimensões dos corpos (comprimento, largura e profundidade). O número 81 é o quadrado de 9, que por sua vez é o quadrado de 3. Recordemo-nos a simbologia do número 3:

- 3 eram os filhos de Noé (Sem, Cam e Jafé) - Gênesis, 6,10;
- 3 eram os homens que apareceram a Abraão - Gênesis, 18,2;
- 3 os dias de jejum dos judeus desterrados - Ester, 4, 16;
- 3 as negações de Pedro - Mateus, 26, 34;
- 3 as virtudes teologais (Fé, Esperança e Amor) - I Coríntios, 13, 13.


O número 40 (quarenta nós de cada lado da Corda, abstraindo-se o nó central) é número simbólico de penitência e expectativa. Por exemplo:

- 40 foram os dias do dilúvio - Gênesis, 7, 12;
- 40 foram os dias de Moisés no monte Sinai - Êxodo, 34,28;
- 40 dias durou o jejum de Jesus - Mateus, 4, 2;
- 40 dias Jesus esteve na Terra após sua ressurreição (Atos, 1, 3);

Devemos nos lembrar que o número 40 tem grande relação com ciclos que levam a mudanças radicais: Utilizamos, inclusive nos dias de hoje a quarentena de pessoas, plantas, animais ou espaços, buscando a purificação de males pré-existentes; A quaresma dura 40 dias, e ainda, os hebreus vagavam por 40 anos no deserto.

3.    CONCLUSÃO

Finalizo valendo-me das palavras de Castellani (1995) onde nos esclarece que os Nós, não são propriamente nós, mas sim "laçadas" frouxas, sugerindo o símbolo do infinito, o eterno o permanente, porém se esticada transforma-se em nós. As "Laçadas" simbolizam "Laços de Amor" e lembram ao Maçom para a pré-disposição a amar o seu irmão e, ser devidamente cuidadoso de não transformar a laçada em nó, pois simboliza o egoísmo. A Borla localizada na porta de entrada da Loja, "recebe" os fluídos negativos, por uma das extremidades, quando os Maçons por ela adentram, sendo "descarregados" através da Borla localizada na outra lateral. As "vibrações" negativas são absorvidas pela terra como se fossem raios.

4.    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMINO, RIZARDO DE. Dicionário Maçônico. São Paulo, SP. Madras Editora. 2006.
SPOSTI, ALDERICO NATAL. A Corda de 81 Nós. Londrina, PR. A Trolha, Agosto 1997
CASTELLANI, JOSÉ. O Rito Escocês Antigo e Aceito - História, Doutrina e Prática. Editora A Trolha, 2ª edição, 1995.

Fonte: www.fraternidadeserrana.com.br


terça-feira, 17 de maio de 2016

1° FORRÓ DO BODE

Vem aí o primeiro Forró do Bode, a ser realizado no dia 11.06.2016, às 22h00min, no Cais & Porto, com a participação da Banda Baião de 2 e Gustavo Braga.
O evento é organizado pela Loja Maçônica Irmão Paulo Roberto Machado e tem como finalidade a arrecadação de recursos para a Fundação Educacional Paulo Roberto Machado, que presta assistência e apoio pedagógico a 3 escolas municipais em Barreiras.
Não fique de fora desse evento solidário. Traga a sua família para curtir o melhor forró pé de serra, apreciar comidas típicas e ajudar a melhorar a Educação em nossa Cidade. Ingressos limitados. Primeiro lote R$ 30,00. Locais de venda : América Informática, Casa de Carnes Primavera ou com a Produção/Thiago ((77) 9983-7141)

sábado, 23 de janeiro de 2016

DESPOTISMO

DESPOTISMO – IGNORANCIA – PRECONCEITOS E ERROS


Lembram-se da pergunta feita ao 1º Vigilante no REAA, no ritual de aprendiz?
Pois é. Ao ser perguntado para que nos reunimos em Loja, ele nos diz: Para combater o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros. Para glorificar a verdade e a justiça; para promover o bem estar da pátria e da humanidade, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício. Dentre as respostas, escolhemos falar um pouco sobre O DESPOTISMO.

Inimigo fidagal do homem, sobretudo do homem maçom. Basta a autoconfiança ou qualquer vacilo, somos impiedosamente tragados por esse inimigo.

Onde exista uma barbárie, ali está o despotismo.  

