domingo, 5 de junho de 2016

SIMBOLISMO DA CORDA DE 81 NÓS

O SIMBOLISMO DA CORDA DE 81 NÓS


1.    INTRODUÇÃO

A corda de 81 nós que circunda todo o templo maçônico é uma alegoria que possui grande simbolismo, como todos os objetos presentes no templo maçônico. Ao aprendiz de primeira luz fica com a impressão de ser apenas uma alegoria, um ornamento decorativo da Loja maçônica. Sua origem e significado específicos encontram controversa entre diversos autores.
É consenso que a corda de 81 nós deve estar nas paredes dos templos, acima das Colunas Zodiacais, podendo ser esculpida ou natural, sendo composta sempre por "nós oito", ou seja, eqüidistantes. Antigamente era desenhada no chão em volta da loja, sendo apagada ao final dos trabalhos para evitar a observação dos profanos e as conseqüentes perseguições. De acordo com o Dicionário Maçônico (CAMINO, 2006) a corda de 81 nós simboliza a União e Fraternidade que deve existir entre todos os maçons da face da terra.
Após a morte de Hiran Abiff (o pai da construção do Grande Templo), o Rei Salomão para prosseguir e concluir as obras do Grande Templo nomeou um corpo composto por oitenta e um membros. Os quais foram divididos em três grupos de vinte e sete elementos (SPOSTI, 1997).


2.    A CORDA DE OITENTA E UM NÓS


Uma das possíveis origens da corda de 81 nós, de acordo com Castellani (1995), remonta ao ano de 1773 por ocasião da instituição da primeira palavra semestral, em cadeia de união, onde tomou posse Louis Phillipe de Orleans como Grão-Mestre da Ordem Maçônica na França e, naquela solenidade, estavam presentes 81 irmãos e a decoração da abóbada celeste apresentava 81 estrelas.

Outra corrente de historiadores acredita que os canteiros de obras da antigüidade (trabalhadores em cantaria, onde obreiros entalhavam as pedra) eram cercados por estacas ligadas umas as outras por anéis de ferro, que eram ligados entre si, através de elos e possuíam uma única abertura, destinada a entrada no local.
A Corda de 81 Nós que circunda todo o templo, tem o nó central sobre o Trono do Venerável, acima do Delta, na parede oriental. A partir daí, a Corda deve estender-se pelas paredes do Norte e do Sul, com quarenta nós de cada lado. Os extremos da Corda terminam em ambos os lados da porta ocidental, em duas borlas, representando a Justiça e Prudência. Esta abertura da Corda, em torno da Porta indica que a Maçonaria sempre estará aberta para receber novos candidatos que se interessem pelo estudo da Verdade, como também para todos os conhecimentos e novas idéias que elevem a espiritualidade do Homem.
Os números relacionados à Corda de 81 Nós merecem especial atenção, por terem como base o número 3, número de alto valor místico para as civilizações antigas, intimamente ligado a religião e aos seus cultos, sendo um número cabalístico, que representa a clareza da inteligência, além de representar o número da forma simbolizando as três dimensões dos corpos (comprimento, largura e profundidade). O número 81 é o quadrado de 9, que por sua vez é o quadrado de 3. Recordemo-nos a simbologia do número 3:

- 3 eram os filhos de Noé (Sem, Cam e Jafé) - Gênesis, 6,10;
- 3 eram os homens que apareceram a Abraão - Gênesis, 18,2;
- 3 os dias de jejum dos judeus desterrados - Ester, 4, 16;
- 3 as negações de Pedro - Mateus, 26, 34;
- 3 as virtudes teologais (Fé, Esperança e Amor) - I Coríntios, 13, 13.


O número 40 (quarenta nós de cada lado da Corda, abstraindo-se o nó central) é número simbólico de penitência e expectativa. Por exemplo:

- 40 foram os dias do dilúvio - Gênesis, 7, 12;
- 40 foram os dias de Moisés no monte Sinai - Êxodo, 34,28;
- 40 dias durou o jejum de Jesus - Mateus, 4, 2;
- 40 dias Jesus esteve na Terra após sua ressurreição (Atos, 1, 3);

Devemos nos lembrar que o número 40 tem grande relação com ciclos que levam a mudanças radicais: Utilizamos, inclusive nos dias de hoje a quarentena de pessoas, plantas, animais ou espaços, buscando a purificação de males pré-existentes; A quaresma dura 40 dias, e ainda, os hebreus vagavam por 40 anos no deserto.

3.    CONCLUSÃO

Finalizo valendo-me das palavras de Castellani (1995) onde nos esclarece que os Nós, não são propriamente nós, mas sim "laçadas" frouxas, sugerindo o símbolo do infinito, o eterno o permanente, porém se esticada transforma-se em nós. As "Laçadas" simbolizam "Laços de Amor" e lembram ao Maçom para a pré-disposição a amar o seu irmão e, ser devidamente cuidadoso de não transformar a laçada em nó, pois simboliza o egoísmo. A Borla localizada na porta de entrada da Loja, "recebe" os fluídos negativos, por uma das extremidades, quando os Maçons por ela adentram, sendo "descarregados" através da Borla localizada na outra lateral. As "vibrações" negativas são absorvidas pela terra como se fossem raios.

4.    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMINO, RIZARDO DE. Dicionário Maçônico. São Paulo, SP. Madras Editora. 2006.
SPOSTI, ALDERICO NATAL. A Corda de 81 Nós. Londrina, PR. A Trolha, Agosto 1997
CASTELLANI, JOSÉ. O Rito Escocês Antigo e Aceito - História, Doutrina e Prática. Editora A Trolha, 2ª edição, 1995.

