segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Arte de Servir



Toda a natureza é um serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva.
Onde haja uma árvore para plantar, planta-a tu;
Onde haja um erro para corrigir, corrige-o tu;
Onde haja um trabalho e todos se esquivam, aceita-o tu.
Sê o que remove a pedra do caminho, o ódio entre os corações e as dificuldades do problema.
Há a alegria de ser puro e a de ser justo;
Mas há sobretudo, a maravilhosa, a imensa alegria de servir.

Que triste seria o mundo se tudo se encontrasse feito.
Se não existisse uma roseira para plantar, uma obra para iniciar!
Não te chamem unicamente os trabalhos fáceis.
É muito mais belo fazer aquilo que os outros recusam.
Mas não caias no erro de que somente há méritos nos grandes trabalhos;
Há pequenos serviços que são bons serviços; adornar uma mesa, fazer uma bandeja, arrumar os livros, pentear uma criança.
Aquele é o que critica; este é o que destrói; sê tu o que serve.

O servir não é faina de seres inferiores. Deus que dá os frutos e a luz, serve. Seu nome é: "Aquele que Serve".
Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta cada dia:

A QUEM SERVISTE HOJE?
À árvore? A teu irmão? À tua mãe?



sábado, 18 de outubro de 2014

Convite Elevação




A A.:R.:L.:S.: Ir.: Paulo Roberto Machado, oriente de Barreiras, Bahia, tem a honra de convidar todos os maçons dos graus 2 e 3 ativos e regulares para abrilhantarem com suas presenças a Sessão Magna de Elevação dos aprendizes Fabricio Passos Morais Mota e Marcelo Andry Pires Nunes, a realizar-se no dia 24 de Outubro  de 2014 às 20:hs no seu Templo, à Rua Costa Rica 360, nesta cidade de Barreiras.

Esperamos contar com a honrosa presença dos estimados Irmãos, pois, entendemos, que o brilhantismo e o sucesso dos nossos trabalhos dependem principalmente da vossa valiosa participação.


Vitor Gomes Machado
Venerável Mestre


O saber calar-se



A sessão fora produtiva e algo longa, e todos ansiavam já pelo momento de confraternização que se lhe seguiria. Agora que a sessão tinha terminado, todos falavam aberta e incessantemente de tudo e de nada, uns aqui sobre um pormenor da sessão que não tinham percebido ou sobre o qual queriam saber mais, outros de assuntos mais mundanos, outros ainda auxiliando-se mutuamente na arrumação do templo - que é, precisamente, uma das incumbências dos aprendizes. Seguiu-se o ágape - uma refeição em conjunto - em que todos podem falar. E todos o fazem, e é precisamente o que se pretende.

Em sessão de loja não se pode falar sem primeiro pedir a palavra, mas não basta pedir, não basta um "com licença" para legitimar que se tome a palavra de imediato; é necessário esperar que quem tenha a palavra termine o que tem a dizer, pedir-se de seguida a palavra com um gesto, e esperar que esta seja concedida. E enquando se discute um certo assunto, cada um tem apenas direito a uma única intervenção; não há direito de resposta, não há "esqueci-me disto ou daquilo", e muito menos comentários ao que outro acabou de dizer.

Com estas regras aprende-se a ser objetivo, sucinto e claro no que se pretende dizer; não há oportunidade de se fazer um discurso por sucessivas aproximações, nem "navegação à vista". Cada um diz o que tem a dizer, e escuta serenamente o que os demais tenham para partilhar. No fim, o Venerável Mestre fará uma súmula do que foi dito e, com base na posição de cada um, estabelece a posição da loja. Os aprendizes e os companheiros aprendem pelo exemplo como se faz, o que se faz, e o que não deve fazer-se. Uma vez elevados a Mestres, ao pedir a palavra e manifestar-se, terão já tido a oportunidade de ver e aprender, durante um par de anos, como é que devem exercer esse direito.

Um dos mestres presentes estava a contar histórias antigas, e curiosamente um dos aprendizes presentes - homem já maduro - tinha algo a acrescentar a essas histórias. Com naturalidade, interrompeu a palavra a quem falava - "dá-me só um segundo..." - e acrescentou um pormenor, deu uma informação adicional e, rapidamente, devolveu a palavra. O mestre prosseguiu durante alguns minutos, até que foi de novo interrompido pelo mesmo aprendiz - "se me permites, meu irmão..." - e contou mais um pouco daquilo de que se falava, deixando todos interessados com o que contou, logo se desculpando de novo e devolvendo a palavra. Discretamente, alguns dos mestres presentes trocaram olhares e sorriram com bonomia. "Tem tempo, ele há de lá chegar", pareciam dizer entre si.

É bom que um aprendiz ou um companheiro tenham algo a dizer - e que o façam no momento e da forma apropriada. É precisamente essa a circunstância ideal para que vão aprendendo a fazê-lo da forma que se espera que venham a configurar futuramente em loja, quando já mestres; nesse momento, poderão intervir em sessão com fluidez e harmonia, já cientes da forma como deverão agir.