De aparência perniciosa, é considerado irmão gêmeo do destruidor egoísmo, e se apresenta de diversas formas. Tomemos cuidado pois!

No campo das imperfeições, é, sem dúvida, das mais graves e nocivas. É por sua via que o ser humano sofre das antipatias e animosidade. Uma vez neste estágio critico de despotismo, o homem não consegue entender suas ações e passa a ignorar a si mesmo, onde não há certo, não há errado. Tudo pra ele é normal e tudo gira em torno de si mesmo. Ignora os valores da dignidade da pessoa humana.

Tal qual hipnótico, traz para si qualidades e valores que não possui. Intoxica-se com as fantasiosas ideias que cria ou que chama para si, com efeitos emanados de turvas fontes, como turvo é seu interior, seu mundo. Ou seja: Até seus pensamentos são carregados de peçonha, capaz de envenenar-se a si mesmo.

Agarra-se tanto à matéria, que seu espirito fica vulnerável a ponto de ser governado pela presunção.

Todas as armas maçônicas e profanas dever ser usadas no combate ao despotismo, para fazer valer a resposta do primeiro vigilante, caso contrário, estaremos num mundo de hipocrisia entre quatro paredes e fora delas. Afinal, o que significa “levantar templos à virtude e cavar masmorras aos vícios”?

As vítimas do despotismo, normalmente não percebem o ridículo, como se vendados estivessem, em estado de cegueira, caminhando nas trevas da ignorância. E pior: Sentem-se bem dessa forma. Sentem seus egos massageados.

As pegadas deixadas nos caminhos por onde passam, geram ódio, desprezo, desamor e tumulto espiritual.

Enquanto a grandeza ilusória lhe invade o espirito, eles continuam estacionados, sentados no banco dos detestados por tudo e por todos. Só a ilusão pode lhe servir de acalento. Lembrem-se do nosso Banco das Reflexões.

Se queres se livrar das garras de tal carrasco, fiscalize a si mesmo; molde sua personalidade; burila as arestas que ainda lhe resta, e que insistem em impedir vosso crescimento.

Nas Escrituras Sagradas encontramos: Pequei, muitas vezes Senhor, por pensamentos e palavras, por atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. Isso significa que o homem não é responsável, apenas, pelo mal que faz, como também o é pelo mal que inspira, pelos seus maus pensamentos, pelas suas omissões. Por tudo isso, busque ser um homem justo. Permeie os caminhos ditados em vossa iniciação.

A maçonaria pugna pelo aprimoramento moral e intelectual da humanidade, iniciando pelo trabalho consigo mesmo. E para obter a vitória sobre nós mesmos, é imprescindível submetermos aos ditames desta sublime instituição que põe em nossas mãos este eficiente programa de ação que não pode ser negligenciado.

Autoanálise, trabalho singelo e exercício da sadia convivência com as famílias maçônicas, conseguem excelentes resultados contra o despotismo.

Recorda que a vida física é breve, por mais longa que pareça. E que ao extinguir-se, cada um será recepcionado de acordo com a forma feliz ou desventurada com que utilizou o tempo...

A oportunidade que te chega, carregada de bênçãos, deverá ser utilizada para gerar simpatia e fazer o bem, sobretudo no auto aprimoramento a espargir luz a quem permeia nas trevas.

Se não é lícito desdenhar-se a si mesmo, não é crível autovalorizar-se, subestimando o próximo.

O despotismo pode ser, também, considerado “morte” em vida. “Sinto que estou vivo, mas meu traje é de defunto” (Patativa do Assaré).


Barreiras, 01 de janeiro de 2016

Raimundo Augusto Corado
Mestre Maçom - M.I CIM 183.481
Loja Maçônica Irmão Paulo Roberto Machado





quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

TRABALHO DE DESPEDIDA

  MAIS UM ANO MAÇÔNICO SE VAI

Meus irmãos!

Quero pedir desculpas pelos momentos que concorri para que te sentiste triste; pelos momentos que provoquei desprazer, ou que falei palavras ásperas e até duras; pelos momentos que não te prestei a ajuda necessária, mesmo tendo jurado prestar; pelas minhas omissões diante daquilo que jurei cumprir; por todos os momentos que de alguma forma eu tenha negligenciado diante das tuas dificuldades; mas tenha toda certeza meus irmãos! O intuito sempre foi tentando acertar. Quero que cada um de vocês viva melhor a cada dia, pois eu sei que além disso tudo, a gente se ama. Amo muito vocês.