Fonte: www.fraternidadeserrana.com.br


terça-feira, 17 de maio de 2016

1° FORRÓ DO BODE

Vem aí o primeiro Forró do Bode, a ser realizado no dia 11.06.2016, às 22h00min, no Cais & Porto, com a participação da Banda Baião de 2 e Gustavo Braga.
O evento é organizado pela Loja Maçônica Irmão Paulo Roberto Machado e tem como finalidade a arrecadação de recursos para a Fundação Educacional Paulo Roberto Machado, que presta assistência e apoio pedagógico a 3 escolas municipais em Barreiras.
Não fique de fora desse evento solidário. Traga a sua família para curtir o melhor forró pé de serra, apreciar comidas típicas e ajudar a melhorar a Educação em nossa Cidade. Ingressos limitados. Primeiro lote R$ 30,00. Locais de venda : América Informática, Casa de Carnes Primavera ou com a Produção/Thiago ((77) 9983-7141)

sábado, 23 de janeiro de 2016

DESPOTISMO

DESPOTISMO – IGNORANCIA – PRECONCEITOS E ERROS


Lembram-se da pergunta feita ao 1º Vigilante no REAA, no ritual de aprendiz?
Pois é. Ao ser perguntado para que nos reunimos em Loja, ele nos diz: Para combater o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros. Para glorificar a verdade e a justiça; para promover o bem estar da pátria e da humanidade, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício. Dentre as respostas, escolhemos falar um pouco sobre O DESPOTISMO.

Inimigo fidagal do homem, sobretudo do homem maçom. Basta a autoconfiança ou qualquer vacilo, somos impiedosamente tragados por esse inimigo.

Onde exista uma barbárie, ali está o despotismo.  

De aparência perniciosa, é considerado irmão gêmeo do destruidor egoísmo, e se apresenta de diversas formas. Tomemos cuidado pois!

No campo das imperfeições, é, sem dúvida, das mais graves e nocivas. É por sua via que o ser humano sofre das antipatias e animosidade. Uma vez neste estágio critico de despotismo, o homem não consegue entender suas ações e passa a ignorar a si mesmo, onde não há certo, não há errado. Tudo pra ele é normal e tudo gira em torno de si mesmo. Ignora os valores da dignidade da pessoa humana.

Tal qual hipnótico, traz para si qualidades e valores que não possui. Intoxica-se com as fantasiosas ideias que cria ou que chama para si, com efeitos emanados de turvas fontes, como turvo é seu interior, seu mundo. Ou seja: Até seus pensamentos são carregados de peçonha, capaz de envenenar-se a si mesmo.

Agarra-se tanto à matéria, que seu espirito fica vulnerável a ponto de ser governado pela presunção.

Todas as armas maçônicas e profanas dever ser usadas no combate ao despotismo, para fazer valer a resposta do primeiro vigilante, caso contrário, estaremos num mundo de hipocrisia entre quatro paredes e fora delas. Afinal, o que significa “levantar templos à virtude e cavar masmorras aos vícios”?

As vítimas do despotismo, normalmente não percebem o ridículo, como se vendados estivessem, em estado de cegueira, caminhando nas trevas da ignorância. E pior: Sentem-se bem dessa forma. Sentem seus egos massageados.

As pegadas deixadas nos caminhos por onde passam, geram ódio, desprezo, desamor e tumulto espiritual.

Enquanto a grandeza ilusória lhe invade o espirito, eles continuam estacionados, sentados no banco dos detestados por tudo e por todos. Só a ilusão pode lhe servir de acalento. Lembrem-se do nosso Banco das Reflexões.

Se queres se livrar das garras de tal carrasco, fiscalize a si mesmo; molde sua personalidade; burila as arestas que ainda lhe resta, e que insistem em impedir vosso crescimento.

Nas Escrituras Sagradas encontramos: Pequei, muitas vezes Senhor, por pensamentos e palavras, por atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. Isso significa que o homem não é responsável, apenas, pelo mal que faz, como também o é pelo mal que inspira, pelos seus maus pensamentos, pelas suas omissões. Por tudo isso, busque ser um homem justo. Permeie os caminhos ditados em vossa iniciação.

A maçonaria pugna pelo aprimoramento moral e intelectual da humanidade, iniciando pelo trabalho consigo mesmo. E para obter a vitória sobre nós mesmos, é imprescindível submetermos aos ditames desta sublime instituição que põe em nossas mãos este eficiente programa de ação que não pode ser negligenciado.

Autoanálise, trabalho singelo e exercício da sadia convivência com as famílias maçônicas, conseguem excelentes resultados contra o despotismo.

Recorda que a vida física é breve, por mais longa que pareça. E que ao extinguir-se, cada um será recepcionado de acordo com a forma feliz ou desventurada com que utilizou o tempo...

A oportunidade que te chega, carregada de bênçãos, deverá ser utilizada para gerar simpatia e fazer o bem, sobretudo no auto aprimoramento a espargir luz a quem permeia nas trevas.

Se não é lícito desdenhar-se a si mesmo, não é crível autovalorizar-se, subestimando o próximo.

O despotismo pode ser, também, considerado “morte” em vida. “Sinto que estou vivo, mas meu traje é de defunto” (Patativa do Assaré).


Barreiras, 01 de janeiro de 2016

Raimundo Augusto Corado
Mestre Maçom - M.I CIM 183.481
Loja Maçônica Irmão Paulo Roberto Machado