Estive mesmo para dar uma palavra, no final, ao aprendiz em causa - mas contive-me. Afinal, quando se diz que "em maçonaria tudo se aprende e nada se ensina" pretende-se realçar, precisamente, o respeito pelo tempo e pelo ritmo de cada um, e pela descoberta por cada um do seu caminho e das suas verdades. O aprendiz haveria de ter mais oportunidades para descobrir por si mesmo; afinal, o mesmo tinha sucedido também comigo. De fato, não sem algum pudor, recordei as minhas primeiras intervenções junto dos meus Irmãos - intempestivas, acutilantes, desarmoniosas - e pensei que, se eu fora capaz de (começar a) aprender a calar-me (coisa que continuo a aprender todos os dias), certamente aquele aprendiz teria o direito de o descobrir também por si mesmo.


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Entrega de Doação ao Projeto Catavento


Na tarde desta quinta-feira (16/10/2014) nossos Irmãos Adelir, Vitor e Christmas da Loja Ir.: Paulo Roberto Machado, estiveram no Projeto Catavento do Bairro Santa Luzia onde fizeram a entrega de um fogão industrial doado pelas Lojas Maçônicas do GOB em Barreiras.

A convite da Diretora, nossos Irmãos puderam conhecer mais de perto o belo trabalho realizado por aquela instituição, que assiste a mais de 120 crianças em situação de risco social.

Na oportunidade, foi levantada informações a respeito de outras carências da entidade que poderão ser alvo de novas ações por parte das Lojas, tais como a infra-estrutura de informatica que está sem condições satisfatórias de uso.











Convite Iniciação





A Augusta Respeitável Grande Benemérita Loja Maçônica Fraternidade Barreirense nº 44, em nome de seu Venerável Mestre, Luiz Gonzaga de Araujo Filho e todos os obreiros de seu quadro, têm a honra e a grata satisfação de convidá-los para a Sessão Magna de iniciação de 06(seis) novos obreiros para o seu quadro dia 01 de novembro de 2014 com inicio previsto às 16horas. 

Após o Ato, a partir das 20(vinte) horas será servido um jantar em nosso salão de eventos anexo à loja situado na Rua Alberto Coimbra nº 703, Bairro Sandra Regina. 

Contamos com vossas honrosas presenças, solicitamos imprescindível confirmação do número de presentes através da secretaria da Loja pelo telefone (77)3611-5500 e ou celular V.: M.: (77)91940072.

Antecipamos nossos agradecimentos e rogamos ao Grande Arquiteto do Universo a todos ilumine e guarde.

Fraternalmente,


Luiz Gonzaga de Araujo Filho
Venerável Mestre


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A Câmara das Reflexões



A Câmara das Reflexões

A Câmara das reflexões não representa unicamente a preparação preliminar do candidato para sua recepção, mas é principalmente aquele ponto crítico, aquela crise interior, onde começa a reflexão que conduz à verdadeira iniciação, à realização progressiva, ao mesmo tempo especulativa e operativa, de nosso ser e da Realidade Espiritual que nos anima, simbolizada pelas viagens.

A Câmara das reflexões, com seu isolamento e com suas negras paredes, representa um período de obscuridade e de maturação silenciosa da alma, por meio de uma meditação e concentração em si mesma, que prepara o verdadeiro progresso efetivo e consciente que depois tornar-se-á manifesto à Luz do dia. Por esta razão, encontram-se nela os emblemas da morte e uma lâmpada sepulcral, e acham-se sobre suas paredes, inscrições destinadas a pôr à prova a sua firmeza de propósitos e a vontade de progredir que tem de ser selada num testamento.

Ao ingressar neste quarto (símbolo evidente de um estado de consciência correspondente), o candidato tem de despojar-se dos metais que porta consigo e que o Experto recolhe cuidadosamente. Tem de voltar a seu estado de pureza original - a nudez adâmica - despojando-se voluntariamente de todas aquelas aquisições que lhe foram úteis para chegar até o seu estado atual, mas que constituem outros tantos obstáculos para seu progresso ulterior.

Deve cessar de depositar sua confiança e cobiça nos valores puramente exteriores do mundo, para poder encontrar em si mesmo, realizar e tornar efetivos os verdadeiros valores, que são os morais e espirituais. Deve cessar de aceitar passivamente as falsas crenças e as opiniões exteriores, com o objetivo de abrir seu próprio caminho para a verdade.

Isto não significa absolutamente que tem de despojar-se de tudo o que lhe pertence e adquiriu como resultado de seus esforços e prêmio de seu trabalho, mas, unicamente, que deve deixar de dar a estas coisas a importância primária que pode torná-lo escravo ou servidor delas, e que deve pôr, sempre em primeiro lugar, sobre toda a consideração material ou utilitária, a fidelidade aos Princípios e às razões espirituais.

Este despojo tem por objetivo conduzir-nos para sermos livres dos laços que de outra forma impediriam todo nosso progresso futuro. Trata-se, portanto, em essência, do despojo de todo apego às considerações e laços exteriores, com a finalidade de que possamos ligar-nos à nossa íntima Realidade Interior, e abrir-nos à sua mais livre, plena e perfeita expressão.



Raimundo A. Corado