Mesmo com as circunstancias negativas advinda do mundo profano; mesmo diante dos acontecimentos negativos que atingem a todos indistintamente; mesmo enfrentando as afrontas à natureza!

Aprendi no decorrer deste 2015, que a tolerância é fonte inesgotável que abastece de amor o ser humano.

Aprendi que este amor regado de tolerância, tem servido de sustentação para muitas vidas, principalmente daqueles menos favorecidos pela sorte.

Aprendi que tudo isso tem origem no campo das virtudes, sobretudo a virtude maçônica, como instrumento para a evolução. Essa virtude não para no tempo, ela é servil tanto para o presente como para o futuro, como o foi no passado.

Cá em minhas reflexões, uma mistura de estudo com leituras e vida prática, aprendi que nossos atributos morais acabam por tornar-se uma fonte de fidedigna felicidade, cabendo a mim, apenas a tarefa de trabalhar e desenvolver essa virtude no meu dia a dia, por vinte e quatro horas incessantes.

Durante este processo, vale lembrar o conhece-te a ti mesmo, para que eu possa entender melhor o meu próximo, a vocês, aos que me cercam, pois vocês são os meus próximos mais próximos.

Aprendi que é possível se ter e alcançar um feliz ano, a partir no nosso convívio com nossos familiares, com nossos irmãos em maçonaria e com nossos colegas de trabalho, desde que se exercite o amor em todas as nossas atividades.

Nas palavras de Aristóteles, nos é dito que a felicidade está ligada à virtude. E ele nos ensinava que virtude é uma ação prática, que consiste na forma mais plena da excelência moral.

Refletindo sobre tudo o quanto vivi neste ano de 2015, ponho-me de joelhos diante desta assembleia de maçons, quando fiel e livremente, clamo por desculpas pelas minhas falhas, pondo-me em posição vênia para oferecer a todos o meu perdão se porventura eu merecer tal pedido.

Sei o quanto sou ríspido por vezes; sei o quanto fujo da paciência; sei quando me distancio da tolerância, como que a colocar-me em posição de destaque ou superioridade. Tudo isso acontece comigo, pois sou ainda uma pedra bruta que carece ser burilada, o que só conseguirei com vossa compreensão, com vossa tolerância, com vosso auxilio na construção do meu templo interior.

Recebo a todos os irmãos como parte indispensável no traço da argamassa que liga os maçons por via simbólica da corda de 81 nós, ligando assim as nossas obras.

Sem vocês o meu edifício, se assim podemos chama-lo, seria utópico, belo por fora e oco por dentro. Com vocês, o meu edifício não carece de beleza, vocês serão a própria beleza de que necessita o mais pomposo dos edifícios.

Unamo-nos em um só mister: a construção do nosso templo, o templo que não rui, pois as ferramentas da sua construção são de forte tempera.

Por tudo isto, pelo muito que cada um de vocês representa para mim, por tudo o quanto vossas famílias sacrificam em meu favor, consentindo o nosso convívio fraterno amparado pelo amor trazido do simbolismo da iniciação, registro meu mais puro e fraterno tríplice abraço.

Ao limiar do ano de 2016, conclamo a todos os irmãos que consideremos o AMOR como base fundamental de nossas vidas, e a VIRTUDE como base fundamental para a felicidade, pois a partir daí, alcançaremos PAZ, SAUDE, VIDA LONGA E PROSPERIDADE.

NÃO NOS AFASTEMOS

Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 16 de dezembro de 2015.

Despeçamos mas não dispersemos;
Que a despedida seja só dos templos;
Que no labor maçônico continuemos;
Praticando os bons exemplos.

Sob os auspícios do Grande Arquiteto;
Sob o esquadro, a régua e o compasso;
Tendo o malho e o cinzel por perto;
Despeçamos com fraternal abraço.

Ao final peço cadeia de união;
Em prol de cada valoroso irmão;
E suas sagradas famílias.

Que gozemos os prazeres com moderação;
Que lembremos a taça amarga na mão;
E nos coloquemos em eterna vigília.

Irmão Raimundo Augusto Corado
Mestre Instalado
Dep. Federal
Cim 183.481