sábado, 20 de dezembro de 2014

OS LIMITES DA TOLERANCIA

TOLERANCIA X LIMITES.
A dosagem certa para a evolução interior.

"Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que  fazemos para mudar o que somos." (Eduardo Galeano).

A Maçonaria, enquanto associação de homens  livres e de bons costumes, de corações sensíveis ao bem, perseguidores da verdade por via do cumprimento inflexível do dever e da prática desinteressada da beneficência, amante das alegorias e símbolos, na qualidade de irmandade milenar, defende a liberdade de pensamento e de expressão, desde que com a correlata responsabilidade.
Aderir a esse princípio é desejo  da grande maioria dos membros da Maçonaria, o que não deixa de ser de certa forma uma alta dosagem de grandeza intelectual. O duro mesmo é decidir e por em prática a inclusão desse principio em todas as nossas atividades e ações.  Na verdade, praticar a tolerância isenta de favorecimentos e longe das perseguições, ou seja: sem parcialidade, como realmente o vocábulo requer, temos que obedecer os limites de cada caso, pois não é nada fácil travar contenda interior, quer sejam significativas ou insignificantes; controversas ou importantes, quando as relações se dão com os nossos semelhantes.  É ai que notamos a grande diferença em nossas ações, quando temos que agir com tolerância perante nosso próximo, sobretudo se for nosso irmão.
No nosso telhamento encontramos: O que vindes aqui fazer? Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na maçonaria. Ora, bem sabemos o mundo que temos atualmente e que dito mundo é composto pelo pensamento individual de cada membro da sociedade.
Temos que deixar de lado as satisfações pessoais quando uma ideia nos chega, pois, caso contrário, estaremos agindo de acordo com os benefícios que dita ideia nos traz. Não fosse isso, não se multiplicariam as instituições com iguais identidades e diferentes formas.
Partindo do principio de que o Universo é um Templo, podemos deduzir que as Lojas Maçônicas representam um mundo em miniatura, onde os princípios da liberdade de pensamento são altamente valorizados e a prática da tolerância deve ser uma constante. Todas as nossas alegorias, símbolos, ornamentos, paramentos, Jóias e signos zodiacais, são como uma espécie de fio que liga a irmandade aos seus membros, rumando todos para o aprimoramento moral, intelectual e espiritual, como quer a fraternidade universal. Daí então entender-se que todo maçom, quando reunido em um Templo Sagrado, deve estar em ligação direta com o Grande Arquiteto do Universo, denominação de Deus, autoridade máxima no seio da Ordem Maçônica, independentemente de Ritos, Obediência e ou Oriente.
Barreiras, 20 de dezembro de 2014.


Irmão Raimundo Augusto Corado

Mestre Instalado. Cim – 183.481

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