quinta-feira, 9 de julho de 2015

DELICADEZA X ARROGÂNCIA

DELICADEZA X ARROGANCIA
-um relacionamento a curtíssimo prazo-


Não disponibilize sua prestimosa cortesia àqueles que só tem a arrogância para ofertarem em retribuição.

No nosso cotidiano, sempre deparamos com pessoas, e, dentre elas, muitas portadoras de extrema delicadeza e cortesia, o que as torna pessoas belas e simpáticas.

Deparamos também, e não muito raro, embora minoria, pessoas que não fizeram parte do sorteio divino quando da distribuição de delicadeza, simpatia, elegância e cortesia, e por conta disso seus espaços interiores são preenchidos pela ignorância, pela prepotência, pela arrogância e pela inveja.

Estas, por não conhecer nada das qualidades que dignificam a pessoa humana, sequer tem a capacidade interna de absorver os gestos simples e dignificantes que lhes são dirigidos, como cortesia, urbanidade e delicadeza.

Pessoas assim obedecem aos instintos e descarregam tudo que tem de nocivo em quem usa da delicadeza, pois isso é que de melhor eles tem para ofertar.

Eles confundem delicadeza com medo e agem como animais peçonhentos: se você os acaricia, eles atacam.

Quando isso acontece, por não terem nenhuma intimidade com tais gestos, agem de forma contraria, arrotam dejetos, estufam o peito e dizem em alto som: Quem você pensa que é? Sabe com quem está falando? E se ocupam algum cargo então, dependendo de qual o órgão, completam: Sabia que posso mandar te prender?

Por analogia, vamos aplicar isso à maçonaria, com alguns quesitos:


1.    Que tipo de maçom você é para com seu irmão necessitado?

2.    Nas discussões, tenta impor suas ideias, ou pondera as dos seus irmãos?

3.    Responde aos questionamentos de irmãos com a atenção que o caso requer?

4.    Pratica a tolerância em Loja e fora dela, sem quaisquer distinções?

5.    Tenso hábito de praticar a cortesia, a urbanidade e delicadeza com o próximo?

6.    Nas contrariedades, faz uso da tolerância e prudência que a Ordem orienta?

7.    Age instintivamente ou costuma pensar um pouco antes de agir?




Continua.......
A exemplo de tudo o que foi dito acima, ilustremos:

Um rato saiu de manhã para trabalhar e no caminho cruzou com um caracol.

Muitas horas depois, após um dia exaustivo em que teve que batalhar arduamente para caçar sua comida e escapar de seus predadores, o rato retornou exausto.
E notou que o caracol não havia se movido mais que dois metros.

O rato parou e comentou que se sentia compadecido pelo fato de o caracol ter uma vida tão monótona, tão sem emoções, enquanto ele, rato, conseguira viver, em apenas um dia, aventuras que o caracol não viveria em toda existência.

"- Emérito rato", disse o caracol:  "como tenho bastante tempo para observar e refletir, permita-me oferecer-lhe alguns dados comparativos entre nossas espécies, que talvez possam ajudá-lo a rever o seu ponto de vista.

Caracóis têm casa própria e ratos são escorraçados de todos os lugares aonde chegam.

Caracóis vivem em jardins e ratos, em esgotos.

O alimento dos caracóis está sempre ao alcance, enquanto ratos precisam caminhar horas e horas para encontrar comida.

Por isso, os caracóis podem passar o dia apreciando a natureza, ao passo que ratos não podem se descuidar nem por um segundo.

E não é por acaso, que caracóis vivem cinco anos. Dois a mais que os ratos..."

O rato ouviu a tudo atentamente. Ponderou que o caracol tinha razão em tudo o que havia dito e, com uma violenta pisada, esmagou o caracol contra o chão.

Felizmente o solo era fofo o suficiente para que o caracol sobrevivesse.

Moral da Estória: ele aprendeu uma pequena lição que lhe seria útil pelo resto da carreira: Por mais razão que você tenha, nunca tente provar a alguém que se acha o máximo, que ele não é nada daquilo.

Porque não há negócio pior do que oferecer sabedoria a quem só pode pagar com ignorância.

Irmão Raimundo Augusto Corado

Mestre Instalado Cim 183.481.