TOLERANCIA
X LIMITES.
A
dosagem certa para a evolução interior.
"Somos o que fazemos, mas somos principalmente
o que fazemos para mudar o que somos." (Eduardo Galeano).
A
Maçonaria, enquanto associação de homens
livres e de bons costumes, de corações sensíveis ao bem, perseguidores
da verdade por via do cumprimento inflexível do dever e da prática
desinteressada da beneficência, amante das alegorias e símbolos, na qualidade
de irmandade milenar, defende a liberdade de pensamento e de expressão, desde que
com a correlata responsabilidade.
Aderir
a esse princípio é desejo da grande
maioria dos membros da Maçonaria, o que não deixa de ser de certa forma uma
alta dosagem de grandeza intelectual. O duro mesmo é decidir e por em prática a
inclusão desse principio em todas as nossas atividades e ações. Na verdade, praticar a tolerância isenta de
favorecimentos e longe das perseguições, ou seja: sem parcialidade, como
realmente o vocábulo requer, temos que obedecer os limites de cada caso, pois
não é nada fácil travar contenda interior, quer sejam significativas ou
insignificantes; controversas ou importantes, quando as relações se dão com os
nossos semelhantes. É ai que notamos a
grande diferença em nossas ações, quando temos que agir com tolerância perante
nosso próximo, sobretudo se for nosso irmão.
No
nosso telhamento encontramos: O que vindes aqui fazer? Vencer minhas paixões,
submeter minha vontade e fazer novos progressos na maçonaria. Ora, bem sabemos
o mundo que temos atualmente e que dito mundo é composto pelo pensamento
individual de cada membro da sociedade.
Temos
que deixar de lado as satisfações pessoais quando uma ideia nos chega, pois,
caso contrário, estaremos agindo de acordo com os benefícios que dita ideia nos
traz. Não fosse isso, não se multiplicariam as instituições com iguais
identidades e diferentes formas.
Partindo
do principio de que o Universo é um Templo, podemos deduzir que as Lojas
Maçônicas representam um mundo em miniatura, onde os princípios da liberdade de
pensamento são altamente valorizados e a prática da tolerância deve ser uma
constante. Todas as nossas alegorias, símbolos, ornamentos, paramentos, Jóias e
signos zodiacais, são como uma espécie de fio que liga a irmandade aos seus
membros, rumando todos para o aprimoramento moral, intelectual e espiritual,
como quer a fraternidade universal. Daí então entender-se que todo maçom,
quando reunido em um Templo Sagrado, deve estar em ligação direta com o Grande
Arquiteto do Universo, denominação de Deus, autoridade máxima no seio da Ordem
Maçônica, independentemente de Ritos, Obediência e ou Oriente.
Barreiras,
20 de dezembro de 2014.
Irmão
Raimundo Augusto Corado
Mestre
Instalado. Cim – 183.481